Então esse foi o próximo passo,
Então esse foi o próximo passo, |
Antes de comungar das reticências |
E reconhecer no amor as interjeições |
Suprimidas. |
Não fosse a castidade altiva do lábio maledicente, |
A degradar a carne e enclausurar-nos no desencanto, |
A suspeita cairia no ridículo da angústia fútil - |
A prova, a fronha, a fronte, alinhadas ao exílio: |
Fogueira sobre a água preguiçosa |
A renegar a nascente. |
Então prego uma felicidade insone, |
Enquanto me escondo na poeira da conquista vindoura; |
A esmo, tento aprender |
Com as linhas sublinhadas de um livro de segunda mão. |
Mas a sombra se alimenta do vulto. |
Já fui alvo, paradigma e anátema; |
Alimentei os tentáculos que entupiram a culatra, |
E dissimulei contentamento resignado. |
Já fui pedra, loucura contida e a outra face; |
A justificativa de todos os meios, |
Os fins da vergonha e do orgulho; |
E nada mais restaria, não fosse a ousadia imperiosa |
De continuar a caminhar. |