Pense no processo de vendas como o mapa do tesouro da sua equipe comercial. Ele mostra exatamente o caminho a seguir, desde o primeiro "olá" a um potencial cliente até o aperto de mão final (mesmo que virtual) que fecha o negócio.
Em vez de deixar cada vendedor se virar com a própria intuição, o processo cria um método. É a diferença entre depender da sorte e construir uma máquina de resultados que funciona de verdade.
O que é um processo de vendas e por que sua empresa precisa de um para ontem
Muitas empresas ainda funcionam no improviso. Cada vendedor tem seu jeito, suas manias e seus próprios truques. Às vezes, funciona. Mas na maioria das vezes, o resultado é inconsistência, dificuldade para treinar gente nova e uma total falta de previsibilidade na receita.
Um processo de vendas bem desenhado acaba com isso. Ele funciona como a planta de um engenheiro: todos na equipe sabem exatamente qual é o próximo passo, qual ferramenta usar e como medir se estão no caminho certo. A venda deixa de ser um caos e se torna um motor de crescimento previsível.
Vender sem um processo é como tentar montar um quebra-cabeça sem ter a imagem da caixa para se guiar. Você até pode encaixar uma peça ou outra por sorte, mas o processo todo será lento, frustrante e o resultado final, bem… incompleto.
Implementar essa estrutura traz clareza para a operação inteira.
A seguir, vamos explorar o impacto de ter um processo de vendas bem definido em comparação com operar no improviso. A tabela abaixo ilustra como essa organização afeta desde a previsibilidade dos resultados até a eficiência da equipe.
O impacto de um processo de vendas estruturado no seu negócio
| Característica | Com Processo de Vendas | Sem Processo de Vendas |
|---|---|---|
| Previsibilidade | Previsões de receita mais precisas e confiáveis. | Receita imprevisível, baseada em "achismos". |
| Eficiência | Equipe focada em atividades que geram resultados. | Vendedores perdem tempo com tarefas de baixo impacto. |
| Treinamento | Rápido e padronizado para novos membros da equipe. | Lento, inconsistente e dependente de cada vendedor. |
| Identificação de Problemas | Gargalos são facilmente identificados e corrigidos. | Problemas ficam escondidos até virarem crises. |
| Escalabilidade | O crescimento é sustentável e replicável. | O crescimento é limitado e caótico. |
Como a comparação deixa claro, a estrutura não limita a criatividade; ela a direciona para o que realmente importa: fechar mais negócios de forma inteligente e consistente.
A base para um crescimento que vai além
Um dos maiores ganhos de ter um processo de vendas é, sem dúvida, a capacidade de escalar. Sem um padrão, como você replica o que deu certo? Fica impossível. Com um roteiro claro em mãos, você consegue:
- Treinar novos vendedores num piscar de olhos: Em vez de deixá-los descobrir tudo na marra, você entrega um método que já foi testado e aprovado.
- Encontrar os gargalos com precisão cirúrgica: Fica muito mais fácil ver em qual etapa os negócios estão travando e agir diretamente na causa do problema.
- Ter uma bola de cristal para o faturamento: Ok, talvez não seja uma bola de cristal, mas ao entender as taxas de conversão de cada fase, você ganha uma visão muito mais clara sobre os resultados futuros.
Essa organização é o que dá vida ao famoso pipeline de vendas, aquela ferramenta visual que permite gerenciar todas as oportunidades de negócio de forma simples e organizada.
Um processo alinhado à nova jornada do consumidor
A verdade é que as pessoas não compram mais como antigamente. A jornada do cliente hoje é digital, fragmentada e acontece em vários canais ao mesmo tempo. O crescimento absurdo do e-commerce é a prova viva disso.
No Brasil, o setor faturou mais de R$ 200 bilhões em 2024, e a projeção para 2025 é que esse número salte para R$ 234 bilhões, com um aumento de 3 milhões de novos compradores online. Esses números mostram que não dá mais para ignorar o digital.
Um processo de vendas moderno precisa ser multicanal, inteligente e automatizado, conectando marketing e vendas para criar uma experiência sem atritos para o cliente, onde quer que ele esteja.
As 6 etapas essenciais de um processo de vendas moderno
Vender bem não é mágica nem improviso. É um processo, uma sequência de passos lógicos que pega um estranho pela mão e o transforma em um cliente fiel. Pense nisso como um mapa para a sua equipe de vendas: ele mostra o caminho, evita que as pessoas se percam e garante que cada oportunidade seja tratada da forma certa.
Cada etapa tem um propósito e se encaixa na seguinte, criando um fluxo que aumenta as chances de fechar negócio. Vamos detalhar as seis fases que são a espinha dorsal de qualquer operação de vendas que realmente funciona hoje em dia.
