(LIVRO NOVO) A Pessoa Facilitadora e o Pensamento Sistêmico
2
0

(LIVRO NOVO) A Pessoa Facilitadora e o Pensamento Sistêmico

Esse texto faz parte da nova versão do ebook "Arte da Facilitação".

Diogo Riker
1 min
2
0

O trecho a seguir faz parte da nova versão do ebook "Arte da Facilitação".

Quando a pessoa facilitadora conduz um encontro, é interessante ter em mente um modelo simples e funcional. Mas antes, é importante entender as estruturas de uma reunião e o ecossistema em que ela está inserida.

Ao pensar de forma simplista, uma reunião nada mais é do que um grupo de pessoas comunicando-se para alcançar um objetivo. Porém, esse entendimento minimiza a necessidade da facilitação e, consequentemente, compromete o sucesso do encontro.

Logo, uma percepção mais aprofundada se faz necessária para potencializar os possíveis impactos que a pessoa facilitadora pode causar no ecossistema como todo, fazendo do pensamento sistêmico um elemento fundamental para a facilitação.

Peter Senge (2018) fala sobre o que é pensamento sistêmico de uma forma muito simples:

 “As empresas e os outros feitos humanos também são sistemas. Estão igualmente conectados por fios invisíveis de ações interrelacionadas, que muitas vezes levam anos para manifestar seus efeitos umas sobre as outras. Como nós mesmos fazemos parte desse tecido, é duplamente difícil ver o padrão de mudança como um todo. Ao contrário, tendemos a nos concentrar em fotografias de partes isoladas do sistema, perguntando-nos por que nossos problemas mais profundos parecem nunca se resolver. O pensamento sistêmico é um quadro de referência conceitual, um conjunto de conhecimentos e ferramentas desenvolvido ao longo dos últimos cinquenta anos para esclarecer os padrões como um todo e ajudar-nos a ver como modificá-los efetivamente.”

Essa tendência converge com a definição que Jurgen Appelo (2020) traz quando fala sobre um fenômeno relacionado à teoria de complexidade chamado Darkness Principle.

“Cada parte de um sistema não está ciente de todos os comportamentos que ocorrem em outras partes do sistema. [...] O darkness principle explica que cada profissional tem apenas um modelo mental incompleto de todo o trabalho.” 

Ou seja, as relações entre as partes são fundamentais para trazer uma visão mais holística do todo, adicionando um teor de complexidade e transformando qualquer contexto em um sistema.

E aí? Gostou do que leu? Deixe o seu feedback e nos ajude a evoluir esse projeto! :)