CAPITULO 10 - CRIAÇÃO.

CAPÍTULO 10

CRIAÇÃO.

EU SOU Deus, e não há outro! Sim, somente EU SOU

Deus, e nada nem ninguém a mim se compara! EU

anuncio o fim desde o princípio; e do passado as coisas

que ainda não aconteceram. EU afirmo: 'O meu

propósito prevalecerá, e farei toda a minha vontade'.

(Isaias 46, versículos 9 e 10).

A criação está consumada. A criatividade é apenas um

amplificador de receptividade, pois todo o conteúdo de

todos os tempos e de todo o espaço, na verdade

coexistem no infinito e eterno agora. Em outras palavras,

tudo o que você já foi um dia, ou que ainda vai ser – ou

melhor dizendo, tudo o que a humanidade já foi ou um

dia será – existe agora. Isto é o que se entende por

criação; e a declaração de que a criação está consumada

significa que nada precisa ser criado, precisa apenas ser

manifestado. O que nós chamamos de criatividade é

apenas tornar-se consciente do que já existe. Você

simplesmente se torna consciente de algumas partes de

tudo o que já existe. 

O fato que você nunca poderá ser alguma coisa que

você já não seja, ou vivenciar alguma coisa que ainda

não exista, explica a experiência de se ter certeza da

sensação de já ter ouvido antes algo que está sendo dito

agora, ou de ter a impressão de já conhecer uma pessoa

ao vê-la pela primeira vez, ou de já ter visto certo lugar

ou objeto, ao encontrá-lo pela primeira vez.

Toda a criação existe em você, e é o seu destino tornarse cada vez mais consciente de suas maravilhas infinitas,

e de experimentar as maiores e mais grandiosas partes

do todo.

Se a criação está consumada, e todos os eventos estão

simultaneamente ocorrendo agora, a pergunta que

naturalmente vem à mente é: "O que determina a noção

do tempo?" Ou seja, o que determina os eventos que

você irá encontrar? E a resposta é: o seu conceito de si

mesmo.

Os seus conceitos determinam as rotas que a sua

atenção seguirá. Eis aqui um bom teste para provar este

fato. Assuma o sentimento do seu desejo realizado e

observe que rota ou direção seguirá a sua atenção. Você

irá observar que, pelo tempo que você permanecer fiel à

sua concepção, pelo mesmo tempo, a sua atenção será

confrontada com imagens claramente relacionadas com

essa concepção. Por exemplo: se você assumir que você

tem um negócio maravilhoso, você vai perceber como

ele é em sua imaginação, e sua atenção estará voltada

em cada evento relacionado a esta concepção, um após

o outro. Os amigos te parabenizando, te dizendo o

quanto você é sortudo, e os outros invejosos e críticos.

Daí, a sua atenção continua, em escritórios mais

espaçosos, maiores saldos bancários, e muitos outros

eventos relacionados dessa maneira. A persistência

nesta hipótese, na verdade, resultará na experiência da

realidade que você assumiu.

E o mesmo acontece para qualquer outra concepção. Se

a sua concepção de si mesmo é que você é um

fracassado, você poderá encontrar em sua imaginação,

toda uma série de eventos em consonância com essa

concepção.

Assim, fica nitidamente claro como você, através de sua

autoconcepção, determina o seu presente, ou seja, a

parte específica da criação que você experimenta agora;

e também o seu futuro, ou seja, a parte específica da

criação que você vivenciará.