Por: Redação
Por: Redação | ||
Atualizado: 24 de março de 2022 / quinta-feira / 23h58 | ||
Enquanto nós acharmos que o futebol tem que ser tratado como uma guerra, os casos de violência vão continuar sendo os protagonistas de forma negativa e o futebol jogado vai ficar em segundo ou terceiro plano. As pessoas que movimentam diretamente e organizam o futebol brasileiro – dirigentes, atletas, técnicos, jogadores e até alguns jornalistas – deveriam dar bons exemplos para que o ambiente que deve ser uma festa não se transforme em um campo de batalhas. | ||
O que aconteceu no Gre-Nal da última quarta-feira, 23 de março, não é um fato isolado e, infelizmente, acontece em todos os Estados. | ||
A rivalidade, as provocações, a pressão nas arbitragens e a vontade de sair de campo com uma vitória sempre existiram. O problema é que nas últimas décadas a situação está fora do controle das autoridades e a atmosfera criada – muito por conta das redes sociais – passou do âmbito esportivo e está sendo transformada em barbárie. Essa barbárie não pode ser normalizada como “parte da cultura” e mecanismos legais precisam ser criados para mudar essa situação lamentável. | ||
Leis rígidas e punir severamente os culpados são os primeiros passos que as autoridades devem tomar. Mas existe uma punição muito mais rápida, eficiente e fácil de ser aplicada. Quem gira a economia do futebol brasileiro são as ações publicitárias e as premiações pela participação e conquistas dos clubes nas competições. Sem esses valores todos os clubes fecham as portas. Se as empresas que exibem as suas marcas nos clubes exercerem uma pressão comercial como forma de repúdio a violência todos procurarão uma fórmula para resolver o problema. | ||
A persistência desse clima doentio pode ser muito prejudicial para o futuro do futebol brasileiro porque todos que gostam de futebol estão cansados de tanta violência dentro e fora de campo e sedentos por futebol bem jogado. |