A arte do feedback
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A arte do feedback

Descubra por que o feedback é uma ferramenta poderosa para melhorar o desempenho e o engajamento nas organizações.

Alexandre Mafra
5 min
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Você já parou para pensar na importância do feedback para o sucesso das empresas e dos colaboradores?

O feedback é uma ferramenta poderosa para melhorar o desempenho, a motivação e o engajamento das pessoas nas organizações. No entanto, dar feedback não é uma tarefa fácil. É preciso ter sensibilidade, habilidade e técnica para fazer isso de forma eficaz e construtiva.

Neste post, vou compartilhar com você algumas dicas e melhores práticas para dar feedback de forma que ele seja bem recebido, compreendido e aplicado. Também vou alertar sobre alguns erros comuns ou armadilhas que devem ser evitados na hora de dar feedback. Espero que essas informações te ajudem a aprimorar sua arte do feedback e a se tornar um líder melhor.

Geralmente começando pelo "o que se deve fazer", contudo, dado a sensibilidade do assunto, começarei pelo "o que não se deve fazer"!

O que não fazer no feedback

É importantíssimo considerar o que deve ser evitado na hora de dar feedback. Muitas vezes, por falta de conhecimento, habilidade ou cuidado, podemos cometer alguns erros ou cair em algumas armadilhas que comprometem a eficácia e a qualidade do feedback. Esses erros ou armadilhas podem gerar mal-entendidos, conflitos, desânimo, resistência ou até pedidos de desligamentos.

Alguns exemplos de erros ou armadilhas são:

  • Dar feedback genérico ou vago: Não dizer claramente o que você quer dizer, deixando a pessoa confusa ou sem saber o que fazer. Por exemplo, dizer “você precisa melhorar sua comunicação” ou “você fez um bom trabalho” sem dar detalhes ou exemplos. Isso pode fazer com que a pessoa não entenda o que está errado ou certo, e não saiba como agir.
  • Criticar a pessoa em público: Expor ou humilhar a pessoa na frente de outras pessoas, fazendo com que ela se sinta desrespeitada ou envergonhada.
  • Utilizar tom agressivo ou sarcástico: Falar com raiva, desprezo ou ironia, fazendo com que a pessoa se sinta ofendida ou desmotivada.
  • Ignorar as reações ou sentimentos da pessoa: Não prestar atenção em como a pessoa está se sentindo ou reagindo ao feedback, fazendo com que ela se sinta ignorada ou desvalorizada. Por exemplo, não perceber se a pessoa está triste, nervosa ou feliz com o feedback, e não demonstrar empatia ou apoio. Isso pode fazer com que a pessoa se isole, se frustre ou se desinteresse.

As melhores práticas do feedback

É importante ser assertivo na forma como você vai transmitir sua mensagem. Não basta dizer o que você pensa ou sente, é preciso fazer isso de forma que a pessoa entenda, aceite e se comprometa com a mudança. Para isso, é preciso usar algumas técnicas ou métodos que orientem sua comunicação.

Algumas dicas para dar feedback de forma eficaz são:

  • Foque em comportamentos observáveis e não em características pessoais: Não julgue ou rotule a pessoa, mas sim descreva o que ela fez ou deixou de fazer. Por exemplo, em vez de dizer “você é preguiçoso”, diga “você não entregou o relatório no prazo”. Em vez de dizer “você é inteligente”, diga “você resolveu o problema de forma criativa”. Isso evita que a pessoa se sinta atacada ou elogiada de forma vazia, e permite que ela saiba exatamente o que precisa mudar ou manter.
  • Use algum modelo ou método para estruturar seu feedback: Existem vários modelos ou métodos que podem te ajudar a organizar seu pensamento e sua fala na hora de dar feedback. Por exemplo, você pode usar o SBI (Situação-Comportamento-Impacto), que consiste em descrever uma situação específica em que a pessoa demonstrou um comportamento observável e qual foi o impacto desse comportamento no resultado ou no relacionamento. Outro exemplo é o EEC (Elogio-Evidência-Correção), que consiste em começar com um elogio sincero sobre algo positivo que a pessoa fez, apresentar evidências concretas sobre algo negativo que precisa ser melhorado e sugerir uma correção ou uma alternativa. Um terceiro exemplo é o GROW (Goal-Reality-Options-Way forward), que consiste em definir um objetivo claro e compartilhado com a pessoa, avaliar a realidade atual em relação ao objetivo, explorar opções de ação para alcançar o objetivo e estabelecer um plano de ação com prazos e responsabilidades.
  • Equilibre feedback positivo e negativo: Não foque apenas nos pontos fracos ou nos erros da pessoa, mas também reconheça seus pontos fortes ou seus acertos. O feedback positivo serve para reforçar os comportamentos desejados, aumentar a autoestima e a confiança da pessoa. O feedback negativo serve para corrigir os comportamentos indesejados, apontar as áreas de melhoria e estimular o aprendizado da pessoa. O ideal é que você dê mais feedback positivo do que negativo, seguindo a regra do 3:1, ou seja, para cada feedback negativo, dê três feedbacks positivos.
  • Envolva a pessoa no processo de melhoria contínua: Não imponha ou prescreva soluções para a pessoa, mas sim incentive-a a participar da busca por alternativas. Faça perguntas abertas, como “o que você acha que pode fazer para melhorar?” ou “como eu posso te ajudar nesse processo?”. Isso faz com que a pessoa se sinta mais responsável e comprometida com o seu próprio desenvolvimento.

Conclusão

Neste post, eu compartilhei com você alguns aspectos importantes sobre a arte do feedback. Espero que essas informações te ajudem a dar feedback de forma mais eficiente e efetiva para as pessoas da sua equipe e da sua empresa.

Lembre-se de que o feedback é uma forma de demonstrar interesse, cuidado e respeito pelas pessoas. O feedback também é uma forma de aprender e crescer junto com as pessoas. Por isso, não tenha medo de dar feedback nem de receber feedback. Aproveite essa oportunidade para melhorar seu trabalho, seu relacionamento e seu desenvolvimento pessoal.

E você, como você costuma dar feedback?