A BÊNÇÃO DO DIA DO DESCANSO
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A BÊNÇÃO DO DIA DO DESCANSO

E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera. Gn ...

Daniele
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E havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera. Gn 2: 2-3

No capítulo primeiro de Gênesis, observamos que quando Deus abençoou a terra e o homem, a bênção consistia em ser produtivo e frutífero. Na verdade, a bênção era uma ordem. Porém, tudo o que Deus ordena ele concede. Ele ordena ser frutífero e dá a condição de ser frutífero. Após a queda, essa condição foi radicalmente suprimida pela maldição do pecado. Mas, graças a Deus que, por Jesus Cristo, tirou essa maldição de sobre nós. Não há nada que nos impeça de cumprir o mandato de Deus, pois ele mesmo nos concede tanto o querer quanto a condição de efetuar (Fp 2:13).

Nesse sentido de que as bênçãos divinas são mandatos, e que em Cristo esses mandatos são revestidos de capacitação, consideramos a bênção do dia de descanso. Deus descansou no dia sétimo, o abençoou e o santificou. Ou seja, deu-lhe uma função específica para a sua glória. Cristo explica que o sábado foi feito por causa do homem, ou seja, sua função tem implicação direta na vida do homem (Mc 2:27). E que função é essa? Lembrar ao homem que ele não é sustentado pelo seu trabalho, mas por Deus que lhe concede todas as coisas. Cultivar essa consciência produz humildade e conduz à adoração.

Devemos adorar ao Senhor em todo o tempo, em espírito e em verdade, como disse Jesus (Jo 4:23). Mas nós temos a memória muito curta e a tendência de nos deixarmos embaraçar com os cuidados do mundo. O repouso serve para nos livrarmos desses embaraços; a fim de que a semente da Palavra não seja sufocada em nossos corações, conforme ocorre no solo espinhoso da parábola do semeador:

E os outros são os que recebem a semente sobre os espinhos, os quais ouvem a palavra; mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas, e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera. (Mc 4:18-19).

Assim, podemos ver que tanto o mandato para ser frutífero quanto o mandato para descansar se complementam. Que nos empenhemos em exercer todo o mandato de Deus, pois foi para isso que ele nos chamou e nos capacitou em Cristo.

Convido quem estiver lendo esse devocional a uma reflexão:  Jesus Cristo morreu numa sexta feira, à hora nona, ou seja, às 3h da tarde. Por isso, foi descido da cruz e colocado no sepulcro rapidamente, pois às 6h da tarde se iniciava o dia de sábado para os judeus (pois eles contavam como dia seguinte a partir das 18h e não a partir da meia-noite, como nós fazemos). Como no dia de sábado era o dia do descanso, seu corpo não foi preparado com unguentos, como era o costume. Assim, na madrugada de domingo, as mulheres correram ao sepulcro para preparar o corpo dele e foram as primeiras testemunhas de sua ressurreição. Caso não houvesse o dia de descanso, será que o testemunho do sepulcro aberto e o encontro com ele no jardim para testemunho aos seus discípulos teria ocorrido (Jo 20: 1-18)?

Oração:

Pai,

Muito obrigada por ser o criador e sustentador de todas as coisas. Muito obrigada por todas as tuas bênçãos. Muito obrigada por me tornar participante delas. Minha mente não é capaz de mensurar o alcance e as consequências delas. Mas sei que elas têm implicações eternas. Peço-te que não me deixes esquecer-me de que a bênção da frutificação está contida tanto no trabalho quanto no descanso em ti, que me concede todas as coisas. É o que te peço, em nome de Jesus. Amém.