CAPÍTULO 8 CONQUISTANDO A MONTANHA
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CAPÍTULO 8 CONQUISTANDO A MONTANHA

CAPÍTULO 8

anderson
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CAPÍTULO 8

CONQUISTANDO A MONTANHA.

Não existem limitações para a mente, exceto aquelas que reconhecemos.

- NAPOLEON HILL.

Assim como Dave McInnis se propôs a fazer algo que ele nunca tinha feito antes

e conseguiu subir ao topo sem recursos ou experiências, Werner Berger esteve

no pé da montanha, desafiou ótimas oportunidades e chegou ao topo –tanto

figurativa como literalmente.

A partir de seus humildes começos em uma casa de fazenda de três quartos

sem eletricidade ou água corrente, Werner tornou-se consultor internacional de

liderança corporativa e fundador e presidente da Strategic Results International,

que se concentra na criação de vibrantes ambientes colaborativos. Ele também é

um especialista em potencial humano. Suas realizações e feitos são muitos, e

nem o menor deles mantém o recorde de pessoa mais velha na Terra a ter

escalado o pico mais alto em cada um dos sete continentes do mundo.

Como se verifica, o mesmo conjunto de princípios permitiu que ele escalasse

tais alturas tanto na terra quanto nos negócios.

TUDO COMEÇA COM ATITUDE.

Ao se preparar para escalar uma montanha, Werner tem um conjunto de

objetivos muito claros e convincentes.

Eu conheço a consequência das minhas ações – o custo de fazer e não

fazer. A montanha se importa se eu me esforcei muito para ficar em

forma? Não, apenas os meus companheiros de equipe e eu. Depois de

anos treinando, não tenho a mesma paixão por malhar. E daí? A

montanha não se importa. A única pergunta – “Desejo chegar ao topo e

voltar em segurança?” – eu decido. Enquanto as recompensas percebidas,

emocionais, espirituais e/ou financeiras superarem o custo pessoal, não

me dou nenhuma opção. Malho ou saio da missão. É realmente simples

assim. Faça ou não faça. Você escolhe!

Infelizmente, tenho experiência com muitos que disseram, “eu

escolho fazer”, e então não fazem nada. Isso me entristece, já que eles

apenas se enganam. É perfeitamente normal “não fazer”. Não é legal

dizer sim e depois não fazer. Você é ou não é a sua palavra. Eu também

aprendi que, no momento em que realmente sigo a minha palavra, a

minha vida muda O que acontece é uma mudança no ser. Eu encorajo,

rezo e desafio todos a entrarem nesta declaração de mudança de vida. É

uma decisão que leva uma fração de segundo e transforma tudo.

A ideia de escalar o pico mais alto em cada continente é tão desafiadora que

poucos tentariam. Ainda menos o completariam, achando a tarefa muito difícil e

monumental, e desistindo de maneira muito fácil e conveniente. Tais objetivos

exigem uma tremenda preparação e condicionamento mental – o mesmo tipo de

condicionamento que se deve seguir para conseguir qualquer objetivo.

Dr. Hill disse: “Uma das principais fraquezas da humanidade é a

familiaridade do homem comum com a palavra ‘impossível’”. Werner

certamente teve ampla oportunidade de desistir de seus objetivos porque

pareciam muito impossíveis de se alcançar – mas ele não o fez. O que o manteve

motivado e determinado foi uma atitude positiva de que ele não aceitava desistir,

mesmo quando as coisas ficavam difíceis. Ele diz que, a partir de sua

experiência nas montanhas do mundo, concluiu que “a atitude é tudo”, como se

refere a uma escalada agradável e bem-sucedida. Suas três tentativas de alcançar

o topo do Denali (monte McKinley) são um excelente exemplo disso.

Na minha primeira tentativa, uma mulher da Inglaterra fazia parte do

nosso pequeno grupo. Seu motivo para estar na montanha era provar aos

seus parceiros do banco que ela poderia manter sua posição contra os

“meninos” – não é uma boa razão para estar em uma montanha que já

tirou mais de 120 vidas. Em uma ocasião, quando nos aproximamos de

uma seção íngreme da subida, ela deixou escapar uma bobagem e disse:

“Nós temos que escalar isso?”. Meu pensamento foi “Sim, por isso

estamos aqui, não é?!”. Desnecessário dizer que ela abandonou a metade

da nossa aventura de vinte e quatro dias. Nós, também, não chegamos ao

topo, já que, literalmente, fomos expulsos da montanha a apenas sessenta

metros verticais abaixo do cume por ventos de alta velocidade, rajadas e

nuvens que começaram a ofuscar o terreno. Nós escapamos de ficarmos

presos no alto e voltamos para o acampamento, que ficava

aproximadamente novecentos metros abaixo, pouco antes da meia-noite.

Na segunda vez, ficamos presos no mesmo acampamento no alto.

Dessa vez, o grupo era maior. Inesperadamente, uma nevasca se

aproximou e atingia nossas barracas, despejando toneladas de neve sobre

nós por nove dias. Na ocasião, tivemos que levantar mais de uma vez por

noite para tirar a neve das nossas tendas em colapso. Durante o dia,

reforçamos cada barraca construindo duas paredes de bloco de neve ao

redor de cada cerco, para em breve novamente tudo ser levado pelos

ventos punitivos. Dentro de nossa equipe, tivemos alguns sentimentos

muito contraditórios sobre a situação. Alguns atacaram as tarefas com

energia e vigor, criaram esculturas de neve em condições brancas,

jogaram jogos competitivos, escreveram e/ou leram em nossos enclaves

nevados, enquanto outros desesperadamente desejavam estar em outro

lugar. No dia cinco, um grave estado de letargia se estabeleceu no último

grupo, até o ponto de preocupação real. Eles ficaram pálidos, mostraram

sinais de doença de altitude e quase não se arriscaram a sair de seus sacos

de dormir. Tudo o que eles podiam pensar era no calor e na segurança do

lar, enquanto o resto de nós estava rezando para uma pausa no tempo e a

última chance no topo. Em vez disso, os deuses do clima nos

apresentaram uma pequena janela do tempo, apenas o suficiente para

escapar.

Essas situações ensinaram a Werner duas lições importantes:

Escolhemos estar nesta montanha – devemos esperar adversidades

potenciais. Quando a adversidade ocorreu, tivemos a opção de pensar de

forma neutra ou negativa sobre isso – os pensamentos neutros permitiram

ações positivas, enquanto que os negativos levaram a sentimentos

negativos. Esses sentimentos culminaram em comportamentos adversos

e, claro, deterioração física, mental e emocional.

Eles também consolidaram na mente de Werner a correlação essencial entre

atitude e resultados. “Mude sua atitude, mude seus resultados, mude sua vida!”