4 P's do marketing: conheça cada um e o que significam
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4 P's do marketing: conheça cada um e o que significam

Você conhece ou já ouviu falar sobre os 4 P's do marketing? Neste texto, o Pingback conta sobre a importância dessas ferramentas!

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Créditos: Unsplash
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Você sabe quais são os 4 P's do marketing? O que cada um deles significa? Já ouviu falar a respeito deles? Pois bem, eu estou falando dos pilares da área, sobre um sistema que te auxilia a tomar as melhores decisões de marketing.

Sólidos, eles não só sobreviveram a mudanças, como a chegada da internet, como se adaptaram a elas, tornando-as aliadas. São eles que orientam como uma marca deve chegar a seu público-alvo, além de definir como deve ser o seu posicionamento no mercado.

Quando esses 4 P's estão em equilíbrio, certamente uma marca alcança o sucesso que tanto almeja. Isso porque eles contam com uma série de ferramentas que acabam garantindo o sucesso de uma empresa em seu mercado. Aliás, não importa se é uma grande, média ou pequena empresa... Os 4 P's valem para qualquer negócio, de qualquer ramo!

É por isso que, neste texto, nós, do Pingback, vamos lhe apresentar esses 4 P's. Você vai descobrir as particularidades de cada um, exemplos práticos sobre o funcionamento deles e ainda vai receber algumas indicações de livros sobre o tema. Nada mal, não é mesmo?

E aí, curioso para saber o que tenho a lhe dizer? Pois bem, então continue comigo!

O que são os 4 P's do marketing?

Sem mais mistérios, são eles: preço, produto, praça e promoção; nomes que, aliás, você já deve conhecer muito bem.

São nada mais, nada menos que, variáveis que uma empresa pode usar para apresentar seus produtos e serviços ao público-alvo. Também chamados de mix de marketing ou composto de marketing, os 4 P's são interdependentes e influenciam uns aos outros; por isso, o equilíbrio entre elas é tão necessário.

Cada um desses P's possui suas próprias particularidades. Hoje em dia, aliás, há outras ferramentas além do produto, preço, praça e promoção. Mas estes permanecem sendo os principais pilares do marketing.

A origem do conceito do mix de marketing

Os 4 P's do marketing surgiram na década de 1960, quando diferentes autores buscavam classificações para as variáveis do composto de marketing.

Em 1961, por exemplo, Albert Frey sugeriu uma classificação a partir de dois fatores, a oferta, em que estavam o produto, a embalagem, o preço, a marca e a assistência; e os métodos e meios, em que estavam os canais de distribuição, a venda pessoal, a publicidade, a promoção de vendas e a propaganda.

Lazer e Kelley, por sua vez, no ano seguinte propuseram essa divisão em três fatores: bens e serviços, distribuição e comunicação. No entanto, foi antes dessas ideias, mais precisamente em 1960, que a principal proposição surgiu.

O autor Jerome McCarthy, em seu livro “Basic marketing: a managerial approach”, indicou as quatro variáveis que trazemos neste texto. O conceito, porém, só ganhou popularidade com Philip Kotler, em sua obra "Marketing management”, de 1967.

Não por acaso, muita gente se confunde e acredita que foi Kotler o autor dessa proposição. Considerado, por muitos, o pai do marketing moderno, ele acabou ganhando os créditos devido a sua grande popularidade.

Lembrando que, mesmo já tendo mais de 60 anos, o conceito dos 4 P's do marketing continua moderno. Em qualquer faculdade de marketing ou de publicidade, lá está ele.

Esse conceito passou por revisões e se adaptou à era digital, que trouxe tantas mudanças ao universo do marketing. Ou seja, ainda que sexagenário, permanece atual e atento à movimentação do mundo.

Nos próximos tópicos, vou explicar a você um pouco sobre cada um desses P's.

P de Produto

Comecemos, então, pelo primeiro P, de produto. Em primeiro lugar, além de produtos, aqui também falamos de serviços, porque consiste naquilo que uma empresa comercializa, no que ela tem a oferecer.

Quando falamos de produto, precisamos pensar em suas particularidades. Entre elas, estão a forma, o design, a embalagem, qualidade, garantia e a assistência técnica, por exemplo. Tudo aquilo que pode satisfazer as necessidades dos consumidores, portanto.

É por meio dessas características que os consumidores são capazes de conhecer o produto. Lembrando que é preciso conhecer o seu público-alvo para entregar atributos de valor e destacar em meio à concorrência.

P de preço

O que se deve considerar ao precificar um produto? A princípio, é possível pensar nos custos da produção, na distribuição, na divulgação, além do pessoal, correto? Lembrando dos produtos vendidos e, é claro, de uma margem de lucro.

Esse processo, no entanto, pode ser um pouco mais complexo. Alguns fatores também devem ser considerados nesse momento e o P de preço, sem dúvidas, pode ajudar.

Quando falamos em preço, estamos nos referindo à estratégia que deve definir o posicionamento e a proposta de valor que possui um produto. Ou seja, o preço de um produto ou de um serviço já atribui a ele um certo valor.

