CAPÍTULO 3 - FÉ E IMAGINAÇÃO.
CAPÍTULO 3 - FÉ E IMAGINAÇÃO. |
AS ORAÇÕES não são feitas com sucesso, a menos que |
haja um "rapport" entre as mentes consciente e |
subconsciente do orador, e isto só pode ser feito através |
da fé e imaginação. |
Através do poder da imaginação, todos os homens, |
principalmente os homens de imaginação fértil, sempre |
recebem "insights", mesmo assim, todos os homens, |
especialmente os homens pobres de imaginação, estão |
abaixo de seu potencial. |
"Quem nos garante que não foram nossas mães, |
enquanto ninavam nossos berços, que despertaram |
esta sutil diferença em nossas mentes?" |
Se involuntariamente é possível plantar sugestões nas |
pessoas, então, não há nenhuma razão para duvidar que |
é possível plantar sugestões em alguém de maneira |
intencional, e de uma maneira muito mais forte. |
Tudo o que pode ser visto, tocado, explicado, e |
argumentado, para o homem imaginativo são apenas um |
fim, pois ele age através da sua imaginação guiada pelas |
profundezas do seu ser, onde cada ideia nasce por si |
mesma, e não por estar relacionada a algo mais. Dentro |
dele, não há nenhuma necessidade de se manter nos |
limites da razão, pois o único limite o qual ele segue, é o |
seu instinto secreto, que lhe ensina a evitar a todas as |
sugestões que não sejam as que o levem à realização do |
seu desejo. |
Imaginação e fé são as únicas faculdades da mente |
necessárias para a criação de condições objetivas. A fé |
necessária para a realização de uma operação bem |
sucedida, pela lei da consciência, é uma fé puramente |
subjetiva, e esta é alcançada mediante a eliminação de |
todas as oposições ativas por parte da mente objetiva do |
indivíduo. |
Isto depende de sua habilidade de sentir, e aceitar como |
verdade, aquilo o que os seus sentidos objetivos lhe |
negam. Nem a passividade da pessoa, nem a sua |
aceitação consciente da sugestão são necessárias, pois |
mesmo sem o seu consentimento ou conhecimento, ela |
pode receber uma sugestão subjetiva da qual ela pode |
expressar objetivamente. É uma lei fundamental da |
consciência que, por telepatia, nós podemos estabelecer |
comunhão imediata com o outro alguém. |
Para estabelecer o rapport, você deve visualizar o |
indivíduo mentalmente. Concentre sua atenção nele, e |
mentalmente chame-o pelo nome, como você |
normalmente faria para chamar a sua atenção. Imagine |
que ele o respondeu, mentalmente ouça a sua voz. |
Visualize-o interiormente, estando ele no estado que |
você deseja obter. Então, imagine que ele está dizendo, |
em um tom normal de conversa, aquilo o que você |
desejava ouvir. Mentalmente, responda a ele. Conte-lhe a |
sua alegria em testemunhar a sua boa ventura. Tendo |
ouvido mentalmente com todos os aspectos de |
realidade, aquilo o que você desejava ouvir, e tendo |
sentido prazer com esta notícia anunciada, retorne à sua |
consciência objetiva. Assim, a sua conversa subjetiva |
poderá despertar o que foi afirmado nela. |
Tudo o que determinares realizar, dará certo, e a luz |
brilhará constantemente em teus caminhos. (Jó 22, |
versículo 28). |
Não é a força de vontade que envia a mensagem |
subjetiva à sua missão, mas sim a clareza de objetivo e o |
sentimento de realização do estado afirmado. Quando a |
sua força de vontade e as suas crenças estão em conflito, |
as suas crenças invariavelmente o vencem. |
"'Nem pela força, nem pelo poder, mas pelo meu |
espírito!' Diz o Senhor dos exércitos". (Zacarias 4, |
versículo 6). |
Não é o que você quer que você atrai, você atrai aquilo o |
que você acredita ser verdade. Portanto, entre no espírito |
dessas conversas mentais, e dê a elas o mesmo grau de |
realidade que você dá a uma conversa por telefone. |
Se é possível? Tudo é possível para aquele que crê. |
(Marcos 9, versículo 23). |
Portanto eu vos afirmo: Tudo quanto em oração |
pedirdes, tenhais fé que já o recebestes, e assim vos |
sucederá. (Marcos 11, versículo 23). |
A aceitação do fim determina os meios. E nem a mais |
sábia das reflexões poderia elaborar meios mais eficazes |
do que aqueles que são determinados mediante a |
aceitação do fim. Mentalmente, fale com seus amigos |
como se os seus desejos a eles já estivessem realizados. |
A imaginação é o início do surgimento de todas as |
formas, e a fé é a substância a partir da qual elas são |
formadas. Através da imaginação, tanto o que está |
latente quanto o que está adormecido na consciência, é |
