Na tela, a beleza transfigurada
Na tela, a beleza transfigurada |
Deu abrigo ao pesadelo |
E se desfez no arrepio que a bruma carregou |
De volta ao início. |
Abruptamente me acomodei |
Em torno da fogueira sem cantoria ou consolo, |
Que não queima, mas também não aquece. |
Assim passaram a ser os dias: |
Entre a asfixia do por fazer |
E a angústia do por vir, |
Até que o abraço um dia encaixasse as peças – |
Teorema de uma paisagem sem luar. |
Na abstinência se revelou a dignidade austera |
E da ausência fiz a ponte para o entendimento, |
Mas na luz não havia alegria. |