CAPÍTULO 22 PERSISTÊNCIA
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CAPÍTULO 22 PERSISTÊNCIA

CAPÍTULO 22

anderson
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CAPÍTULO 22

PERSISTÊNCIA.

E acrescentou-lhes Jesus: "Imaginai que um de vós

tenha um amigo, e que precise recorrer a ele à meianoite e lhe peça: 'Amigo, empresta-me três pães,

porque um outro amigo meu acaba de chegar de

viagem, e não tenho nada para lhe oferecer'.

E aquele que estiver dentro da casa lhe responda: 'Não

me incomodes. A porta já está fechada, e eu e meus

filhos já estamos deitados. Não posso me levantar para

dar-te o que me pedes'.

Eu vos afirmo que, mesmo que ele não se levante para

dar-lhe o pão por ser seu amigo, por causa da

insistência ele se levantará, e lhe dará tudo o que

precisar.

Pois todo aquele que pede recebe; o que busca

encontra; e a quem bate lhe será aberto.

Qual pai, dentre vós, se o filho lhe pedir um peixe, em

lugar disso lhe dará uma cobra? (Lucas 11, versículos 5

a 11).

Existem três personagens principais nesta extraordinária

passagem; você, e os dois amigos mencionados. O

primeiro amigo é o estado de consciência desejado. O

segundo amigo é um desejo buscando por realização.

Três é o símbolo da totalidade, conclusão. Os pães

simbolizam a substância. A porta fechada simboliza os

sentidos que separam o visível do invisível. As crianças

na cama significam as ideias que estão adormecidas.

Não poder se levantar é uma referência a um estado de

consciência mais elevado, mas que você não se vê capaz

de realizar. A insistência presume a persistência, um tipo

de atrevimento explícito. Pedir, buscar e bater significa

persistir assumindo a consciência que você é capaz de

conseguir o que você deseja.

Dessa maneira, as escrituras lhe dizem que você deve

persistir mantendo a consciência, a concepção de que o

seu desejo está se cumprindo. A promessa é a certeza

que, se você se atreve, sem temer, assumindo aquilo o

que você já tem, mas que lhe é negado pelos seus, isto

lhe será concedido, o seu desejo será cumprido.

A Bíblia ensina a necessidade da persistência através do

uso de muitas histórias. Quando Jacó buscou uma

bênção do anjo com o qual ele lutou, ele disse: "Não te

deixarei ir, se não me abençoares. (Genesis 32,

versículo 26)".

Quando a Sulamita procurou a ajuda de Eliseu, ela disse:

"'Tão certo como vive o SENHOR e tu vives, juro que se

aqui ficares, daqui não sairei!' Então ele se levantou e

acompanhou a mulher até sua casa (2º Reis, versículo

30)".

A mesma ideia é expressa nesta outra passagem:

Então Jesus contou-lhes também uma parábola com a

seguinte finalidade, que o homem deve orar sempre, e

nunca desanimar. E lhes contou: "Em certa cidade

havia um juiz que não era temente a Deus, tampouco

era compreensivo às necessidades dos homens. E havia

naquela mesma cidade, uma viúva que

frequentemente se dirigia a ele, rogando-lhe: 'Faze-me

justiça contra meu adversário!'. Ele, por algum tempo,

não quis atendê-la; todavia, porém, mais tarde disse a

si mesmo: 'Ainda que eu não tema a Deus, e mesmo

sem considerar os homens; todavia, como esta viúva

me incomoda, hei de fazer-lhe justiça, para que ela não

continue a vir a perturbar-me. (Lucas 18, versículos do

1 ao 5)".

A principal verdade por trás de cada uma destas

histórias é que o desejo brota da consciência de um fim

desejado, e que a persistência em manter a consciência

deste desejo sendo realizado, resulta em seu

cumprimento.

Não basta sentir-se no estado da sua oração

respondida; você deve persistir nesse estado. Essa é a

razão para o mandamento.

"O homem deve orar sempre, e nunca desanimar.

(Lucas 18, versículo 1)".

Aqui, orar é o mesmo que dar graças por já ter o que

deseja. Somente a persistência na concepção de ter o

seu pedido atendido pode realizar essas mudanças sutis

em sua mente, que resultam na mudança desejada em

sua vida. Não importa quem seja ou o que seja, "Anjos",

"Elias", ou "Juízes Relutantes"; todos devem responder

de acordo com a persistência de sua concepção.

Quando as pessoas ao seu redor não agirem em relação

a você da forma como você gostaria, não é devido à

relutância por parte delas, mas pela falta de persistência

na sua concepção de ter a sua vida da forma como você

a deseja. Sua concepção, para ser efetiva, não deve se

dar em uma única ação isolada; ela deve ser uma atitude

mantida até a realização do seu desejo. E é essa atitude

mantida que te faz "chegar lá", tal que você pense

através da realização do seu desejo ao invés de pensar

sobre o seu desejo, ela é reforçada quando você

frequentemente sente o sentimento de ter o seu desejo

realizado. É a frequência, e não o tanto de tempo, que

lhe faz isso ser mais natural. Aquilo a que você

constantemente se une, constitui o seu verdadeiro ser. A

frequente sensação e sentimento do desejo realizado é

o segredo do sucesso.