Os que querem ser heróis usam Nike
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Os que querem ser heróis usam Nike

As imagens associadas ao herói incluem agilidades, aptidão, energia, velocidade e poder. Paradoxalmente, os heróis não se veem como heróis, porque isso lhes parece presunçoso demais.

Bia Junqueira
3 min
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As imagens associadas ao herói incluem agilidades, aptidão, energia, velocidade e poder. Paradoxalmente, os heróis não se veem como heróis, porque isso lhes parece presunçoso demais.

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Muito provavelmente você já colocou um Nike no pé, já viu alguém com um ou, simplesmente, viu uma propaganda da marca.

Um pouco de história... 📖

A Nike nasceu da parceria entre um corredor que estudava na Universidade de Oregon e o seu treinador. Eles tinham um objetivo: criar um tênis que melhorasse o desempenho na corrida e que também tivesse um preço acessível.

A missão central da Nike é compreender e inspirar a alma do atleta, tanto que o slogan é "Just do it" - promovendo a virtude do herói e coragem de agir.

O próprio nome da marca tem elementos da mitologia grega: Nike é a deusa alada da vitória. Em torno disso, a ideia é que a empresa foi construída por atletas que amavam competir e acreditavam na corrida.

O maior de todos os tempo merece um tênis 🏀

Nos anos 80, a campanha da empresa defendia o amado herói do basquete, Michael Jordan. Para isso, criaram um modelo de tênis especialmente para ele, o Air Jordan. 

Apesar disso, foi tomado o cuidado para que os anúncios mostrassem pessoas comuns, pensando nos seus gostos e preferências.

Pensando nisso, a Nike doava seus tênis a profissionais de alto nível e a times universitários para que seus atletas passassem a usar. 

Inclusive, o símbolo da marca, o zás, quando conectado aos jovens legais, às mulheres e ao Jordan, encoraja pessoas comuns a se sentirem como Jordan. A mensagem que fica é: o consumidor que usa Nike, não necessariamente tem qualidades de herói, mas quer tê-las.

Ao longo do tempo, a empresa conseguiu criar tênis específicos não só para diferentes esportes, mas também para diferentes segmentos do mercado sem perder a identidade.

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As outras faces do herói 👊🏼

 Em 1996, a Nike virou sinônimo de trabalho infantil no mundo após a revista Life divulgar foto de um paquistanês de 12 anos de idade costurando uma bola de futebol da marca. 

Esse escândalo aumentou quando a empresa voltou atrás em sua promessa de doações às universidades que tinham grupo de alunos que se defendiam impor padrões de proteção à mão-de-obra internacional.

Essa pode ser uma decisão política controversa da empresa, como também uma afirmação da sua missão: "Vivenciar a emoção de competir, de vencer e esmagar os concorrentes." Quer que seja, a verdade é que a reputação da Nike foi manchada.

Força ambígua do arquétipo 🌚

Por um lado, o herói tem a capacidade de lidar com as circunstâncias perigosas, o que é uma grande virtude. Porém, a tendência de apenas seguir em frente e ignorar as críticas úteis pode ser um perigo para as marcas que não administram bem sua comunicação.

Lição: quanto mais os administradores da marca compreendem os arquétipos que envolvem a organização, mais será possível proteger o potencial negativo deles e se livrar de publicidades prejudiciais.

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