Parece que o jogo virou, não é mesmo? Enquanto os unicórnios vivem um momento não tão bom, startups em estágios iniciais encontram um mercado mais predisposto e aquecido. E mais: eventos de inovação e tecnologia voltam a ganhar força no país.
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Parece que o jogo virou, não é mesmo? Enquanto os unicórnios vivem um momento não tão bom, startups em estágios iniciais encontram um mercado mais predisposto e aquecido. | ||
E mais: eventos de inovação e tecnologia voltam a ganhar força no país. | ||
#burnrate | ||
O desespero dos unicórnios | ||
As regras do jogo do investimento em startups costumavam deixar investidores de outros tipos de ativos de queixo caído. “Lucro não importa”, “investimento baseado no valor futuro da empresa” ou “crescimento a todo custo”. | ||
Claro, a máxima de que as startups precisam queimar dinheiro durante o período inicial de seus negócios para crescer e dominar um mercado continua valendo… Mas por menos tempo. Para quem já está no mercado há mais de meia década e capta centenas de milhões de dólares, as exigências serão outras. | ||
Os investidores estão passando a medir o valor das empresas por outra régua. Agora, não querem apenas saber de receita, mas também de lucro e dinheiro em caixa. | ||
Esse movimendo de mercado chega, principalmente, nas gigantes. Nubank e Uber que o digam. | ||
Depois de aguardar anos para realizar o IPO, o Nubank encontrou um mercado com menos apetite por resultados futuros. E o efeito disso? A correção de preço do valuation das empresas de tecnologia nas bolsas de valores mundiais representou uma queda de mais de 65% nas ações do Nubank. | ||
Já a Uber teve essa nova realidade traduzida em um e-mail interno do CEO Dara Khosrowshahi, que escreveu: “precisaremos mudar“. | ||
Em um momento de incerteza econômica global, os investidores buscam segurança. E, embora a Uber seja líder de mercado, os investidores não sabem o quanto isso de fato vale. Ainda que Khosrowshahi tenha destacado o plano de lucro para 2024 de US$ 5 bilhões, os investidores continuarão ansiando por dinheiro em caixa. | ||
E para isso, a Uber terá de abrir mão de alguns projetos e continuar com aqueles que menos consomem capital. A empresa no geral será muito mais “vista grossa” com gastos. | ||
Continue a leitura: Junto ao Nubank e Uber, Netflix também sente os abalos do mercado | ||
E essa nova realidade bate à porta das brasileiras… | ||
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Uma onda de demissões atingiu alguns unicórnios brasileiros, como Quinto Andar, Facily, Creditas e Loft, causando furor no Linkedin. A motivação das demissões, claro, foi capital (ou, melhor, a possível falta dele). | ||
Embora tenham anunciado rodadas de investimento vultosas recentemente, as startups brasileiras terão de reduzir os gastos e aumentar a receita para apresentar resultados financeiros positivos, com lucro e dinheiro em caixa. | ||
Outra razão para os cortes é que as grandes rodadas estão cada vez mais difíceis de conquistar. Assim, será necessário guardar dinheiro para se estabilizar, em vez de queimar dinheiro para crescer. E o cenário macroeconômico não deve ser favorável para emendar rodadas de captação seguidas. | ||
Embora os valores captados possam permitir de 12 a 18 meses de capital de giro, a redução de custos ampliará o horizonte de tempo que as reservas de capital possam manter a startup funcionando. Os gestores dos fundos de investimento, até mesmo, estão recomendando que as empresas investidas cortem gastos desnecessários para passar pelo período. | ||
Ainda assim, para ex-Softbank, o momento é ideal para investir em startups | ||
Enquanto os unicórnios se desesperam, quem entende de venture capital avisa: o momento também é de oportunidade. Marcelo Claure, responsável pela chegada do Softbank no mercado brasileiro, afirma que o cenário é a oportunidade ideal de investir em negócios realmente disruptivos – a dificuldade na estruturação das rodadas também facilita para que o investidor entenda quais negócios realmente têm potencial – e com valores inferiores aos do passado. | ||
No fim, as grandes beneficiadas nisso tudo serão as startups em estágios mais iniciais, pois essas já enfrentam uma escassez maior de capital. E como estão no início da construção dos seus negócios, possuem uma chance para construí-los já pensando na demanda atual: sem gastos desnecessários ou grandes equipes e, principalmente, preocupadas com lucro… Ou pelo menos com alguma previsão de quando o momento chegará. | ||
