amor é liberdade.
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amor é liberdade.

amor é liberdade.

anderson
12 min
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amor é liberdade.

Alguns fariseus se aproximaram dele para pô-lo à prova e lhe perguntaram:

É lícito ao homem repudiar a sua mulher por qualquer motivo? Ele

respondeu: Não lestes que aquele que os criou no início os fez homem e

mulher, e disse: Por esta causa deixará o homem o pai e a mãe e se unirá à

sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne? Desse modo, já não são mais

dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, que ninguém separe...

Todo aquele que repudiar a sua mulher, exceto por fornicação, e se casar com

outra, estará cometendo adultério.

— Mateus 19,3-6,9

ejamos essas grandes verdades sob uma nova luz. Deus é amor, e

quando o verdadeiro amor no coração reúne um homem e uma

mulher, é Deus quem está unindo o casal em um pacto sagrado. Quando

existe uma verdadeira união espiritual entre duas pessoas (Deus uniu), não

existe o divórcio, já que ele não é desejado. Ambos se unem espiritual,

mental e fisicamente.

Não existe outra instituição na Terra tão sagrada quanto a do lar que

você está prestes a formar, nem votos tão maravilhosos quanto aqueles que

você faz na cerimônia do casamento. O verdadeiro matrimônio é a mais

abençoada de todas as instituições terrenas. As pessoas devem entrar no

casamento com reverência, de maneira ponderada e com um profundo

entendimento do seu significado espiritual. O casamento é uma

consonância de ideias divinas, com harmonia e pureza de propósito. A

harmonia, a honestidade, o amor e a integridade precisam prevalecer na

mente e no coração do marido e da mulher. A partir desse estado interior

de integração consciente das características fundamentais de um casamento

bem-sucedido, surge o estado exterior correspondente, tornando o externo

semelhante ao interno — tranquilo, alegre e harmonioso.

Quando um homem se casa motivado pela riqueza, posição social e

contatos políticos da mulher, ou apenas porque ela é jovem e bela e ele

deseja exaltar o seu próprio ego, a união não representa um casamento

verdadeiro. Na realidade, trata-se de hipocrisia, uma farsa. Quando uma

mulher se casa com um homem por causa de sua profissão, para ter

segurança pessoal ou por qualquer outra razão que não seja o verdadeiro

amor, o casamento é falso e nada mais que um disfarce; ele não é feito no

céu, que significa harmonia e entendimento divino.

Já celebrei cerimônias de casamento entre homens e mulheres de idade

avançada, às vezes abençoados com setenta e cinco ou até mesmo oitenta

anos, cronologicamente falando. O ardor sexual já se extinguiu em muitos

desses casos; no entanto, Deus (o amor) reúne esses casais pela simples

razão de serem honestos, íntegros, sinceros e verdadeiros um com o outro,

buscando um companheiro carinhoso para compartilhar suas alegrias e

experiências. A honestidade, a sinceridade, a integridade e a justiça são

filhas do amor. Quando elas estão ausentes na cerimônia do casamento,

independentemente da idade dos cônjuges, não se trata de um verdadeiro

matrimônio.

O pastor, rabino ou padre que oficia a cerimônia não valida ou santifica

o casamento. Ele apenas confirma objetivamente o que o homem e a

mulher já sentiam ser verdade subjetivamente: a união de duas almas em

busca do caminho de volta para o coração de Deus.

Com que frequência o casamento é uma verdadeira união espiritual na

qual as partes do contrato se unem espiritual, mental e fisicamente? Por

outro lado, com que frequência se trata de uma simples cerimônia oficial,

com marido e mulher começando a se irritar em poucas semanas? Lembrese de que os iguais se atraem, e se você deseja atrair a companheira ou o

companheiro certo, use esta abordagem espiritual comprovada: tranquilize

sua mente, pense com clareza e com interesse nas qualidades e atributos

que admira em um homem ou uma mulher e se concentre nas

características que admiraria no seu parceiro ou parceira — por exemplo,

essa pessoa é espiritualizada, leal, fiel, sincera, honesta, talentosa, feliz e

próspera. Pouco a pouco essas qualidades vão penetrar na sua mente

subconsciente. A inteligência infinita sempre assume o comando quando

você reza dessa maneira e, como resultado, você irresistivelmente vai atrair

a companheira ou o companheiro que espera. O homem ou a mulher que

você atrair será à imagem e semelhança do ideal sobre o qual você meditou.

Vocês se harmonizarão perfeitamente, e haverá amor, liberdade e respeito

mútuos; isso se chama “casamento feito no céu” ou “paz e entendimento”.