Este diagrama simplifica a jornada, mostrando os momentos que realmente fazem o negócio andar: o primeiro contato, a proposta na mesa e o aperto de mão final.

Embora existam mais peças no quebra-cabeça, esses três são os pontos de virada que definem o sucesso.
1. Prospecção: a busca ativa por oportunidades
Tudo começa aqui. Prospectar é ir a campo para encontrar empresas e pessoas que têm a cara do seu Perfil de Cliente Ideal (ICP). É como garimpar ouro: você não fica sentado esperando as pepitas aparecerem no seu colo, você vai até a mina com as ferramentas certas.
Essa busca pode acontecer de várias formas, desde usar o LinkedIn para encontrar decisores até participar de eventos do seu setor. O objetivo, por enquanto, não é vender. É simplesmente montar uma lista de contatos que parecem ter os problemas que a sua solução resolve.
2. Qualificação: o filtro que separa o joio do trigo
Nem todo mundo que você encontra vai virar cliente. E tudo bem. A qualificação existe justamente para separar quem tem potencial real de compra daqueles que são apenas curiosos. Isso economiza um tempo e uma energia preciosos da sua equipe.
Nessa fase, você investiga. O objetivo é entender as dores, o orçamento e quem realmente bate o martelo na empresa do lead. É um trabalho de detetive, onde as perguntas certas te dizem se vale a pena seguir em frente.
A qualificação funciona como a triagem de um hospital. O vendedor precisa identificar os casos mais urgentes e com maior chance de sucesso para focar seus esforços, em vez de tentar atender todo mundo ao mesmo tempo e com a mesma intensidade.
E aqueles que têm o perfil, mas não estão prontos para comprar agora? Eles não são descartados. Pelo contrário, entram para um fluxo de nutrição, recebendo conteúdo útil até a hora certa chegar.
3. Abordagem e nutrição: a construção do relacionamento
Com a lista de leads qualificados em mãos, é hora de criar uma conexão real. A primeira abordagem não pode ser um discurso de vendas genérico. Ela precisa ser pessoal e mostrar que você fez a lição de casa, que entende os desafios daquela pessoa e tem algo útil a dizer.
A nutrição é a continuação desse trabalho. Com e-mails, materiais ricos e contatos bem pensados, você educa o lead e posiciona sua empresa como a maior especialista no assunto. É essa construção de confiança que faz com que, na hora da decisão, sua solução seja a primeira a vir à mente.
4. Apresentação e proposta: a hora de brilhar
Depois de criar um relacionamento e entender a fundo as dores do lead, chegou o momento de mostrar como você pode ajudar. Uma boa apresentação não é um monólogo sobre as funcionalidades do seu produto. É uma conversa focada em como ele resolve os problemas específicos daquela pessoa.
A proposta comercial é o documento que oficializa essa conversa. Ela precisa ser clara, direta e feita sob medida, sempre destacando o valor que você entrega, e não só o preço.
- Foco no problema: Relembre as dores do cliente para provar que você o escutou de verdade.
- Solução personalizada: Mostre exatamente como sua oferta se encaixa como uma luva nas necessidades dele.
- Prova social: Use cases de sucesso e depoimentos para mostrar que você já fez isso antes.
- Próximos passos claros: Deixe óbvio o que acontece depois que ele assinar.
Uma proposta bem-feita acelera a decisão. Entender como avançar no funil de vendas com uma proposta matadora é o que separa os vendedores medianos dos excelentes.
5. Fechamento e negociação: a conversão final
Esse é o momento que todo vendedor espera, quando a venda finalmente acontece. É normal que aqui apareçam objeções sobre preço, prazos ou concorrentes. Um vendedor experiente não teme objeções; ele as enxerga como um sinal de que o lead está interessado e só precisa de mais segurança.
A chave é ouvir com atenção e ter firmeza para contornar as dúvidas, sempre voltando para o valor da sua solução. O "sim" e a assinatura do contrato são apenas a consequência natural de um processo bem feito até aqui.
6. Pós-venda: o início da fidelização
Muitos vendedores acham que o trabalho acaba quando o cliente paga. Os melhores sabem que é aí que um novo trabalho começa. O pós-venda é fundamental para garantir que o cliente fique satisfeito, não cancele (o famoso churn) e, mais importante, abra portas para novos negócios.
Um bom onboarding, um acompanhamento próximo e um suporte que realmente resolve transformam uma venda em uma parceria de longo prazo. Cliente feliz não só continua comprando como vira um fã da sua marca, indicando sua empresa para outros e fortalecendo sua reputação no mercado.
Como saber se o seu processo de vendas está realmente funcionando?

Ter um processo desenhado no papel é ótimo, mas é na prática que o jogo acontece. E como saber se você está ganhando? A resposta está nos dados. Vender sem medir é como tentar acertar um alvo no escuro – você pode até conseguir, mas vai ser pura sorte.
