Os turistas de 33 países, incluindo os brasileiros, vão poder voltar a entrar nos Estados Unidos sem precisar fazer quarentena a partir de novembro. A mudança entra em vigor um ano e meio depois que as restrições foram impostas no auge do sur...
Os turistas de 33 países, incluindo os brasileiros, vão poder voltar a entrar nos Estados Unidos sem precisar fazer quarentena a partir de novembro. A mudança entra em vigor um ano e meio depois que as restrições foram impostas no auge do surto. Todos deverão estar imunizados contra a Covid-19 e tanto faz qual vacina tomou no Brasil. Aquele sommelier que achava que só um laboratório seria liberado se deu mal. | ||
A medida deve dar um impulso a um dos setores mais prejudicados pela pandemia por aqui. Uma verdadeira indústria do turismo que foi devastada seja nos parques de diversão da Flórida, nas praias da Califórnia e claro aqui em Nova Iorque. Só na Big Apple, antes da pandemia os turistas gastavam 47 bilhões de dólares anualmente, metade desse valor vinha de estrangeiros. Bares, restaurantes, cinemas tiveram de fechar, alguns definitivamente. | ||
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Segundo os números oficiais, são 280 mil empregos oficialmente gerados em hotéis, museus, teatros da Broadway, etc. Sem falar, nos milhares que nem aparecem nessa lista, como o vendedor de hot-dog da esquina, cavaleiro que leva turistas para dar voltinhas nas charretes ao redor do Central Park ou mesmo uma rapaziada que oferece passeios em ônibus de dois andares ao ar livre que só pinguim suporta no inverno. A taxa de desemprego ainda está alta, na casa dos 10 por cento. | ||
Donos de grandes lojas de roupas e de pequenos negócios que vendem canecas e outros souvenirs não veem a hora desse retorno. Para tentar atrair mais estrangeiros, agências de turismo estão fazendo parcerias na Europa, Inglaterra e no Brasil, incluindo campanhas publicitárias. O resultado foi imediato com a procura por passagens aéreas disparando 130 por cento em algumas companhias. | ||
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Quando cheguei, vi uma Nova Iorque de filme de fim de mundo. Vazia, nem zumbi aparecia. Hoje tudo mudou. A loucura do vai e vem frenético de gente para todos os lados característicos da grande Metrópole está de volta, principalmente com a reabertura dos grandes escritórios. O nova iorquino raiz não curte muito e chega a passar por cima quando vê aquele monte de gente com sotaque parada tentando tirar selfies nos pontos mais famosos da cidade. Mas reconhece que sem o dinheiro gasto por esse pessoal, Nova Iorque não sobrevive. | ||
Para os brasileiros que podem pagar o dólar nos patamares de Paulo Guedes, a cidade que não dorme jamais está preparada para ser redescoberta depois que o pior da pandemia ficou pra trás. |