Aprendendo Línguas!

Um quase adulto compartilhando sua perspectiva.

Eu sou uma pessoa que gosta bastante de línguas, acredito que elas abrem portas para diferentes mundos, culturas e ideias. Falo inglês fluentemente e atualmente estou aprendendo alemão (nível C1 – avançado), e me vejo constantemente pensando sobre o aprendizado: as dificuldades, os desafios, os caminhos e como isso tende a ser positivo para uma pessoa. Por isso, hoje decidi compartilhar um pouco da minha experiência.

Escuto diversos comentários “Nossa alemão! E eu aqui sem nem saber inglês” ou “Que legal, queria ter facilidade para línguas também” ou ainda “Queria aprender, mas não tenho tempo”. A realidade é que apesar de existirem certas pessoas que realmente não tem tempo, a maioria apenas não aprende por culpa própria (É duro, mas é verdade, assim como a maioria das coisas na vida). Na mente de muitos o aprendizado de uma língua estrangeira é algo linear, constante e rápido. Quando essa expectativa não se cumpre, elas são ligeiras para desistir, alegando que aprender uma língua não é o seu forte.

Temos que imaginar que estamos criando um sistema em nossas mentes, onde cada novo vocabulário se conecta com os anteriores, numa combinação de possibilidades praticamente infinitas. Obviamente que não seria fácil criar algo assim. O mais importante é ter paciência e resiliência, além de ser constante no seu aprendizado.

Há estimativas que mostram que, para um nativo da língua inglesa aprender português, demoraria em média de 600 a 750 horas de aula¹. E essa “aula” aqui, na minha visão, pode ser cumprida com exercícios em casa, assistindo uma série, ouvindo um podcast, lendo um livro ou meramente conversando, tudo na sua língua alvo. Aprender uma língua não precisa ser algo chato, destrua aquela imagem mental de ficar sentado em uma sala de aula. Se você dedicasse apenas uma hora por dia, demoraria cerca de 2 anos para aprender uma língua completamente. Não parece tanto tempo, não é?

As línguas, na minha experiência, são algo mais intuitivo do que racional. O aprendizado e o contato criam uma espécie de instinto. As palavras vão saindo mais facilmente, a estruturas de frases na ordem correta e as declinações e conjugações vem logo atrás. Se pararmos para pensar, isso realmente faz total sentido! Normalmente, quando falamos português, não há qualquer esforço descomunal, é algo que vem de forma completamente natural. E é exatamente isso que buscamos ao aprender outra língua, praticar e ter tanto contato a ponto de sair sem esforço.

Não é necessário ser extremamente inteligente ou ter facilidade com línguas. Precisa, apenas, ser dedicado, esforçado e consistente.

¹Foreign Language Training: https://www.state.gov/foreign-language-training/