VOCÊ QUÂNTICO
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VOCÊ QUÂNTICO

VOCÊ QUÂNTICO. 

anderson
6 min
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VOCÊ QUÂNTICO. 

Os primeiros físicos dividiram o mundo em matéria e pensamento, e

posteriormente em matéria e energia. Cada elemento desses pares era

considerado inteiramente separado do outro… mas não são! Todavia, a

dualidade mente/matéria modelou nossa visão inicial do mundo – de que a

realidade era essencialmente predeterminada e as pessoas pouco podiam

fazer para mudar as coisas por suas próprias ações, que dizer, por seus

pensamentos.

Vamos avançar para o nosso atual conhecimento – de que somos parte

de um vasto campo invisível de energia, que contém todas as realidades

possíveis e reage aos nossos pensamentos e sentimentos. A exemplo dos

cientistas atuais, que exploram a relação entre pensamento e matéria,

estamos ávidos para fazer o mesmo em nossa vida. E por isso nos

perguntamos: “Posso usar minha mente para criar minha realidade?”. Se

sim, seria essa uma habilidade que podemos aprender e utilizar para nos

tornarmos quem queremos ser e criarmos a vida que queremos ter?

Vamos encarar – nenhum de nós é perfeito. Seja uma mudança em

nosso eu físico, emocional ou espiritual, todos nós temos o mesmo desejo:

queremos viver a vida como uma versão idealizada de quem pensamos e

acreditamos que podemos ser. Quando paramos na frente do espelho e

olhamos nossos pneuzinhos, não vemos simplesmente aquela imagem

ligeiramente gorducha refletida no vidro. Também vemos, dependendo do

humor do dia, uma versão mais em forma e esguia de nós mesmos ou uma

versão mais pesada, rechonchuda. Qual de nossas imagens é real?

Quando deitamos na cama à noite, repassando nosso dia e nossos

esforços para ser uma pessoa mais tolerante e menos reativa, não vemos

simplesmente o pai que deu bronca no filho por não se submeter silenciosa

e tranquilamente a um simples pedido. Visualizamos ou um anjo cuja

paciência foi esticada igual ao corpo de uma vítima inocente no estrado,

ou um ogro medonho arruinando a autoestima do filho. Qual dessas

imagens é real?

A resposta é: todas são reais – e não apenas as extremas, mas um

espectro infinito de imagens que vão do positivo ao negativo. Como pode?

Para você entender melhor por que nenhuma dessas versões de si mesmo é

mais ou menos real do que as outras, vou destroçar o entendimento

obsoleto da natureza fundamental da realidade e substituí-lo por um novo.

Parece uma tarefa de grande monta e sob certos aspectos é, mas

também sei o seguinte: o motivo mais provável por que você foi atraído

para este livro é que seus esforços passados para fazer qualquer mudança –

física, emocional ou espiritual – duradoura em sua vida ficou aquém do eu

ideal que você imaginava. E o porquê de esses esforços fracassarem tem

mais a ver com suas crenças sobre por que sua vida é do jeito que é do que

qualquer outra coisa, inclusive uma visível falta de disposição, tempo,

coragem ou imaginação.

Para mudar, devemos sempre chegar a um novo entendimento do eu e

do mundo, a fim de que possamos adotar novo conhecimento e ter novas

experiências.

Isso é o que a leitura deste livro fará por você.

Suas deficiências do passado podem ser rastreadas até um equívoco

principal na raiz de todas elas: você não se comprometeu a viver segundo

a verdade de que seus pensamentos têm consequências tão grandes que

podem criar sua realidade.

O fato é que todos nós somos abençoados, todos nós podemos colher os

benefícios de nossos esforços construtivos. Não temos de aceitar nossa

presente realidade, podemos criar uma nova sempre que optarmos por

isso. Todos nós temos essa habilidade, pois nossos pensamentos

efetivamente influenciam nossa vida, para o bem e para o mal.

Estou certo de que você já ouviu isso antes, mas me pergunto se a

maioria das pessoas realmente acredita nessa afirmação do fundo do

coração. Se verdadeiramente adotássemos a ideia de que nossos

pensamentos produzem efeitos tangíveis em nossas vidas, não lutaríamos

para jamais deixar passar por nós um pensamento que não quiséssemos

experimentar? E não focaríamos a atenção no que desejamos, em vez de

continuarmos obcecados por nossos problemas?

Pense nisso: se você realmente soubesse que esse princípio é

verdadeiro, perderia sequer um dia de criação intencional do destino

desejado?

Para mudar sua vida, mude suas crenças sobre a

natureza da realidade

Espero que este livro transforme sua visão de como o mundo funciona,

convença-o de que você é mais poderoso do que sabia e o inspire a

demonstrar o entendimento de que o que você pensa e no que acredita tem

um efeito profundo em seu dia a dia.

Até romper o modo como vê sua presente realidade, qualquer mudança

em sua vida será sempre casual e transitória. A fim de produzir resultados

duradouros e desejados, você tem de reformular seus pensamentos sobre

por que as coisas acontecem. Para fazer isso, é necessário estar aberto a

uma nova interpretação do que é real e verdadeiro.

Para ajudá-lo a mudar para esse modo de pensar e começar a criar a

vida de sua preferência, tenho que começar com um pouco de cosmologia

(o estudo da estrutura e da dinâmica do universo). Mas não fique alarmado

– vamos apenas dar uma passada pela aula básica de “natureza da

realidade” e ver como algumas de nossas visões sobre ela evoluíram até

atingir o nosso presente entendimento. Tudo para explicar

(necessariamente de forma breve e simples) como é possível que nossos

pensamentos modelem nosso destino.

Este capítulo apenas pode testar sua disposição para abandonar ideias

que de certo modo foram programadas em você durante muitos anos, em

nível consciente e subconsciente. Assim que você obtiver uma nova

concepção dos elementos e forças fundamentais que constituem a

realidade, isso não se enquadrará na antiga percepção em que o linear e o

ordenado ditam as regras. Esteja preparado para experimentar algumas

mudanças fundamentais de entendimento.

De fato, quando começar a adotar essa nova perspectiva, sua própria

constituição como ser humano mudará. Desejo que você não seja mais a

mesma pessoa que era quando começou.

Obviamente, estou prestes a desafiá-lo, mas quero que saiba que sou

inteiramente empático, pois também tive que abandonar o que pensava ser

verdadeiro e me lançar no desconhecido. Para facilitar a entrada nesse

novo jeito de pensar sobre a natureza do mundo, vamos ver como nossa

visão de mundo foi moldada pela crença inicial de que mente e matéria

eram coisas separadas.