Conmebol repete 2019, e Colômbia perde grande evento esportivo pela segunda vez em 38 anos

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) está a poucos momentos de anunciar que a Copa América de 2021 será disputada apenas na Argentina. A competição também teria como sede a Colômbia, no entanto, os protestos que ganharam força a partir de 28 de abril, por conta de um projeto de lei fiscal do presidente Ivan Duque, acabaram inviabilizando jogos no país. 

Na semana passada, três jogos da Libertadores disputados na nação, que fica no noroeste da América do Sul, foram afetados por manifestações. Um deles, entre Atlético Nacional de Medellín e Nacional (URU), começou com mais de uma hora de atraso por causa de protestos no entorno no hotel onde a delegação uruguaia estava hospedada.

A Copa América terá início em 13 de junho, com a partida entre Argentina x Chile, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

Mesmo diante da óbvia falta de segurança para partidas na Colômbia, a Conmebol repete a demora para tomar uma decisão, como em 2019. A final da Libertadores daquele ano estava marcada para Santiago. Entretanto, protestos no Chile, principalmente na capital, deixavam claro que não havia como um jogo de futebol ser disputado naquelas condições.

A Confederação Sul-Americana de Futebol só anunciou a mudança da sede para Lima 18 dias antes do cotejo entre Flamengo x River Plate.

Não é a primeira vez que a Colômbia perde o direito de abrigar uma importante competição de futebol. Em 1983, o então presidente Belisario Betancur anunciou que o país desistia de sediar a Copa do Mundo de três anos depois, pois não tinha como atender às exigências da Fifa. O estádio Metropolitano, de Barranquilla, chegou a ser construído para o torneio.