Sob a névoa da guerra
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Sob a névoa da guerra

Outro dia, aprendi a expressão "sob a névoa da guerra", que quer dizer uma situação atípica, uma atitude que as pessoas não tomariam se não se sentissem tão pressionadas pelo conflito. Foi sob a névoa da guerra - provocada por sinalizadores -...

Rafa Mendonça
2 min
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Outro dia, aprendi a expressão "sob a névoa da guerra", que quer dizer uma situação atípica, uma atitude que as pessoas não tomariam se não se sentissem tão pressionadas pelo conflito. Foi sob a névoa da guerra - provocada por sinalizadores - que Pedro, logo aos  7 minutos, abriu o placar no Maracanã diante de pouco mais de 61 mil pessoas.

Reprodução Flamengo
Reprodução Flamengo

Cenário perfeito, que o otimista torcedor rubro-negro sonhara quando viu que Vitor Pereira entraria com três zagueiros. Mas a névoa veio sobre o futebol do Flamengo, que até chegou a marcar com Arrascaeta - o craque do campeonato - mas pouco produziu - e marcou - na primeira etapa. 

No segundo tempo, lendo a postura do mandante, o português colocou o time para frente e só não empatou antes porque Roger Guedes perdeu um gol daqueles que no replay entra. Aos 37, diante de uma defesa confusa e de um volante não-volante, Giuliano empatou. Veio mais névoa. Na arquibancada e na cabeça rubro-negra. Agora tinha Cássio, multicampeão, pegador de pênaltis. 

Para piorar, Pedro, Arrascaeta e Vidal - três prováveis batedores - não voltariam. E o gigante se provou defendendo o primeiro, de Filipe Luis. A dupla de zaga titular rubro-negra e os parceiros Renato Augusto e Giuliano fizeram antes de Fágner explodir a trave e o estádio. Éverton Ribeiro, um dos melhores em campo, deslocou e empatou. Restava uma cobrança para cada lado. Yuri Alberto desempatou; Gabigol revirou a guerra. 

Reprodução Flamengo
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Numa cobrança clássica do camisa 9, ele vibrou como se faltasse mais um pênalti. E faltava. Não foi o de Maicon, que abriu as alternadas e viu Cebolinha igualar, mas foi o de Vital. Por cima. Pra cima! 

Sob a névoa da guerra, os rubro-negros viram, incrédulos, Rodinei indo para a marca penal. Bola de um lado, goleiro do outro. Rodinei entrou para a história fazendo o que raramente faz: a escolha certa. Flamengo, tetracampeão da Copa do Brasil! 

Reprodução Flamengo
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