Nesta manhã, e digo manhã por que no relógio marca sete horas de um sábado, acabei de chegar a minha casa, algo me incomoda devo confessar que já faz algum tempo que essa ânsia me consome de sentar em frente do computador e digitar meia dúzia de palavras, que com um pouco de arte que tenho pode afetar a minha medíocre mas, significativa vida. É claro que nesse primeiro parágrafo eu já nem sei o que nem muito menos como vou terminar isso que hoje chamo de necessidade. |
A minha primeira briga com a minha mãe foi assim: nem sei por que começou também já não é mais importante, afinal de contas depois dessa houve tantas outras e o que me marcou foi à necessidade dela gritar: “ isso está errado, o sinal esta fechado para você!” Pois, ainda tenho a possibilidade de ensinar o que à vida me mostrou, e que na sua gana e precipitação próprias da idade acha que a verdade é sua, não consegue ter a sensibilidade de analisar causa e consequência, e de enxergar que a minha repreensão pode ate ferir, mais antes uma ferida aberta do que uma mal curada. Claro que a minha mãe não usou essas palavras, muito menos sinônimos de tudo que escrevi afinal de contas ela com um: isso está errado, disse mais. |
Após 10 anos a lembrança daquela briga não teve nenhuma mudança significativa, mais uma consequência grandiosa, me fez ser o que sou bom ou mau, isso não me cabe julgar, apenas analisar a importância de existir alguém, nesse caso minha mãe, que preferiu comprar uma briga ao silêncio frustrante de ver minha derrocada. |
Mas a necessidade de escrever continua, e me consome já que o exercício criativo não tem hora, nem local e mesmo ainda brigando com as palavras, devo ressaltar que os verbos a qual denomino a fatídica briga, se transformam hoje em substantivos de agradecimentos a essa mulher valente, por hoje ter voltado a escrever mesmo que não seja nada de genial e também porque me ensinou á um dia dizer não aos meus filhos. Obrigado mãe pelo sinal vermelho. |