Outros grandes investidores, como Jorge Paulo Lemann, e André Maciel, também apontam que esse é o momento para investir, já que os valores de mercado das startups reduziram e os empreendedores estão inclinados a aceitar ofertas mais baixas. Continue a leitura. | ||
#unicórnio | ||
Falando em unicórnios… nasceu mais um | ||
Em meio ao caos dos unicórnios, um novo nasceu em terras brasileiras. | ||
A Dock (antiga Conductor), que oferece serviços financeiros para fintechs e outras empresas, levantou US$ 110 milhões nessa semana, com rodada liderada por Lightrock e Silver Lake. Com o aporte, a fintech de Banking as a Service (BaaS) agora vale US$ 1,5 bilhão. | ||
Segundo o CEO, Antônio Soares, agrega valor “porque pagamentos e serviços bancários são negócios complexos globais com especificidades locais, e entendemos isso melhor do que ninguém”. | ||
A Dock é o segundo unicórnio brasileiro de 2022, depois da Neon. Resta saber se o ritmo de novas pertencentes do clube irá acelerar em todos os segmentos ou se as fintechs realmente vivem uma realidade paralela, onde o medo do mercado não se refletirá em desaceleração dos investimentos. | ||
#ESG | ||
Startup que evita o desperdício de alimentos amplia operação | ||
Quando anunciou a captação de R$1,3 milhão via CapTable, a Food to Save tinha como um dos seus objetivos destinar uma parte do valor para ampliar a operação. Antes mesmo da captação fechar oficialmente, a startup, que atuava apenas em São Paulo, chegou ao Rio de Janeiro. | ||
A operação no Rio já conta com a parceria de redes como Rei do Mate, Brownie do Luiz e Dengo. A Food To Save intermedia a venda de alimentos próximos à data de validade, ligando restaurantes, padarias e hortifrutis a consumidores, através da venda de sacolas surpresas. | ||
Mas a capital carioca é apenas o primeiro passo do plano de expansão da foodtech, que pretende chegar também a outros estados vizinhos, como Minas Gerais e Paraná, ainda em 2022. | ||
Apenas com a atuação em São Paulo, a startup já comercializou cerca de 100 mil sacolas, evitando o descarte de 150 toneladas de alimentos. Desde que foi criada, em 2020, a Food To Save movimentou R$ 1,8 milhão e gerou cerca de R$ 1 milhão em receita aos parceiros, que hoje já somam 500. | ||
O valor da captação também será utilizado para investimentos em tecnologia e, claro, ampliação de time. Tudo isso visando criar um movimento de foodsavers engajados no combate ao desperdício de alimentos. | ||
#demoday | ||
Brasil no mapa mundial da inovação | ||
O South Summit, evento internacional de inovação, que aconteceu de 4 a 6 de maio, em Porto Alegre, reuniu uma carteira de negócios de US$ 65 bilhões para investimentos na América Latina. Esse valor é a soma dos recursos disponibilizados pelos fundos e investidores que estiveram na feira. Foram mais de 450 investidores presentes, sendo 20 fundos internacionais. | ||
Para além dos investimentos, através do aplicativo do evento, foram feitos mais de 40 mil contatos entre empresas, fundos e startups. Agora, os olhos estão voltados para os resultados que essa rede de contatos vai gerar a longo prazo… Mas a expectativa dos organizadores do evento é positiva. | ||
De acordo com eles, vários empreendedores que participaram do evento relataram ter recebido algum contato para reuniões posteriores e até visitas à sede das empresas. | ||
Na trilha do South Summit, outros dois grandes eventos internacionais pousarão no Brasil. | ||
O Web Summit, badalado evento de mídia e tecnologia que leva milhares de pessoas a Lisboa, terá a primeira edição do evento fora da Europa. E a parada? Rio de Janeiro. A edição está prevista para maio de 2023. | ||
Além disso, o Case, a maior conferência latino-americana de startups e empreendedorismo, promete bater recordes na edição desde ano, queacontece em novembro, em São Paulo. | ||
Esses e outros eventos colocam o Brasil no mapa mundial da inovação, além de simbolizar um esforço de diversos players em unir pólos de inovação na América Latina. | ||
#scale-up | ||
Qual o impacto da CVM 88 para os investidores de startups? | ||
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais no Brasil, publicou a resolução 88, que entra em vigor a partir de julho e determina novas regras para o funcionamento do setor de investimento em startups. Mas o que essa nova resolução muda para os investidores? | ||
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