O governo celebra a pulsão de morte em meio a milhares de cadáveres que gritam e clamam por justiça. Desde a era petista, nunca pensei que voltaríamos a eleger um governo equivalente ou pior - infelizmente foi o segundo caso.
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O governo celebra a pulsão de morte em meio a milhares de cadáveres que gritam e clamam por justiça. Desde a era petista, nunca pensei que voltaríamos a eleger um governo equivalente ou pior - infelizmente foi o segundo caso. | ||
Hoje, infelizmente, atingimos a triste e trágica marca de 600 mil mortos. Mais de meio milhão de pessoas que foram vítimas de duas pestes: a peste viral e a peste governamental. | ||
A gestão desastrosa e criminosa do governo Bolsonaro na pandemia deixaria até mesmo Stalin com inveja. Um feito terrível que nem mesmo ele conseguiu: matar milhares sem usar a força do Estado, mas com omissão e a indiferença. | ||
A indiferença à vida e a valorização da intolerância é o simbolismo que representa este governo e sua militância. O Bolsonarismo alimenta-se do ódio e das alucinações coletivas que os afligem. A paranóia constrói o alicerce ideológico; onde eles acreditam ser parte de algo maior e todos que criticam estão supostamente interessados em tomar seu lugar. | ||
Não há muito a dizer sobre as inúmeras barbaridades que ocorreram durante o governo Bolsonaro, pois me faltaria estômago e linhas para categorizar tamanha tragédia. Na verdade, não podemos nem considerá-lo um governo; já que um governo exige um projeto de país e, acima de tudo, uma liderança. Certo, liderança, tudo o que nos falta e que mais precisamos neste momento. | ||
É um caminho tortuoso, cheio de negação e negligência. Segundo a BBC News Brasil, o governo em 21 de janeiro de 2021, gastou quase R$ 90 milhões com a compra de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19, como cloroquina, azitromicina e o Tamiflu. Com a propaganda não foi diferente, foram R$ 23 milhões despendido para divulgar tratamento precoce, segundo os documentos revelados. | ||
Entretanto, o governo não só na parte da pandemia foi um desastre, pelo contrário. Os principais instrumentos de combate à corrupção que vigorava anos no país também foram totalmente desvirtuados. A começar pelo evidente aparelhamento da Polícia Federal para salvar os filhos e, por conseguinte, o desmantelamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), o principal órgão de prevenção e combate de lavagem de dinheiro no país. | ||
A rigor, todos tinham um objetivo em comum: salvar a família e celebrar a cleptocracia que a operação lavajato pensou ter sepultado. E, como não poderia deixar passar, as nomeações de corruptos e petistas em ministérios-chave, como Ciro Nogueira, atual presidente da Casa Civil, Kassio Nunes Marques, atual Ministro do Supremo, e o capacho-mor, André Mendonça, que recentemente sofreu um revés em sua sabatina marcada, mas que provavelmente será resolvido antes da próxima eleição e assumirá a cadeira do Ministro Marco Aurélio, próximo a se aposentar. | ||
A princípio, o então Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na época foi "cogitado" pelo presidente para ocupar uma cadeira na Suprema Corte, mas, como bem sabemos, Moro foi traído por mexer demais no galinheiro e acabou se demitindo e, felizmente, não se contaminou com o sangue desta ralé. | ||
Tenho afirmado e mostrado repetidamente: o governo Bolsonaro acabou, traiu tudo o que dizia representar, e agora só resta uma carcaça ideológica, esperando o caixão da história chegar. |