“É preciso um conhecimento considerável apenas para perceber a extensão da sua própria ignorância”. - Thomas Sowell. Um balde de água gelada logo cedo... Calma, sexta é feriado!!
“É preciso um conhecimento considerável apenas para perceber a extensão da sua própria ignorância”. - Thomas Sowell. Um balde de água gelada logo cedo... Calma, sexta é feriado!! | ||
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Bem, na minha concepção, o que diferencia um filósofo dos demais é justamente sua capacidade ímpar de se expressar de forma clara o que muitos também pensam e sentem. Todavia, estes, por sua vez, não são capazes de colocar de forma precisa. | ||
Em especial, hoje escolhi escrever sobre Thomas Sowell. Não conhece? Tudo bem, vou te contar um pouco sobre ele e, para falar a verdade, o seu entendimento sobre diversos temas simplesmente não serão os mesmos após uma imersão na filosofia de Sowell, acredite. | ||
Thomas Sowell nasceu em 1930 (Carolina do Norte) e foi adotado pelos seus tios. Mesmo que tenha tido melhores oportunidades de vida com sua família adotiva, Sowell vivenciou diversas dificuldades comuns à população negra do período. Ele passou por diversos empregos em que recebia pouco, ingressou no serviço militar e, em 1959, frequentou a Universidade de Chicago, no qual teve Milton Friedman como orientador. Sua entrada na vida acadêmica gerou para ele novas conclusões sobre o papel do negro na luta por direitos civis. | ||
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Um dos pontos brilhantemente abordados pelo autor, e que é perfeitamente real para nós brasileiros, é o ativismo judicial. Para ele, a consequência desse fenômeno é justamente a progressiva incerteza sobre a interpretação do texto legal. | ||
Isso significa que uma vez que o magistrado é autorizado a suprimir, modificar ou ampliar o significado do texto da lei, usando a justificativa de estar concretizando um ideal subjetivo de justiça, naturalmente, as decisões passam a não ter sentido. Qual o motivo? A vontade pessoal do magistrado se torna parâmetro para qualquer julgamento. | ||
Sem dúvida, “não pode haver qualquer estrutura judiciária confiável toda vez que os juízes forem livres o suficiente para impor, como lei, suas próprias noções individuais sobre o que é justo, caridoso ou está mais de acordo com a justiça social”, como defendido por Thomas Sowell. | ||
Isso tem respaldo na noção de Descartes sobre bom senso: “o bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que tem”. | ||
Ou seja, todos se acham justos o suficiente dentro de suas respectivas mentes. Surge, assim, a arbitragem como fruto do sacrifício da lei em nome da justiça. | ||
Sem dúvida, o que se observa no Brasil é a implementação de um “Ministério da Verdade”, uma instituição que não tem como fim a aplicação do direito em si, mas sim a extensão de seu poder sobre os outros dois poderes que constituem nosso país (Executivo e Legislativo). | ||
O inquérito das Fakes News está aí como perfeito exemplo: o STF se tornou vítima, investigador e julgador ao mesmo tempo. | ||
Bem como defendido por Sowell, a lei deveria ser uma base para as decisões individuais em meio à sociedade. Todavia, a contramão disso é a arbitragem por parte do magistrado que passa a criar próprios fundamentos da decisão em detrimento do texto da lei. Mais do que isso, trata-se da perda da segurança jurídica e da anulação do princípio da legalidade. | ||
Quem julga não tem a função de interpretar de acordo com o que a sociedade parece desejar, mas sim o que está de fato na Constituição. | ||
A mais pura verdade é que o Brasil se depara com um STF que não só é guardião da Constituição, como também o constituinte. É como dizem: 11 ministros que criaram uma lei máxima um tanto quanto particular. | ||
Por fim, a dúvida gira em torno de quem vai aceitar se submeter voluntariamente a uma instituição jurídica que nega as próprias regras. | ||
Ficou interessado sobre Thomas Sowell? Deixo aqui uma lista com as principais obras dele e sobre ele: | ||
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