No formato em que é disputada hoje, a Copinha tem de acabar

Promovida pela Federação Paulista de Futebol, a Copinha já não é a principal competição da base do Brasil. Enquanto o debate sobre a utilização de Endrick no Palmeiras que vai disputar o Mundial de Clubes, pouco se fala sobre a sequência insana de jogos disputados pelo jovem talento nos últimos dois meses.

O palmeirense jogou sete partidas no período de vinte dias em dezembro. Ou seja, menos de três dias de intervalo entre cada cotejo. Voltou a campo contra o ASSU, já pela Copa SP, em 5 de janeiro. Entre a estreia e o clássico do último sábado, contra o São Paulo, o intervalo entre as pelejas foi, de novo, inferior a 72 horas.

Não bastasse a maratona, o jovem atuou em gramados que estão longe das condições ideais em Diadema e Barueri, municípios da Grande São Paulo.

Com apenas 15 anos de idade! Pior, disputou competições de sub-17 e sub-20 no ano passado.

Se for incorporado aos profissionais, não vai parar até dezembro.

Vários jogadores de times da Série A vão subir para o profissional após a Copa SP. Só no São Paulo, serão três.

Uma lesão na base pode fazer com que o jovem talento perca, literalmente, o lugar na fila. Fim de uma carreira que mal começou?

Como os tradicionais estaduais, a Copinha, no contexto do calendário do futebol brasileiro, mais atrapalha do que contribui aos grandes clubes. 

Haja charme!