Sempre ouço a seguinte pergunta: “Devo me divorciar?” Esse é um

problema individual, que não pode ser generalizado. Em alguns casos o

divórcio não é a solução, assim como o casamento não é a solução para uma

pessoa solitária. Divorciar-se pode ser a atitude certa para alguns e a errada

para outros. Uma mulher divorciada pode ser muito mais nobre e divina do

que as suas irmãs que estão vivendo uma mentira em vez de enfrentar a

verdade. As desculpas e álibis habituais usados para esconder a verdade são

que o divórcio seria ruim para os negócios do marido, que os vizinhos iriam

comentar, que não seria uma boa política etc. Isso, é claro, significa viver

um casamento de aparência.

Há algum tempo, conversei com uma mulher que tinha sido traída e

ludibriada pelo marido. Ele lhe disse, antes do casamento, que era

representante de uma empresa asiática, que era solteiro e pertencia à

mesma religião que ela, mas era tudo mentira. O tempo revelou que o

homem era ex-presidiário, espancava a esposa anterior e estava vivendo

com outra quando se casou com a mulher que conheci. Esta havia

adiantado a ele algum dinheiro, aguçando com isso o seu apetite por mais

— e esse era o verdadeiro motivo pelo qual ele se casara com ela. Ela

achava que era pecado pedir o divórcio, mas desejava ter liberdade e paz de

espírito. Expliquei à moça que ela não estava realmente casada, que sua

união era simplesmente um embuste, uma farsa; ela estava vivendo uma

mentira. Algum tempo depois a mulher pediu o divórcio e terminou de vez

com a fraude que era o seu casamento.

Também me lembro do caso que aconteceu durante a guerra, de uma

jovem que certa noite ficou completamente embriagada, e em consequência

disso, teve amnésia alcoólica. Na manhã seguinte, ela acordou com uma

certidão de casamento nas mãos: tinha se casado com um nativo de uma

das ilhas. A jovem ficou absolutamente chocada e precisou receber

tratamento psiquiátrico. O casamento foi dissolvido imediatamente.

Inúmeras pessoas ficam confusas e se culpam por causa de uma

interpretação errônea da seguinte citação bíblica: “Todo aquele que

repudiar a sua mulher, exceto por fornicação, e se casar com outra, estará

cometendo adultério; e aquele que se casar com a repudiada comete

adultério” (Mateus 19.9). A Bíblia também diz: “Quem quer que olhe para

uma mulher com cobiça já cometeu adultério com ela no seu coração”

(Mateus 5.28).

Aqui nos é dito que o adultério é praticado no coração ou na mente. O

coração é a sede das emoções, a natureza dos sentimentos, a mente

subjetiva. Os atos do corpo são determinados pelo movimento da mente.

Há cem anos, Phineas Parkhurst Quimby

1 afirmou que o corpo se move

como é movido pela mente, e que age conforme o impulso que recebe.

Na linguagem bíblica, fornicar significa ter lealdade e dar atenção a

falsos deuses em vez de ao único e verdadeiro Deus — o espírito vivo

onipotente existente no homem, que é o poder supremo e soberano. A

Bíblia é um documento psicológico que destaca que, quando o ser humano

visita os antros da sua mente e tem como companhia assassinos mentais

como o ódio, o ressentimento, a raiva ou a má vontade, está convivendo

com o mal, sendo, portanto, culpado de fornicação e adultério. Na

linguagem da Bíblia essa pessoa já está divorciada, pela simples razão de

que se separou de Deus para se entregar ao prazer imediato. Esse homem

ou mulher está coabitando na mente com o mal; não está mais casado com

a paz, a harmonia, o amor e o entendimento.

O homem está fornicando quando se une mental e emocionalmente a

conceitos errôneos, se entrega ao ressentimento e à raiva ou fica irritado e

deprimido. Sempre que os homens e as mulheres estão mentalmente

divorciados dos seus votos de casamento, ocorre, com o tempo, uma

separação ou divórcio no plano exterior. O lado subjetivo da vida sempre

controla o lado objetivo.

Precisamos nos lembrar do seguinte: o fato de um homem e uma mulher

possuírem uma certidão de casamento e viverem na mesma casa não

significa necessariamente que essa casa seja um verdadeiro lar. Talvez seja

um local de discórdia e ódio. Quando, por exemplo, uma criança está

presente e os pais não conhecem as leis da vida, é melhor romper a união

do que permitir que a atmosfera de ódio prejudique o desenvolvimento

mental dessa criança. Muitas vezes, a vida e a mente de uma criança são

ofuscadas pelo estado de espírito dos pais — algo que, com a passagem dos

anos, frequentemente resulta em neurose e crime. É bem melhor um

menino viver apenas com um pai ou uma mãe que o ame do que morar

com duas pessoas que se odeiam e brigam o tempo todo.