Pense, por exemplo, em dois diferentes pacotes de biscoito, um que podemos considerar caro e o outro, barato. Em um primeiro momento, nós vamos atribuir ao mais caro a impressão de mais qualidade, enquanto ao mais barato uma certa desconfiança, não é mesmo?

O preço envolve decisões diversas, como de preço de lista; modelo de cobrança; formação de preço, variações regionais; políticas de descontos; condições e formas de pagamentos e muito mais.

Há um fator psicológico que pesa nesse assunto, tendo em vista que o consumidor avalia o custo-benefício de cada produto com base em questões emocionais.

P de Praça

Praça, por sua vez, refere-se aos canais de distribuição, além dos dos pontos de venda físicos e virtuais. Nesse P, está o caminho em que o produto vai chegar até o consumidor.

Ela envolve decisões diversas, como de cobertura de distribuição; regiões de venda; locais de estoque; e frete e logística. Tudo isso, é claro, depende bastante dos tipos de produtos e serviços que uma empresa oferece.

Mais uma vez, é importante conhecer bem o seu público-alvo, porque o que sua empresa oferece precisa chegar até ali. De nada adiantaria, portanto, uma bela estratégia se, ao fim, o seu produto ou seu serviço não chegar a quem deveria.

Quando falo que os 4 P's passaram por revisões e se adaptaram ao ambiente digital, muito está aqui. Afinal, em 1960, não havia internet e, por isso, não havia como criar estratégias para o ambiente digital.

Hoje, esse P contempla também esse lugar.

P de Promoção

Enfim, o último dos 4 P's, a Promoção. Lembrando que não estou falando sobre descontos, mas às estratégias que buscam estimular a demanda de um produto ou serviço pelo seu público-alvo.

Propaganda, assessoria de imprensa, redes sociais, venda pessoal, promoção de vendas, influenciadores, merchandising, relações públicas, promoção de vendas, blogs etc... Há uma série de decisões referentes à promoção.

Todas elas comunicam, ao público-alvo, a sua marca, despertando o interesse e gerando expectativa no consumidor. É importante, portanto, que essas expectativas se cumpram quando o consumidor tem acesso ao produto ou ao serviço.

Neste P, podemos pensar, por exemplo, na linguagem que uma empresa pode adotar. Mais íntima ou distante? Direta ou indireta? Séria ou despojada? Mais uma vez, depende do negócio e de suas pretensões no mercado.

Exemplos práticos de como funciona

Vamos pensar, agora, sobre exemplos de como esses 4 P's funcionam no dia a dia.

Provavelmente, um dos melhores cases de sucesso que podemos trazer é o da Havaianas. Pois bem, na década de 1980, o produto da empresa consistia em duas opções de sandálias, uma nas cores azul e branco e a outra nas cores preto e branco.

Os preços eram populares e a praça abrangia lojas de varejo. Por fim, em se tratando da promoção, havia propagandas em canais de televisão, bem como revistas populares. Não por acaso, o garoto propaganda era Chico Anysio, um comediante.

Tudo isso mudou, no entanto. A Havaianas transformou a sua linha e criou diversos modelos de sandálias, em diferentes cores e estampas.

Isso gerou um valor e as sandálias da marca deixaram de ser apenas populares, havendo modelos bem caros. Além disso, a empresa hoje conta com lojas próprias e expandiu, inclusive, para fora do Brasil.

No Oscar de 2003, inclusive, os 62 indicados receberam um par da marca. Sim, estou falando da maior premiação do cinema mundial!

A importância do mix de marketing

Se os 4 P's do marketing resistem há 60 anos, é porque eles são importantes para a área. Trata-se de um conjunto de ferramentas que permite um planejamento com estratégias eficazes, que entrega sucesso a um negócio no mercado.

É por meio deles que a sua empresa consegue revelar o seu posicionamento ao público-alvo, demarcando o seu lugar. Do mesmo modo, os 4 P's são capazes de criar estratégias integradas e coerentes, pensando em um público-alvo bem definido.

Acha pouco? Esse mix cobre todos os pontos de contato com o consumidor, permitindo uma experiência agradável junto à marca. E, é claro, diferencia a sua empresa dos concorrentes ao buscar um posicionamento único, que sobressaia em relação aos demais.

Livros sobre os 4 P's do marketing

Se acaso você estiver interessado em saber mais sobre o assunto, vamos deixar algumas dicas de livro que você pode ler. Os dois primeiros já foram citados, mas vale reforçar: “Basic marketing: a managerial approach”, de Jerome McCarthy, o autor do conceito; e "Marketing management”, de Philip Kotler, que o popularizou.

Duas obras recentes, "Marketing 4.0: do tradicional ao digital", e "Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano", de Philip Kotler, também são indicados.

Agora, espero que tenhamos te ajudado a entender um pouco sobre o assunto. Sem dúvida alguma, os 4 P's do marketing podem ajudar a sua marca a se posicionar no mercado!