CAPITULO 1
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CAPITULO 1

SERÁ QUE ESTAMOS CONECTADOS? REALMENTE CONECTADOS?

anderson
7 min
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SERÁ QUE ESTAMOS CONECTADOS? REALMENTE CONECTADOS?

A ciência moderna está a ponto de resolver um dos maiores mistérios de todos os tempos.

Provavelmente não vamos ter notícias sobre isso pelos tele- jornais no horário nobre da televisão, nem

vamos ver manchetes noticiando o fato nos principais jornais. Mas, apesar de tudo, aproximadamente

setenta anos de pesquisas na área da ciência conhecida como a "nova física" está apontando para conclusões

irrefutáveis.

Princípio 2: Todas as coisas do mundo estão ligadas a todas as outras coisas.

Quer dizer: realmente ligadas! Essa é a novidade que altera tudo e que abala, sem dúvida alguma, os

alicerces da ciência como hoje a conhecemos.

"Muito bem", podemos dizer, "já ouvimos isso antes. O que torna essa conclusão tão diferente? O que

realmente significa estar conectado?" Essas são ótimas perguntas e as respostas poderão surpreendê-los. A

diferença entre as novas descobertas e o que acreditávamos anteriormente é que, no passado, simplesmente

nos diziam que a conexão existia. Mediante frases técnicas como "sensível dependência das condições

iniciais" (ou "efeito borboleta") e por teorias sugerindo que o que é feito "aqui" tem um efeito "ali",

podíamos observar, de maneira superficial, a atuação da conexão em nossa vida. Os novos experimentos,

entretanto, nos levam a um passo adiante.

Além de provar que estamos ligados a tudo, as pesquisas agora demonstram que a conexão existe por

nossa causa. Nossa conectividade nos dá o poder de ajeitar as coisas para que nos favoreçam, no que diz

respeito à transformação de nossa vida. Para absolutamente tudo, da busca pelo romance à cura dos nossos

entes queridos e à satisfação de nossas mais profundas aspirações, somos uma parte integral do que

experimentamos todos os dias.

O fato de as descobertas mostrarem que podemos usar nossa conexão conscientemente abre as portas

para nada menos do que a oportunidade de tirar partido do mesmo poder que movimenta todo o universo.

Por meio da unidade que está no interior do seu corpo, do meu e do corpo de todos os seres humanos do

planeta, temos uma comunicação direta com a mesma força que cria tudo, dos átomos às estrelas e ao DNA

da vida!

No entanto, existe uma pequena armadilha: nosso poder para fazer isso está adormecido até que o

despertemos. O segredo para acordar esse impressionante poder é fazer uma pequena mudança no modo

como estamos habituados a ver o mundo. Assim como os iniciados de Logue descobriram que podiam

voar depois de receberem um pequeno empurrão na borda do abismo (poema da página 9), com uma

ligeira mudança de percepção podemos usufruir a mais poderosa força do universo para lidar com as

situações aparentemente mais impossíveis de serem resolvidas. Isso acontece quando nos permitimos

perceber de outro modo nosso papel no mundo.

Como o universo parece realmente ser um lugar muito grande — quase vasto demais para que a gente

pelo menos consiga conceber seu tamanho —, podemos começar por nos ver de outro modo no dia-a-dia.

A "pequena mudança" de que precisamos consiste em começar a nos ver como parte do mundo, não como se

estivéssemos separados dele. A maneira de nos convencermos de que realmente somos um com tudo o que

vemos e experimentamos é compreender como estamos unidos e o que tal conexão significa.

Princípio 3: Para usufruirmos da força do universo propriamente dito, precisamos nos ver como parte do

mundo, não como se estivéssemos separados dele.

Pela conexão que une tudo, a "coisa" da qual o universo é feito (ondas e partículas de energia)

aparentemente quebra as leis do tempo e do espaço da maneira como estamos habituados a interpretá-las.

Ainda que os detalhes pareçam mais algo ligado ã ficção científica, eles são bem reais. As partículas de luz

(fótons), por exemplo, já foram observadas como capazes de dupla localização — isto é, de se situarem,

precisamente no mesmo instante, em dois locais diferentes separados por muitos quilômetros.

