Manchester City 4 x 3 Real Madrid: não foi apenas uma partida de futebol

Por: Redação

Atualizado: 27 de abril de 2022 / quarta-feira / 12h50

Antes de Manchester City e Real Madrid iniciarem a primeira partida da semifinal da Uefa Champions League 2021/2022 a expectativa de um jogo bem jogado era enorme. Horas antes da bola começar a rolar, a atmosfera dentro e fora do Etihad Stadium era fantástica e emocionante. Quando o árbitro iniciou a partida, o que vimos foi um espetáculo épico e digno de entrar para a história do futebol mundial.

Além da qualidade técnica e da organização e disciplina tática, os dois técnicos, Pep Guardiola, do Manchester City, e Carlo Ancelotti, do Real Madrid, montaram estratégias ofensivas, coragem e uniram o futebol individual e coletivo.

O Manchester City iniciou a partida com Stones e Zinchenko abertos pelos lados e jogando no campo ofensivo, Rodri bem posicionado na frente dos zagueiros Rúben Dias e Laporte, e cinco atacantes – De Bruyne, Bernardo Silva, Foden, Mahrez e Gabriel Jesus – jogando na última linha o ofensiva.

A posse de bola e troca de passes produtiva, a velocidade, a intensidade, a movimentação, a dinâmica, os movimentos coordenados e a marcação alta pressionando a saída de bola do Real Madrid consolidavam uma ideia de jogo de defender e atacar de forma sincronizada.

O Real Madrid iniciou a partida com uma linha de quatro defensores – Carvajal, Éder Militão, Alaba e Mendy -, o meio-campo com – Toni Kroos, Valverde e Modrić – e uma linha ofensiva com – Rodrygo, Vinicius Júnior e Benzema.

Sem Casemiro (lesionado), principal jogador de marcação, os primeiros vinte e cinco minutos do primeiro tempo foram terríveis para o Real Madrid. O Manchester City atacava e o Real Madrid apresentava uma enorme dificuldade para posicionar o setor defensivo e encaixar a marcação.

O início avassalador do Manchester City surtiu efeito positivo e, aos dez minutos, a equipe já estava vencendo por 2 a 0 com gols de De Bruyne aos dois minutos e Gabriel Jesus aos dez minutos. A vantagem de dois gols e as oportunidades perdidas não intimidaram o Real Madrid que, de forma muito corajosa, adiantou as linhas e foi buscar o equilíbrio da partida. A equipe conseguiu equilibrar a partida depois dos vinte e cinco minutos do primeiro tempo e o, aos trinta e três minutos, Benzema marcou o primeiro gol do Real Madrid.

No início do segundo tempo, aos sete minutos, Fernandinho (que entrou no lugar do lesionado Stones aos trinta e seis minutos do primeiro tempo) fez uma excelente jogada pelo lado direito e Foden fez o terceiro gol do Manchester City. O gol e a vantagem de dois gols pela segunda vez não permitia que nós imaginassímos que a partida estava definida porque estava sendo disputada por duas equipes que buscavam o gol sem diminuir o ritmo intenso e eletrizante.

Aos dez minutos, Vinicius Júnior deu um drible sensacional próximo ao meio-campo em Fernandinho, partiu em alta velocidade em direção ao gol de Éderson e marcou o segundo gol do Real Madrid. Foi um golaço.

Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid, mudou o sistema tático da equipe aos vinte e quatro minutos. A saída do atacante Rodrygo para a entrada do volante Camavinga otimizou a marcação no meio-campo e liberou Vinicius Júnior e Benzema para aproveitar os espaços na linha ofensiva do Manchester City.

O jogo de trocação continuava e, aos vinte e oito minutos, Bernardo Silva aproveitou a indefinição dos defensores do Real Madrid e fez o quarto gol do Manchester City. O quarto gol e, mais uma vez, a vantagem de dois gols não intimidaram o Real Madrid que partiu pra cima e conseguiu marcar o terceiro gol aos trinta e seis minutos mostrando muita força mental e emocional para diminuir a vantagem.

Não podemos prever o que vai acontecer na segunda partida, mas, depois do que vimos, a expectativa é de mais uma grande partida de futebol. Para nós, apaixonados pelo futebol bem jogado, assistir uma partida em que as duas equipes são preparadas para jogar de forma ofensiva é prazeroso.