CAPÍTULO 2 - A DUALIDADE DA MENTE.

CAPÍTULO 2 - A DUALIDADE DA MENTE.

A dualidade da consciência deve ser um conceito claro

para o homem, e a base de toda oração verdadeira. A

consciência possui uma parte consciente e uma parte

subconsciente. A maior parte da consciência encontra-se

abaixo da esfera da consciência objetiva. O

subconsciente é infinitamente maior, e é a parte mais

importante da consciência, ele é a causa da ação

voluntária.

O subconsciente é a essência do homem, enquanto o

consciente é o seu conhecimento. "EU e meu PAI somos

um, mas meu PAI é maior do que EU." O consciente e o

subconsciente são um, mas o subconsciente é maior do

que o consciente.

Não crês tu que Eu estou no Pai, e que o Pai está em

mim? As palavras que Eu vos digo não vos digo por mim

mesmo; mas o Pai, que habita em mim, é quem realiza

as suas obras. (João 14, versículo 10). 

Eu, a consciência objetiva, por mim mesmo não posso

fazer nada; mas o pai, o subconsciente; é quem realiza as

suas obras. O subconsciente é aquele que tudo sabe,

aquele ao qual tudo é possível, é para ele que todas as

coisas passam, é por ele que todas as coisas surgem, a ele

todas as coisas pertencem, e ele é o caminho a que tudo

acessa.

A oração é a chave que abre essa Casa do Tesouro.

"'...provai-me nisto', diz o SENHOR dos Exércitos, 'e

comprovai com vossos próprios olhos se não abrirei as

comportas do céu, e se não derramarei sobre vós tantas

bênçãos, que não tereis celeiros o bastante para

guardá-las'. (Malaquias 3, versículo 10)".

A oração modifica e altera completamente as nossas

concepções subconscientes, e uma mudança de

concepção significa uma mudança de expressão.

A mente consciente raciocina analiticamente através da

observação, experiência, e educação. Ela, portanto, 

encontra dificuldades em acreditar no que os seus cinco

sentidos e a sua razão analítica negam. O subconsciente

raciocina dedutivamente. A sua função não é questionar

se uma premissa é verdadeira ou falsa, boa ou má.

Quando uma afirmação atinge o subconsciente, ele

apenas procede, assumindo que ela é adequada, e

objetiva resultados que sejam coerentes com a premissa

recebida. Esta distinção deve ser vista nitidamente por

todos aqueles que querem dominar a arte da oração. A

ciência da oração não poderá obter nenhum efeito até

que as leis que regem a dualidade da consciência sejam

compreendidas, e que a importância do subconsciente,

seja percebida.

A oração — a arte de acreditar no que é negado pelos

sentidos — lida quase que inteiramente com o

subconsciente. Através da oração, a impressão da

realização do seu desejo é sugerida ao subconsciente,

que por sua vez, raciocinando dedutivamente, a

expressará em sua natureza legítima.

"Maior é Aquele que está em você, do que aquele que

está no mundo. (1º João 4, versículo 4)".

A mente subjetiva é uma consciência difusa que anima o

mundo, ela é o espírito que dá vida. Em toda substância

existe uma única alma — a mente subjetiva. Esta mente

subjetiva se estende através do tempo e de toda a criação

de maneira ininterrupta. O pensamento e o sentimento,

quando fundidos em crenças, impressam modificações

no subconsciente, impregnando-lhe com uma missão, a

qual ele fielmente executa.

A mente consciente é a responsável por originar as

premissas. A mente subjetiva as desenvolve conforme as

suas respectivas naturezas. Se a mente subjetiva não

fosse limitada quanto ao seu poder de raciocínio e

iniciativa, o homem objetivo não seria então o

responsável por suas ações no mundo.

O homem transmite as suas ideias para o subconsciente

através dos seus sentimentos, e o subconsciente

transmite estas ideias de uma mente para outra através

da telepatia. Suas convicções internas a respeito dos

outros, são transmitidas a eles sem o seu conhecimento

ou consentimento consciente, e se as suas convicções

forem subconscientemente aceitas por eles, elas

influenciarão os seus comportamentos.

As únicas ideias que podem ser subconscientemente

rejeitadas por estes indivíduos, são as ideias que você

tem sobre eles que eles não aceitam como verdade sobre

si mesmos. Tudo o que você pensa e deseja para os

outros, se for subconscientemente aceito por eles, pela

lei da crença que rege o raciocínio subjetivo, será

fielmente expresso por eles de forma objetiva.

A mente subconsciente é totalmente controlada através

da sugestão. Ela aceita melhor estas sugestões quando a

mente objetiva fica parcialmente subjetiva, isto é, quando

os seus sentidos objetivos estão reduzidos ou suspensos.

Este estado parcialmente subjetivo pode ser melhor

descrito como uma abstração controlada, onde a mente

fica passiva, mas ainda capaz de manter sua percepção.

Isto é, ainda capaz de manter o controle da atenção.

No momento quando você estiver orando, nenhum

conflito pode existir em sua mente. Não se questione

sobre o que você pode ou o que você não pode. Assuma 

o sentimento do seu desejo realizado, e pela lei universal

da reversibilidade, você irá realizar o seu desejo.