CAPÍTULO 2 OS QUATRO PODERES
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CAPÍTULO 2 OS QUATRO PODERES

CAPÍTULO 2

anderson
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CAPÍTULO 2

OS QUATRO PODERES.

"E do Éden saía um rio para regar o jardim, e dali ele se

dividia em quatro cabeças". (Gênesis 2, versículo 10).

"E todos eles tinham quatro faces. (Ezequiel 10, versículo

14).

"Disse ele: Eu, porém, vejo quatro homens distintos, que

andam através do fogo e nenhum dano sofrem; e o aspecto

do quarto é semelhante ao filho de Deus. (Daniel 3, versículo

25)".

"Os Quatro Poderes estão dentro de cada homem". – Willian

Blake.

"Os Quatro Poderes" constituem a individualidade do

homem, ou Deus no homem. Estes "quatro poderes"

existem em todos os homens, mas eles não são quatro

poderes separados, eles são tão ligados um ao outro quanto

os dedos da mão. "Os quatro poderes" são quatro

diferentes aspectos da sua mente, e se diferem um do outro

em caráter e função, habitando o corpo do homem sem se

separar dele.

Podemos entender melhor "os quatro poderes"

comparando-os com os quatro elementos mais importantes

na produção de uma peça de teatro.

"Todo o mundo é um palco,

E todos os homens e mulheres, meros atores;

Eles têm suas entradas e suas saídas;

E um homem, em seu tempo,

Participa de muitas cenas.... "

– Assim Como Queiras, Ato II, Cena VII.

O produtor, o autor, o diretor e o ator são os quatro

elementos mais importantes na produção de uma peça. No

drama da vida, a função do produtor é sugerir o tema da

peça. Isto ele faz sob a forma de um desejo, tal como, "Eu

gostaria de ser bem sucedido"; "Quem me dera se eu

pudesse fazer uma viagem"; "Quem me dera eu fosse

casada"; e assim por diante. Mas para aparecer no palco do

mundo, estes temas gerais devem ser especificados e

trabalhados detalhadamente. Não é o bastante apenas

dizer, "Eu gostaria de ser bem sucedido", isso é muito vago.

Sucesso em quê? No entanto, "O Primeiro Poder" só sugere

um tema.

A dramatização do tema é deixada para a originalidade do

"Segundo Poder", o autor. Na dramatização do tema, o

autor escreve apenas a última cena da peça – mas esta, ele

escreve em detalhes. A cena deve dramatizar o desejo

realizado. Ele mentalmente constrói esta cena o mais

próximo possível daquilo o que ele experienciaria caso o

desejo fosse realizado. Quando a cena está nitidamente

visualizada, o trabalho do autor termina.

"O Terceiro Poder" na produção do jogo da vida é o diretor.

A tarefa do diretor é garantir que o ator se mantenha fiel ao

roteiro, e fazê-lo ensaiar várias e várias vezes, até que ele

realize a cena com naturalidade. Esta função pode ser

comparada a uma atenção conscientemente controlada e

dirigida – uma atenção focada exclusivamente na ação que

implicará na realização do desejo.

"E o aspecto do quarto é semelhante ao filho de Deus" – A

Imaginação humana, o ator. Este "Quarto Poder" performa

dentro de si mesmo; na imaginação, a ação prédeterminada que implica na realização do desejo. Sua

função não é visualizar e nem observar a ação.

Esta função realmente encena o drama, e faz isso várias

vezes, até que ela assuma os tons de sua realidade. Sem a

visão dramatizada do desejo realizado, o tema continua a

ser um simples tema, e repousa para sempre nas vastas

câmaras dos temas não nascidos. Sem a cooperação de sua

atenção, obedecendo à visão dramatizada da realização do

desejo, esta visão não será percebida, e nem atingirá a sua

realidade objetiva.

"Tende em vós o mesmo sentimento que teve Jesus Cristo:

que tendo plenamente a natureza de Deus, não julgava

como ofensa se igualar a Deus" (Filipenses 2, versículos 5 e

6). 

O drama da vida é um esforço conjunto dos quatro aspectos

da alma humana.

"Tudo o que você observa, embora pareça estar fora, está

dentro, em sua imaginação, da qual este mundo de

mortalidade é apenas uma sombra..."

– Willian Blake.

Tudo o que vemos é uma construção visual artificial, que

expressa um tema – um tema que foi dramatizado, ensaiado

e executado em outro lugar. O que estamos assistindo no

palco do mundo é uma construção ótica, concebida para

expressar os temas que foram dramatizados, ensaiados e

realizados na imaginação dos homens.

"Os quatro poderes" constituem a individualidade do

homem, ou Deus no homem, e tudo o que ele observa,

embora pareça estar fora, são apenas projeções na tela do

espaço – construções óticas arquitetadas pelo próprio

indivíduo, para informá-lo a respeito dos temas que ele

concebeu, dramatizou, ensaiou e executou dentro de si

mesmo.