Druk, a velha arte de beber e ficar bêbado
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Druk, a velha arte de beber e ficar bêbado

Druk é uma obra dinamarquesa que nos relata de forma espetacular como consequências do vício sobre o álcool, e de jeito nada convencional é caracterizado como isso afeta a vida do mais medíocre e o tornando interessante. Afetando positivo ou ...

Rafael Oliveira
2 min
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Druk - crítica

Druk é uma obra dinamarquesa que nos relata de forma espetacular as consequências do vício sobre o álcool, e de jeito nada convencional é mostrado como isso afeta a vida do mais medíocre e o tornando interessante. Afetando positivo ou negativamente, temos a visão disso com um humor tão cínico e pontual, mas que na maior parte do filme se carrega por um drama interessantíssimo de várias visões diferentes. E é assim que lhes apresento Druk.

Primeiramente somos apresentados ao um grupo de quatro professores comuns que resolvem fazer um experimento com bebida que seria se manter num nível baixo e constante de intoxicação. Todos eles tem seus ótimos tempo em tela mostrando seus problemas em ensinar, mas se dando o destaque para Martin interpretado por Mads Mikkelsen, que mostra ansiedade e pouca confiança durante suas aulas e tendo uma vida que paira um divórcio. Temos uma noção de que esse personagem teve um passado interessante e que no seu presente se tornou algo monótono que se perdeu com a sua confiança, então Martin se mostra tentado pelo tal experimento, que se torna algo positivo, porém que constantemente viria a se tornar um vício para todos eles.

E durante o filme vemos essa ótima relação entre os quatro professores numa ótima montagem com músicas clássicas, que ao mesmo tempo são tocadas enquanto vemos um humor cínico após os efeitos da bebida. E aquilo que se que beirava o fracasso se tornava melhor, e isso sendo visto na visão dos alunos tendo aulas melhores, na esposa de Martin que sentia mais proximidade, e para Martin em sua vida. Algo que consequentemente, ao aumentar as doses se tornaria uma queda evidente, faz com que Martin não se importe e fique cada vez mais tentado, fazendo com que se perdesse. E então tendo uma conclusão para o experimento, mas o fracasso para a vida ... 

Por mais atrativo se torne a forma que esse vício pode se tornar o que ele é, também se mostra uma queda tão abrupta quanto na maneira que começou. Um filme que em sua reflexão se reflete na própria bebida, algo que em seus momentos mais cabisbaixos se torna a solução e em seus efeitos nos mostra positividade, mas com o passar do tempo caímos novamente em nós mesmos devido a uma tentativa de fugir de problemas causados pelo próprio. Não há dúvida do porque esse filme foi o vencedor para o melhor filme estrangeiro, a forma que ele nos mostra o lado alegre também nos bombardeia com emoções inesperadas tanto da direção quanto na atuação, tendo também ótimas trilhas sonoras que se encaixam brilhantemente. Druk não nos mostra a solução, mas sim as consequências e um fracasso evidente, mas com uma bela dose de atuações, direção, humor e drama.