As métricas e os KPIs (Key Performance Indicators) são a sua bússola. Eles transformam o esforço do dia a dia em números que contam uma história, mostrando onde a equipe está mandando bem e, principalmente, onde estão os gargalos que freiam o seu crescimento.
Taxa de conversão por etapa
Não adianta focar só na venda final. Um processo de vendas eficiente é como uma corrente: todos os elos precisam ser fortes. A taxa de conversão por etapa mede justamente a força de cada elo, mostrando quantos leads passam de uma fase para a outra.
Pense nisso: qual a porcentagem de leads que viram uma reunião agendada? E dessas reuniões, quantas se tornam propostas na mesa? Olhar para esses números mostra o ponto exato onde as oportunidades estão escorrendo pelos dedos, permitindo que você corrija a rota com precisão.
Custo de aquisição de cliente (CAC)
Essa é uma das métricas mais críticas para a saúde financeira da empresa. O Custo de Aquisição de Cliente (CAC) te diz, na ponta do lápis, quanto você está gastando para trazer cada novo cliente para dentro de casa.
O cálculo é simples: some todos os seus investimentos em marketing e vendas (salários, anúncios, ferramentas) em um período e divida pelo número de clientes conquistados no mesmo tempo.
CAC = (Custos de Marketing + Custos de Vendas) / Número de Novos Clientes
Se o seu CAC estiver muito alto, é um sinal de alerta. Pode ser que seu processo esteja "queimando dinheiro", gastando mais do que deveria para fechar um negócio. Ficar de olho nesse número é vital para garantir que a operação seja lucrativa.
Lifetime value (LTV)
Se o CAC é o custo para conquistar o cliente, o Lifetime Value (LTV), ou Valor Vitalício do Cliente, é o lucro que ele gera durante todo o tempo de relacionamento com sua empresa. É o outro lado da moeda.
A relação entre LTV e CAC funciona como um termômetro para o seu negócio. Uma regra de ouro do mercado é que o LTV deve ser, no mínimo, 3x maior que o CAC. Se essa balança estiver desequilibrada, é hora de rever o seu processo de vendas.
Para se aprofundar em como calcular e melhorar esses números, confira nosso guia completo sobre os principais indicadores de vendas que todo gestor precisa dominar.
Ciclo de vendas
O ciclo de vendas nada mais é do que o tempo médio que sua equipe leva para transformar um curioso em um cliente pagante, do primeiro "oi" até a assinatura do contrato.
Um ciclo muito longo pode ser sintoma de vários problemas: follow-ups esquecidos, propostas confusas ou gargalos na qualificação dos leads. Encurtar o ciclo de vendas significa acelerar a entrada de dinheiro no caixa, e a automação é uma ferramenta poderosa para isso, garantindo que nenhum lead seja deixado para trás.
O cenário das métricas no Brasil
O mercado brasileiro tem suas particularidades. Estudos recentes mostram que a taxa mediana de conversão de leads caiu para cerca de 2,98%, o que torna a otimização do CAC e do ciclo de vendas ainda mais crucial para a sobrevivência.
Por outro lado, quem aposta em tecnologia está colhendo frutos. Campanhas de pós-venda automatizadas, por exemplo, alcançam taxas de abertura de até 43,7%, provando que a velocidade e a personalização no contato fazem toda a diferença. Você pode ver mais dados sobre estatísticas de vendas e tendências de mercado no Brasil.
No fim das contas, essas métricas, quando analisadas juntas, contam a história completa da sua operação comercial. Elas são mais do que números numa planilha; são o diagnóstico que aponta o caminho para um processo de vendas mais inteligente, previsível e lucrativo.
Como usar CRM e automação para escalar seu processo de vendas

Ter um processo de vendas desenhado no papel é um ótimo começo. Mas, na prática, o que realmente faz a diferença é como você executa esse plano no dia a dia. Tentar controlar tudo manualmente, com planilhas e lembretes, é a receita certa para o caos. Chega um ponto em que o crescimento simplesmente trava.
Para escalar de verdade, a tecnologia precisa ser sua maior aliada.
É nesse ponto que as plataformas de CRM (Customer Relationship Management) e as ferramentas de automação entram em cena. Elas são o motor que transforma seu mapa de vendas em uma máquina de resultados previsíveis. A ideia é simples: eliminar o trabalho repetitivo para que sua equipe possa focar no que realmente importa, que é conversar com clientes e fechar negócios.
O CRM como cérebro da operação
Pense em um CRM como muito mais do que uma agenda de contatos turbinada. Ele é, na verdade, o cérebro da sua operação comercial, guardando todas as informações e interações com os clientes em um único lugar, acessível a todos.
