Aqui. Antes de mais nada, Elizabeth e Marco Aurélio estão ótimos de saúde. No aniversário do mal tratado Rio de Janeiro, texto em primeira pessoa. Caso não ligue, pare por aqui. Todo o direito.
Aqui. Antes de mais nada, Elizabeth e Marco Aurélio estão ótimos de saúde. No aniversário do mal tratado Rio de Janeiro, texto em primeira pessoa. Caso não ligue, pare por aqui. Todo o direito. | ||
Na real, lembrei-me da data comemorativa pela rede social. O carioca é tão maluco que nunca sabe se é 20 de janeiro ou primeiro de março. Sim, eu tô ligado na data certa. | ||
Aos corretores sanguinolentos de plantão, aquele que não admite um lapso de memória, eu compartilho... memória pessoal. | ||
Tinha dois pais d'alma. Maracanã e Museu Nacional. Ambos morreram. | ||
Ao Mário Filho, mãos dadas com meu pai biológico e amado. O primeiro contato com o futebol ao vivo naquele gigante de concreto que fedia a mijo foi uma bosta. Um Botafogo e Vasco, 0 a 0. Dormi durante o cotejo, diz o público presente anunciado pela Suderj. | ||
No encontro seguinte, um 4 a 2 do Flamengo no River Plate. Paixão. Pelo time, que não revelo nem morto qual é. E o Maraca. | ||
O primeiro golpe que meu pai de concreto sofreu veio em 1996, com o fechamento da geral (reaberta parcialmente em 20 de janeiro de 1999). Depois, as reformas. Até que ele caiu. Virou algo que está lá, ainda marcante. Mas não existe mais. Só na minha cabeça e no meu coração. | ||
O Rio tem dessas. Marco Aurélio me levava para jogar bola na Quinta da Boa Vista. O cenário era o Museu Nacional. Curtia mesmo ver os esqueletos do que eu pensava ser de dinossauros. Tipo Tiranossauro, Brontossauro, Estegossauro. Eram Megatérios, uns bichos meio doidos que circulavam sobre a rua Professor Valadares depois de Triássico, Jurássicos e outros ássicos dos quais não lembro mais. Fui bom nisso, mas fica para outra. | ||
O Museu Nacional. Esse pegou fogo outro dia. | ||
O Rio tira, mas dá. Foi no aniversário de 100 anos do Fla-Flu que conheci a minha amada Tati. O mesmo clássico que levou a família ao Maracanã 26 anos antes. Borrava-me de medo do tricolor, então tricampeão carioca. Por nada, lembro-me. Metemos 4 a 1 com três gols do Zico. Galinho e Sócrates jogaram juntos com a camisa que "será uma Bastilha inexpugnável". Nelson Rodrigues. | ||
"Bichado", cantavam Young Flu, Garra Tricolor e Força Flu. Estarão arrependidos até 2128, choramingou outro dia um amigo. | ||
Um salve ao restaurante japonês Edo, ao hipermercado Freeway, ao técnico de basquete Agnaldo, ao Colégio Andrews, à praia da Urca, ao Grajaú Country Club, à Caprichosa, à praça Edmundo Rêgo, à praia do Pepino, à Company, à K & K, aos ratos de praia, ao Balão Mágico, ao Garota da Urca, à pracinha dos Cavalos, ao 435, ao Nintendo, à NBA, ao Galeão, à pizzaria Micheluccio, à fogueteira Rosenery Mello, ao disco Appetite for Destruction, Daniel Azulay e à piscina do André, o camarada que assistiu à película Sociedade dos Poetas Mortos achando que era filme de terror. | ||
Sempre juntos. |