Vários homens e mulheres já me disseram que se sentem muito culpados

por causa do que chamam de “pecados sexuais”. Eles sentem que Deus não

os perdoou. Explico a eles que Deus é o princípio vital, que a vida não

condena nem pune, e que eles estão simplesmente condenando a si

mesmos e, em consequência disso, sofrendo desnecessariamente.

Deus é o princípio vital. Se você queimar o dedo, sabe muito bem que o

princípio vital o perdoa reduzindo o edema e lhe fornecendo um novo

tecido. A vida não guarda rancor de você porque você se queimou; ela

forma um coágulo, constrói uma ponte de novas células e forma uma nova

pele. Se você ingerir comida estragada, a vida o perdoa fazendo você

regurgitar, purgando com isso o seu sistema de uma possível intoxicação

alimentar. A vida sempre busca preservá-lo. Esse é o significado de “Deus

não o condena nem pune”. Punimos a nós mesmos quando usamos

indevidamente a mente subconsciente.

Jesus disse o seguinte à mulher surpreendida em adultério: “Mulher,

onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela:

Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Eu tampouco te condeno; vai e

não peques mais” (João 8.10-11).

A prostituta ou a mulher que tem um filho ilegítimo, que o mundo pode

condenar e apedrejar (marginalizar), pode se voltar para a presença de

Deus interior e afirmar sua liberdade e paz de espírito. Ela compreende que

Deus não condena ninguém. “Teus olhos são tão puros que não consegues

enxergar o mal e a iniquidade não podes contemplar” (Habacuque 1.13). A

sociedade e o mundo podem condená-la, ou ela pode se envolver na

autoacusação e na autocrítica. “Porque o pai não julga ninguém, mas

confiou todo julgamento ao filho” (João 5.22).

O filho é a sua mente. Este é o lugar onde você profere julgamentos

sobre si mesmo por meio dos pensamentos que contempla. Deus, o

absoluto, desconhece os nossos erros e medos. Você perdoa a si mesmo

substituindo o estado de espírito de culpa, desespero e autocondenação

pelo de paz, amor e harmonia.

Afaste-se do passado e desligue-se completamente do seu antigo estilo

de vida. Una-se mental e emocionalmente ao seu propósito, que é a paz, a

dignidade, a felicidade e a liberdade. Quando você fizer isso, Deus e a sua

glória responderão instantaneamente. Você vai perceber uma onda de paz

avançando sobre as áreas áridas da sua mente como o orvalho do céu, e as

sombras do medo e da culpa vão se dissipar. Quando deixa de condenar a

si mesmo, você constata que o mundo tampouco pode condená-lo.

Não há nada errado no sexo ou em nada que tenha sido criado e

decretado por Deus. “Homem e mulher Ele os criou” (Genesis 1.27). “Por

essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se

tornarão uma só carne” (Gênesis 2.24). Você se entrega completamente no

casamento — espiritual, mental e fisicamente. O ato sexual entre marido e

mulher deve ser um ato de amor, e cada um deve compreender que o amor

é de Deus e que os filhos gerados nascerão desse amor. O instinto sexual

não se contrapõe aos impulsos espirituais. O impulso sexual precisa ser

canalizado de forma construtiva, harmoniosa e amorosa. O desejo em si

não é amor; por outro lado, o ato sexual entre os parceiros do casamento

envolve a genuína emoção do amor, que é a essência do amor conjugal.

Muitas mulheres e homens casados têm uma atitude falsa e negativa

diante do sexo. Alguns acham que ele é nocivo, sujo e repulsivo,

possivelmente devido à criação que receberam ou a algum trauma da

infância. Não raramente essa atitude resulta em impotência nos homens e

em frigidez nas mulheres.

Várias mulheres me disseram que os maridos eram materialistas e

puramente eróticos, e que elas os encaravam com desprezo, afirmando que

se sentiam superiores porque desdenhavam e detestavam o ato sexual. Essa

atitude é pura racionalização e indica concentrações venenosas

subconscientes a respeito do sexo, muito provavelmente causadas pela

criação que essas mulheres tiveram e pela falsa interpretação das Escrituras.

Certa vez, uma parente distante me disse que ela e o marido rezavam

antes do ato sexual. Não há nada errado com a oração, mas eles rezavam

nesse momento porque ela encarava o ato sexual como pecaminoso e sujo;

ela imaginava que por meio da prece poderia exorcizar qualquer mal

relacionado a essa prática. Basicamente, ela sentia desprezo pelo sexo e era

frígida. Ela acrescentou: “Amo o meu marido espiritualmente, mas não

fisicamente.” Essa mulher separava o amor sexual do amor espiritual.