despertado e moldado. As curas atribuídas às influências |
de certos "medicamentos alternativos", relíquias, e |
lugares sagrados, são efeitos da imaginação e da fé. O |
poder curativo não está no espírito que habita neles, mas |
sim no espírito no qual eles são aceitos. |
A mente subjetiva é totalmente controlada pela sugestão, |
então, seja o objeto da sua fé verdadeiro ou falso, você |
irá obterá os mesmos resultados. Não há nada de |
incoerente na teoria dos medicamentos alternativos ou |
na reivindicação dos sacerdotes sobre as suas curas |
através de relíquias e lugares sagrados. Uma vez que a |
mente subjetiva do paciente aceita a sugestão da saúde |
relacionada a tais estados, e quando essas condições são |
atendidas, elas tendem a reestabelecer a saúde. |
"Seja-vos feito segundo a vossa fé. (Mateus 9, versículo |
29)". |
"Tudo é possível para aquele que crê! (Marcos 9, |
versículo 23)". |
A confiante expectativa de um estado, é o meio mais |
poderoso para manifestá-lo. A confiante expectativa de |
uma cura faz o que nenhum tratamento médico pode |
fazer. |
O fracasso sempre é devido a uma auto-sugestão |
antagônica por parte do paciente, que geralmente é |
resultante de uma dúvida objetiva quanto ao poder do |
"medicamento", ou da relíquia "milagrosa"; ou então de |
uma dúvida sobre a veracidade da teoria. Muitos de nós, |
seja por falta de sensibilidade, ou por muito intelecto, |
ambos os quais são obstáculos no caminho da oração, |
não acreditamos naquilo o que os nossos olhos não |
vêem. |
Tentar nos forçar a acreditar, nos resultaria em uma |
dúvida ainda maior. Para evitar tais contra-sugestões, o |
paciente deve objetivamente desconhecer estas |
sugestões que são feitas a ele. O método mais eficaz para |
curar ou influenciar o comportamento dos outros, |
consiste no que é conhecido como "tratamento sigiloso, |
ou tratamento passivo." |
Quando o indivíduo desconhece objetivamente a |
sugestão dada a ele, não há nenhuma possibilidade dele |
estabelecer uma crença antagônica. Não é necessário |
que o paciente saiba, objetivamente, que algo está sendo |
feito por ele. Com base no que se conhece sobre os |
processos de raciocínio subjetivo e objetivo, é melhor |
que o "paciente" não conheça objetivamente aquilo o |
que está sendo feito por ele. |
Quanto mais a mente objetiva se manter alheia à |
sugestão, melhor a mente subjetiva executará a sua |
função. O indivíduo acabará subconscientemente |
aceitando a sugestão e achará que foi ele quem a |
originou, comprovando assim a verdade dita por Baruch |
Espinoza: "Não conhecemos as causas que determinam |
as nossas ações". |
A mente subconsciente é um condutor universal que |
propaga os sinais do observador através de seus |
pensamentos e sentimentos. Os estados visíveis, OU SÃO |
OS EFEITOS das vibrações internas do seu subconsciente, |
OU SÃO AS CAUSAS que criam as vibrações |
correspondentes que você sente dentro de você. Um |
homem disciplinado nunca permite que os estados |
visíveis sejam as causas, à não ser que eles despertem |
nele estados desejáveis de consciência. Com o |
conhecimento da lei da reversibilidade, o homem |
disciplinado transforma seu mundo ao imaginar e sentir |
apenas aquilo o que é amável e de boa procedência. |
As belas ideias que o homem desperta dentro de si não |
falharão em despertar as suas afinidades nos outros. Ele |
sabe que o Salvador do seu mundo não virá na forma de |
um homem, mas na forma da manifestação que o salvará |
de suas dores. O salvador do homem doente é saúde, o |
Salvador do homem com fome é comida, o Salvador do |
homem com sede é água. O Homem anda na companhia |
do Salvador, quando percebe a sensação de ter o seu |
desejo realizado. |
Pela lei da reversibilidade, onde todas as transformações |
de força são reversíveis, a energia, ou sentimento |
despertado, transforma-se no estado imaginado. Ele não |
precisa esperar quatro meses para sentir a alegria de uma |
colheita. Se em quatro meses essa colheita pode |
despertar nele um sentimento de alegria, então, |
inversamente, um sentimento de alegria despertado |
agora, pode fazer com que ele transforme este estado em |
uma colheita daqui a quatro meses. |
"Agora é o tempo oportuno para dar beleza às cinzas, |
alegria ao luto, vestes de louvor ao espirito angustiado; |
para que eles sejam chamados de Árvores do Altíssimo; |
a plantação do Senhor, para que ELE seja glorificado. |
(Isaias 61, versículo 3)". |