BANINDO O TERROR DO PALCO.
BANINDO O TERROR DO PALCO. |
Uma jovem foi convidada para uma audição. Há muito |
que procurava essa oportunidade, mas, nas três |
ocasiões anteriores em que lhe surgira, fracassara |
miseravelmente, pois tinha medo do palco. |
Possuía uma excelente voz, mas estava convencida |
de que, quando chegasse a ocasião de cantar, seria |
dominada pelo terror do palco. O subconsciente encara |
seus receios como um pedido e faz com que se |
manifestem, trazendo-os à sua experiência. Nas três |
audições anteriores, a jovem desafinara e finalmente |
sucumbira e chorara. A causa, como foi anteriormente |
apontada, era uma autossugestão involuntária, isto é, |
um silencioso pensamento de medo, emocionalizado e |
subjetivo. |
Ela superou-o com a técnica seguinte: três vezes |
por dia trancava-se em seu quarto, sentava-se |
confortavelmente em uma poltrona, relaxava o corpo e |
fechava os olhos, acalmando a mente e o corpo da |
melhor maneira possível. A inércia física favorece a |
passividade e torna a mente mais receptiva à sugestão. |
Neutralizava a sugestão de medo com uma afirmativa |
contrária, declarando para si mesma: "Canto muito bem, |
sou equilibrada, serena, confiante e calma." |
Repetia essas palavras em tom pausado e tranquilo, |
impregnado de sentimento, por umas cinco a dez vezes |
em cada ocasião. Trancava-se assim em seu quarto três |
vezes por dia e mais uma vez à noite, antes de dormir. |
Ao fim de uma semana estava completamente confiante e |
calma, realizando depois uma audição excelente. Siga o |
processo acima descrito e a morte do medo será certa. |
O MEDO DO FRACASSO. |
De vez em quando os jovens da universidade local |
vinham procurar-me, bem como os professores. Os |
estudantes, em geral, pareciam sofrer de uma amnésia |
sugestiva por ocasião dos exames. A queixa é sempre a |
mesma: "Sei as respostas depois que os exames |
terminam, mas no seu decorrer não consigo lembrar-me |
das respostas." |
A ideia - realizada - que motivava tudo isso é uma |
a que damos invariavelmente uma atenção concentrada. |
Descobri que cada um dos estudantes estava |
obcecado com a ideia de fracasso. O medo estava por |
trás da amnésia temporária e era a causa de tudo. |
Um jovem estudante de medicina era o aluno mais |
brilhante de sua turma e, no entanto, não conseguia |
responder às questões mais simples por ocasião dos |
exames escritos e orais. Expliquei-lhe que a razão era |
o fato de preocupar-se e ficar receoso vários dias |
antes de os exames começarem. Esses pensamentos |
negativos ficavam impregnados de medo. |
Os pensamentos envoltos por uma forte emoção de |
medo tornam-se reais na mente subconsciente. Em outras |
palavras: esse jovem estava pedindo à sua mente |
subconsciente que o fizesse fracassar e era exatamente |
o que acontecia. No dia dos exames via-se dominado |
pelo que se conhece, nos círculos da psicologia, como |
amnésia sugestiva. |
COMO ELE VENCEU O MEDO. |
Aprendeu que o seu subconsciente era o depósito da |
memória e tinha um registro perfeito de tudo o que |
ouvira e lera durante o seu curso de medicina. Além |
disso, aprendeu que o subconsciente é impressionável e |
retribuidor. A maneira de entrar em contato com ele |
era relaxar-se, estar em paz e confiante. |
Todas as noites e todas as manhãs, começou a |
imaginar sua mãe cumprimentando-o por suas excelentes |
notas. |
Em suas mãos, segurava uma carta imaginária de sua |
mãe. Quando começou a contemplar o resultado feliz, |
provocou uma resposta ou reação correspondente e |
recíproca em si mesmo. O poder onisciente e onipotente |
do subconsciente tomou conta de tudo, passando a |
orientar e dirigir sua mente consciente de acordo. Ao |
imaginar o final feliz, estava desejando os meios de |
realizá-lo. Seguindo esse procedimento, não encontrou |
dificuldades em passar nos exames subsequentes. Em |
outras palavras: a sabedoria subjetiva tomou conta |
dele, compelindo-o a prestar excelentes exames. |
MEDO DE AGUA, MONTANHAS, LUGARES FECHADOS ETC. |
Há muitas pessoas que têm medo de entrar em |
elevadores, escalar montanhas ou até mesmo de nadar. |
Pode ser que, no último caso, por exemplo, a pessoa |
tenha passado por alguma experiência desagradável em |
sua mocidade, sendo atirada à água à força sem saber |
ainda nadar. Em outro caso, pode ter ficado presa em |
um elevador que não funcionou direito, daí resultando |
o medo de lugares fechados. |
Tive uma experiência dessas quando estava com dez |
anos de idade. Caí acidentalmente em um poço e |
mergulhei três vezes. Ainda me posso lembrar da água |
escura tragando minha cabeça e eu ofegando em busca de |
ar, até que outro garoto me puxou no último instante. |
Essa experiência entrou em meu subconsciente e durante |
anos fiquei com medo da água. |
Um psicólogo mais velho disse-me certo dia: "Vá |
até a piscina, olhe a água e diga em voz alta e firme |
que vai dominá-la. Depois, entre na água, tome lições |
de natação e supere o seu medo". Foi o que fiz - e |
dominei o meu medo da água. Não permita que a água o |
domine. Lembre-se sempre: você é o senhor da água. |
Quando assumi uma nova atitude mental, o poder |
onipotente do subconsciente respondeu, dando-me força, |
fé e confiança e permitindo que superasse o meu medo. |