Fluminense, Ajax e Manchester City: o resultadismo sem compromisso com o desempenho
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Fluminense, Ajax e Manchester City: o resultadismo sem compromisso com o desempenho

Ganhou o quê? A frase é uma espécie de zap para acabar com qualquer discussão sobre técnicos e jogadores de futebol. É cretina! Pois não dá a possibilidade de elaboração de um contexto no qual determinado profissional está inserido. 

Bernardo Ramos
2 min
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Ganhou o quê? A frase é uma espécie de zap para acabar com qualquer discussão sobre técnicos e jogadores de futebol. É cretina! Pois não dá a possibilidade de elaboração de um contexto no qual determinado profissional está inserido. 

O Google é bem capaz de mostrar quem vence determinada contenda. Nem precisa assistir ao jogo. Ver futebol para quê? Motivo uma reflexão aqui, concorde ou não. Observar o cotejo com senso crítico dá trabalho. 

É possível enxergar evolução, desde que o camarada se proponha a assistir a uma sequência e, desta forma, elaborar o seu pensamento. Ou até constatar que determinada sequência de vitórias é efêmera. Foi o caso do Fluminense do Abelão. Quantas pessoas tiveram o cuidado de avaliar o nível dos adversários e as circunstâncias colocados em campo? 

Ganhou do Flamengo, dirão os resultadistas. Jogou mal para caralho, porra. Para não perder. Digo desde então, amigos, que aquele 1 a 0 meia boca faria mal ao tricolor adiante. Acho que o pior está por vir.

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O Ajax que encantou o mundo em 2018/19 não existe mais. Foi reconstruído por Erik Ten Hag, o mesmo treinador, para 2021/22. Poucos ficaram, como Onana, Mazraoui, Blind e Tadic. Coube ao treinador recrutar refugos da Premier League, como Klaassen e Haller, e alguns jovens talentos, os casos de Gravenberch e Antony. 

Caiu na Champions diante de um Benfica ruim. Pertence ao futebol. Neste domingo, teve força para virar sobre o rival, Feyenoord. Diante de uma entusiasmada torcida, diga-se. Ganhou jogando bola.

E o Manchester City, hein? Sim, perdeu a final da Liga dos Campeões passada para o ótimo Chelsea. Acontece. Na sequência do revés, não foram poucos os que diziam que bom era o Mourinho. Um está entre os oito melhores da Europa nesta temporada. Já o outro tenta algo na sofrível Conference League.

Ódio eterno ao resultadismo.