Do DNA de nosso corpo aos átomos de todo o restante, as coisas na natureza parecem compartilhar

informações com mais rapidez do que foi previsto por Albert Einstein para o deslocamento de qualquer

coisa — mais rapidamente do que a velocidade da luz. Em alguns experimentos, os dados chegam aos

respectivos destinos até mesmo antes de deixarem seus locais de origem! Historicamente acreditava-se que

tais fenômenos fossem impossíveis, mas, aparentemente, eles não apenas são possíveis, como também

podem nos mostrar algo mais do que simplesmente as interessantes anomalias de pequenas unidades da

matéria. A liberdade de movimento que as partículas quânticas demonstram pode revelar como o restante

do universo funciona quando olhamos além dos conhecimentos da física.

Conquanto esses resultados possam ser parecidos com algum enredo fu- turístico de um episódio de

Jornada nas Estrelas, eles estão sendo observados agora, sob o escrutínio dos cientistas de hoje em dia.

Individualmente, os experimentos que produzem tais efeitos são certamente fascinantes e merecem uma

investigação mais detalhada. Considerados em conjunto, entretanto, eles também sugerem que nós

podemos não estar tão limitados pelas leis da física quanto imaginávamos. Talvez as coisas sejam capazes

de viajar mais rapidamente do que a velocidade da luz e talvez elas possam estar em dois lugares ao mesmo

tempo. E se as coisas têm essa capacidade, será que nós também temos?

Essas são precisamente as possibilidades que entusiasmam os inovadores de hoje e que mexem com

nossa imaginação. É a associação da imaginação — a ideia de que alguma coisa possa ser como

imaginamos — com a emoção que dá vida a uma possibilidade de que ela se transforme em realidade. A

manifestação se inicia com o desejo de abrir espaço em nossas crenças para alguma coisa que por hipótese

não existe. Criamos essa "alguma coisa" pela força da consciência e da percepção.

O poeta William Blake reconhecia que o poder da imaginação era a essência da nossa existência, mais

do que algo que simplesmente experimentávamos de vez em quando, durante nossos períodos de folga. "O

homem é todo imaginação", ele dizia e explicava: "O corpo eterno do homem é a imaginação, isto é, o

próprio Deus"

2

. O filósofo e poeta John Mackenzie explicava mais ainda nosso relacionamento com a

imaginação, e sugeria que "a distinção entre o que é real e o que é imaginário não é algo que possa ser

mantido detalhadamente (...) todas as coisas são (...) imaginárias"

3

. Nessas duas descrições, os eventos

concretos da vida devem primeiramente ser antevistos como possibilidades, antes de se transformarem em

realidade.

Entretanto, para que as ideias do imaginário de um momento no tempo se transformem na realidade

de outro momento, deve existir algo que interligue ambos. De alguma maneira deve existir no tecido do

universo a conexão entre fantasias passadas e realidades presentes e futuras. Einstein acreditava firmemente que o passado e o futuro estavam intimamente entrelaçados com coisas de uma quarta dimensão, e

que formavam uma realidade que ele chamou de espaço-tempo. "A distinção entre o passado, o presente e o

futuro", ele dizia, "não passa de uma ilusão persistentemente obstinada"

4

.

Dessa maneira, por meios que nós apenas começamos a compreender, concluímos estar conectados não

somente com tudo aquilo que vemos em nossa vida hoje, mas também com tudo o que já existiu, bem como

com coisas que nem aconteceram ainda. E o que estamos experimentando agora é o resultado dos eventos

que ocorreram (pelo menos parcialmente) no âmbito do universo visível.

As implicações desses relacionamentos são imensas. Em um mundo onde um campo inteligente de

energia conecta tudo, desde a paz mundial até as curas pessoais, o que pode ter parecido mera fantasia e

milagres antigamente, de repente se transforma em um acontecimento possível de suceder em nossa vida.

Com essas conexões em mente devemos começar a pensar em um modo de nos relacionarmos com a

vida, com nossa família e até mesmo com nossos relacionamentos casuais de uma nova e poderosa

perspectiva. Bom ou mau, certo ou errado, tudo, desde as mais leves e belas experiências da vida, até as

ocasiões do mais horrível sofrimento humano, nada poderá mais ser considerado como obra do acaso.

Claramente o princípio para a cura, a paz, a abundância e a criação de experiências, carreiras e

relacionamentos que nos trazem alegria é a compreensão da profundidade da ligação que temos com toda

nossa realidade.