Feudo de Regatas do Flamengo
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Feudo de Regatas do Flamengo

Depois de sucessivas escolhas erradas, o Flamengo, imagina-se que pelo seu presidente, entendeu que era hora de reformular. Isso era um conceito e, depois de conversas, houve um consenso na escolha: Paulo Sousa. Pode-se questionar se uma parc...

Rafa Mendonça
2 min
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Depois de sucessivas escolhas erradas, o Flamengo, imagina-se que pelo seu presidente, entendeu que era hora de reformular. Isso era um conceito e, depois de conversas, houve um consenso na escolha: Paulo Sousa. Pode-se questionar se uma parcela tenha sido pela nacionalidade, mas estavam ali conceito e nome. 

Uma reformulação demanda tempo, peças e confiança em quem executa o trabalho. Esta confiança vem por parte de quem contratou o profissional antes de entrar no vestiário. Mas, no Flamengo do primeiro semestre, a realidade foi outra. Treinos em dois períodos duraram semanas e a tentativa de trocar peças foi malfadada por um feudo.

Pessoas que conquistaram, em 2019, o seu pedaço de terra e fazem desta conquista algo imutável. É como se o Flamengo, a partir de então, fossem delas, desde jogadores até dirigentes. No Ninho feudal, só entra quem os senhores quiserem e só trabalham quem eles desejam. Cinco meses depois, troca-se o comando. Em três jogos, o que se vê é uma vassalagem capaz de optar por Diego Alves, Diego Ribas, Willian Arão e Éverton Ribeiro. 

O Feudo de Regatas do Flamengo caminha para ser uma estrutura como a do final do período medieval, em que cidades avançavam enquanto pessoas impediam o desenvolvimento de suas regiões em detrimento de poderes e glórias pretéritas. O fim do atraso pode ser um resultado que deixe ruínas, como a de cidades que demoraram a entender a realidade do mundo. 

Está na hora de uma reformulação para que o Feudo de Regatas do Flamengo volte a ser um clube. Dentro e fora de campo.