Não é correto dizer que foi uma noite de extremos para a seleção brasileira na vitória por 1 a 0 sobre o Chile, em Santiago, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Na primeira etapa, o desempenho dos comandados de Tite foi constran...
Não é correto dizer que foi uma noite de extremos para a seleção brasileira na vitória por 1 a 0 sobre o Chile, em Santiago, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Na primeira etapa, o desempenho dos comandados de Tite foi constrangedor. Os donos da casa dominaram os pentacampeões mundiais em todos os aspectos. Não abriram o placar, o que seria o mais justo naquele momento, graças a sequência de defesas espetaculares do goleiro Weverton, aos 29 do primeiro tempo. | ||
Morales ainda teve um gol bem anulado após impedimento de Mena, que deu o passe ao atacante. | ||
O técnico Martín Lasarte armou o Chile com um trio de zagueiros, o que possibilitou que os dois laterais, Isla e Mena, jogassem bem adiantados. Desta forma, Gabigol, pela direita, e Vinicius Jr. atuaram como secretários dos medianos Danilo e Alex Sandro. Aliás, faz-se necessário um registro. Os dois não estão à altura da enorme tradição do Brasil em ambas as posições. Uma história que começa em 1954, com Djalma e Nilton Santos. | ||
Escrito isso, a seleção brasileira foi para o vestiário no lucro. No intervalo, Tite colocou Everton Ribeiro e Gerson nos lugar de Vinicius Jr. e Bruno Guimarães. A equipe melhorou ligeiramente. Afinal, piorar seria quase impossível. | ||
Algumas distorções, entretanto, seguiram expostas. Por exemplo, Gabigol com mais obrigações defensivas do que está acostumado no Flamengo. | ||
Na única jogada articulada por quatro jogadores, o Brasil chegou ao gol. Everton Ribeiro aproveitou o rebote de Claudio Bravo em chute de Neymar (em noite terrível, aliás) para colocar os brasileiros em vantagem aos 18 minutos. | ||
Digno de nota após o tento, apenas o cartão amarelo que tira o bom zagueiro Marquinhos da partida contra a Argentina, no domingo que vem, em São Paulo. | ||
Tite assumiu um risco. Não chegou a 40% da posse de bola e finalizou menos do que o adversário. Me parece claro que o protagonismo de outrora dá lugar ao pragmatismo da nova fase. Preocupante. |