Capítulo 3 CAMINHOS INTERNOS
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Capítulo 3 CAMINHOS INTERNOS

Capítulo 3

anderson
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Capítulo 3

CAMINHOS INTERNOS.

E os filhos dela lutavam em seu ventre; então ela

indagou: Por que estou eu assim? E foi consultar-se

com o Senhor. Respondeu-lhe o Senhor: duas nações

nascem em teu ventre, e dois povos se dividirão de

tuas entranhas, um povo será mais forte do que o

outro, e o mais velho servirá ao mais moço. (Genesis

25, versículos 22 e 23).

A DUALIDADE é uma condição inerente à vida. Tudo o

que existe é dualizado. O homem é uma criatura dual

com princípios contrários incorporados à sua natureza.

Ele guerreia dentro de si, e apresenta atitudes que são

antagônicas à vida. Este conflito é a eterna empreitada, a

guerra no Céu, a luta incessante do mais novo – a

imaginação do homem – tentando afirmar sua

supremacia sobre o homem mais velho – o homem dos

sentidos.

"Entretanto, muitos dos que são os primeiros, serão os

últimos; e muitos que são os últimos serão os

primeiros. (Mateus 19, Versículo 30)".

"Ele é aquele que vem depois de mim, cujas correias

das sandálias não sou digno de desamarrar. (João 1,

versículo 27)".

"Assim, não foi o espiritual que veio primeiro, mas sim

o natural; depois dele, então, é que veio o espiritual.

(1º Coríntios 15, versículo 47).

O homem começa a despertar para a imaginação no

momento que ele sente a presença de outro ser em si

mesmo.

"Em suas entranhas se encarnam nações gêmeas, raças

rivais desde o seu nascimento; uma o domínio deve

ganhar, e o mais jovem sobre o velho reinar".

Existem duas linhas distintas de pensamento, ou

perspectivas do mundo, que cada homem possui. A

Bíblia se refere a estes dois aspectos como o natural e o

espiritual.

"Ora, o homem natural não recebe as coisas do Espírito

de Deus, porque para ele são tolices; na verdade ele

nem mesmo pode entendê-las, porque elas são

discernidas espiritualmente. (1º Coríntios 2, versículo

14)".

O corpo interno do homem é tão real no mundo

subjetivo da experiência, quanto o seu corpo físico

externo é real no mundo das realidades externas, mas, o

corpo interno, expressa a parte mais fundamental da

realidade no mundo da experiência subjetiva. Este corpo

interno existente do homem deve ser exercitado e

dirigido conscientemente. O mundo interior dos

pensamentos e dos sentimentos, ao qual o corpo

interno está sintonizado, possui a sua própria estrutura

real, e existe em seu próprio âmbito infinito.

Existem dois tipos de movimento, o que está de acordo

com o corpo interno e o que está de acordo com o

corpo externo. O movimento que está de acordo com o

corpo interno é causal, enquanto o movimento externo

é compulsório. O movimento interno determina o

externo, que é vinculado a ele, o que cria fora, um

movimento semelhante ao interno. O movimento

interno é a força através da qual todos os eventos são

trazidos à existência. O movimento externo está sujeito

à compulsão aplicada a ele pelo movimento do corpo

interno.

Todas as vezes que as ações do corpo interno

corresponderem às ações às quais o corpo externo

realiza, para apaziguar o desejo, esse desejo será

realizado.

Construa mentalmente um drama que implique que o

seu desejo está realizado, e faça-o de forma que envolva

os movimentos do seu ser. Imobilize seu ser físico

exterior. Faça exatamente como se você estivesse indo

tirar um cochilo e inicie uma ação predeterminada na

sua imaginação. Uma representação vívida de uma ação

é o início desta ação. Então, como se você estivesse

adormecendo, conscientemente imagine-se em cena. A

extensão do sono não é importante, uma soneca é

suficiente, mas trazer uma a ação ao sono condensa

fantasia em fato.

No primeiro momento seus pensamentos podem

parecer como ovelhas desgarradas, que não têm

nenhum pastor. Não se desespere. Se tua atenção se

desviar setenta vezes sete vezes, traga-a de volta setenta

vezes sete vezes ao seu curso predeterminado, até que

de exaustão ela siga o caminho apontado. A viagem

interior nunca deve estar sem direção. Quando você

pegar a estrada para o seu interior, isto é o que você

precisa fazer antes de você começar mentalmente. Vá

para o prêmio que você já visualizou e aceitou.

Em "The Road to Xanadu", o Professor John Livingston

Lowes disse:

"Há muito tempo eu tive a sensação, de que este

estudo havia se transformado em uma convicção, que

fantasia e imaginação não são dois poderes, mas

apenas um. A real distinção que existe entre elas, não

está nos objetos que elas operam, mas sim no grau de

intensidade de seu poder operante. Trabalhando em

uma frequência mais alta, a energia imaginativa ajusta

e transmuta; quando nivelada uma frequência mais

branda, a mesma energia se envolve e se junta a estas

imagens, que, no seu âmbito final, indissoluvelmente

se fundem em uma só".

A fantasia molda, a imaginação funde.