Sabemos que ler que foi o pior janeiro em 5 anos não é muito legal... mas calma! Os especialistas estão otimistas para os próximos onze meses do ano.
Edição 43 | ||
Enviado em 24 de fevereiro de 2023 | ||
Sabemos que ler que foi o pior janeiro em 5 anos não é muito legal... mas calma! Os especialistas estão otimistas para os próximos onze meses do ano. | ||
Mais: a Campari viu nas latinhas de vinho da Lovin' a combinação perfeita para o seu fenômeno Aperol. | ||
#Vc | ||
Foi o pior janeiro em 5 anos (mas calma!) | ||
Depois de um 2022 nada fácil, investidores e empreendedores estão ansiosas e apreensivos entender como 2023 será para as startups. | ||
Um novo relatório do Sling Hub sobre o primeiro mês do ano deu alguns sinais (mistos!) sobre o andamento dos investimentos na América Latina. | ||
De acordo com a consultoria, foi o pior janeiro em 5 anos quando falamos em aportes, mas o terceiro em volume total captado. Foram US$ 674 milhões investidos em 71 rodadas. | ||
É uma retração de 48% ano sobre ano, mas um crescimento de 38% em relação a dezembro. O tamanho médio de round ficou em US$ 12 milhões, valor 28% menor que em janeiro de 2022. | ||
Segue o líder. O Brasil concentrou 48% do total investido (US$ 321 milhões). | ||
Outro líder invicto é o setor financeiro, que novamente abocanhou a maior parte dos investimentos: 46% do total, ou US$ 313 milhões (desses, US$ 244 milhões vieram para fintechs brasileiras). | ||
Nos segmentos, em segundo lugar, vem as retailtechs, com US$ 216 milhões na América Latina (32% do volume total). | ||
Um setor que ganhou destaque em janeiro foi o de energia: apenas no Brasil, captou US$ 47 milhões. | ||
Nas fusões e aquisições, a queda foi menos acentuada. Com duas fusões e 20 aquisições, o resultado ficou abaixo da média de 2022 (25) e 31% abaixo comparado a janeiro de 2022. | ||
Ainda assim, para especialistas... | ||
2023 será o ano de retomada dos investimentos em startups | ||
2023 será uma ida de volta a patamares mais realistas, com aportes mais criteriosos e assertivos. | ||
E as rodadas pré-seed e de estágio inicial não devem ficar ilesas de sofrer alguns impactos como foi apontado ano passado. | ||
Isso porque os investidores "estão buscando empreendimentos que tenham uma solução claramente validada com clientes, um MVP e até mesmo receita", disse Rafael Moreira, CEO da Bertha Capital, à Exame. "Logo, o foco são as startups mais resilientes. São elas que estamos procurando no ecossistema ou dobrando as apostas já feitas". | ||
É necessário olhar pra fora. Nos Estados Unidos, os recursos comprometidos por investidores institucionais nos fundos de venture capital nunca estiveram tão altos (tanto que o volume de captações por eles bateu recorde em 2022). | ||
"Historicamente, é provado que quando o mercado vive um período de baixa, quem tem recursos para investir, vai investir muito bem", disse Gabriel Sidi, cofundador da EXT Capital, que acredita em bons investimentos a longo prazo. "O resultado dessa safra de investimentos, que entra na baixa e espera sair na alta, tem tudo para ser muito bom, olhando os negócios dando retorno lá na frente". | ||
A tendência de aceleração de M&As deve continuar também esse ano, já que traz benefícios para as startups (e, consequentemente, para os investidores). | ||
O agro vai continuar pop. As agtechs devem encerrar 2023 como os ativos mais resilientes dentro do ecossistema de tecnologia, com crescimento e acesso a capital. | ||
O que as latinhas da Lovin' tem? Campari responde | ||
A Campari promoveu uma série de testes às cegas com espumantes brasileiros em busca de uma bebida que fizesse a combinação perfeita com o Aperol, um destilado de laranja e ervas que serve de base para o drink Spritz, o quinto mais consumido do mundo. | ||
Das quinze marcas testadas, uma foi aprovada: a Lovin’ Wine, DNVB gaúcha de vinhos em lata criada há apenas dois anos. | ||
A escolha da Campari pela Lovin' foi uma maneira de entrar na onda do Ready to Drink com o Aperol em terras brasileiras (já que em outros países, a Campari vende a bebida pronta, em garrafas individuais, junto ao espumante desenvolvido por ela). | ||
A união entre as duas marcas virá em forma de embalagem: com a garrafa do Aperol e a lata da Lovin' separadas para que o próprio consumidor possa fazer o mix entre as duas. | ||
"Uma garrafa de espumante permite fazer cerca de 13 Spritz, algo que uma pessoa não bebe sozinha. Com a lata do espumante, são três drinks, a dose exata do consumo fora de casa. Com isso, o ticket fica menor e diminuímos a barreira de entrada", disse João Paulo Sattamini, CEO da Lovin' Wine, ao Neofeed. | ||
Se beber, invista. O mercado de coquetéis prontos para consumo é estimado em US$ 800 milhões em todo mundo, e deve crescer 12% ao ano nos próximos cinco anos. Configurando entre os 10 mercados mais importantes, que concentra 85% do volume global, o Brasil vê um crescimento de 24%, o dobro da média mundial. | ||
Para a Lovin', a parceria com a Campari deve triplicar o volume do negócio esse ano, representando de 20% a 30% das vendas. | ||
Depois de ter fechado parceria com a Gol, tendo seus vinhos em lata oferecidos em duas rotas internacionais (Buenos Aires e Punta Cana), a Lovin' agora passará a se beneficiar do sistema de distribuição da Campari para entrar com força em todas as regiões do Brasil. | ||
Desde abril do ano passado, a Campari tem sua logística comandada pelo Sistema Coca-Cola, que também faz as entregas dos refrigerantes e da cerveja Heineken no país. | ||
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