Imagine só: com um clique, você vê todo o histórico de um lead. Os e-mails trocados, as reuniões feitas, as propostas enviadas e até as páginas que ele visitou no seu site. Essa visão 360º permite que sua equipe faça abordagens muito mais inteligentes e pessoais, sem nunca mais precisar perguntar "em que pé estávamos mesmo?".
Um bom CRM também organiza seu funil de vendas em pipelines visuais e personalizáveis. Cada negócio vira um "card" que se move pelas etapas, deixando claro para todo o time onde estão as oportunidades e onde é preciso focar a energia. A escolha da ferramenta certa é um passo decisivo, e entender como escolher o melhor CRM para o seu negócio pode mudar o jogo da sua implementação.
Acabando com as tarefas repetitivas com automação
Agora, vamos ao superpoder da escala: a automação. Já parou para pensar quantas horas por semana sua equipe de vendas perde enviando e-mails de follow-up, atualizando planilhas ou marcando reuniões? Pesquisas mostram que vendedores gastam apenas um terço do seu tempo fazendo o que sabem de melhor: vender. O resto do tempo é engolido por tarefas administrativas.
A automação de marketing e vendas ataca justamente esse problema. Ela cuida das tarefas repetitivas e baseadas em regras, liberando as pessoas para pensarem na estratégia e nas conversas que realmente geram valor.
A automação não vem para substituir o vendedor, mas para empoderá-lo. Ao tirar o trabalho manual da frente, a tecnologia devolve ao vendedor seu ativo mais valioso: tempo para ouvir, entender e ajudar o cliente.
Com uma plataforma como o Pingback, por exemplo, você pode criar fluxos que rodam 24 horas por dia, 7 dias por semana, garantindo que nenhuma oportunidade esfrie por falta de contato.
Exemplos práticos de fluxos automatizados
Para a coisa ficar mais concreta, aqui estão alguns exemplos de automações que você pode implementar para dar um gás no seu processo de vendas:
- Captura e qualificação de leads: Quando alguém preenche um formulário no seu site, um fluxo automático já entra em ação. O sistema adiciona o lead ao CRM, envia um e-mail de boas-vindas e, com base nas respostas (cargo, tamanho da empresa etc.), já direciona para o vendedor certo.
- Cadência de contatos multicanal: Um lead qualificado pode entrar numa sequência de contatos que mistura canais. Por exemplo: Dia 1, ele recebe um e-mail. Dia 3, uma mensagem no WhatsApp. Dia 5, o sistema cria uma tarefa para o vendedor ligar. Tudo automático.
- Lead scoring inteligente: Ferramentas modernas usam inteligência artificial para dar "pontos" aos leads com base no perfil e nas ações que eles tomam (lead scoring). Quando um lead atinge uma pontuação alta, é marcado como "quente", e o vendedor recebe um alerta para agir na hora.
Juntando marketing e vendas para uma máquina de crescimento
A verdadeira mágica acontece quando marketing e vendas trabalham em sintonia. Um CRM com automação integrada é a ponte que finalmente une esses dois mundos.
Quando um lead do marketing interage com uma campanha, essa informação vai direto para o CRM, dando ao vendedor o contexto que ele precisa para uma abordagem muito mais relevante. Ao mesmo tempo, o feedback do time de vendas sobre a qualidade dos leads ajuda o marketing a ajustar as campanhas e atrair um público cada vez melhor.
Essa integração quebra as barreiras entre os times e cria um ciclo positivo: o marketing gera leads mais preparados, vendas converte com mais facilidade, e os dados de ambos retroalimentam a estratégia, otimizando todo o processo de vendas.
Modelos de vendas para inspirar e adaptar ao seu negócio
Ter as etapas do seu processo de vendas bem desenhadas é o primeiro passo, mas o que realmente faz a diferença é como sua equipe vai percorrer esse caminho. A verdade? Não existe uma fórmula mágica que funcione para todo mundo. O modelo de vendas ideal depende do que você vende, para quem você vende e do mercado onde atua.
Em vez de copiar e colar uma receita pronta, os times de alta performance estudam diferentes metodologias, pegam o que há de melhor em cada uma e montam uma abordagem própria. É como ter uma caixa de ferramentas bem completa: você sempre terá o instrumento certo para cada desafio que aparecer.
Vamos dar uma olhada em algumas das mais importantes.
A venda consultiva: o vendedor como parceiro
Aqui, a ideia é simples: o vendedor deixa de ser um "tirador de pedidos" para se tornar um especialista, quase um consultor. O foco sai do produto e vai para o cliente. A meta é entender a fundo os problemas e os objetivos dele para, juntos, encontrarem a melhor solução.
Esse modelo é perfeito para produtos mais complexos, de valor elevado ou que precisam de algum tipo de personalização. A confiança é a moeda de troca, e o objetivo é construir um relacionamento que dure muito além da primeira compra.
SPIN Selling: a arte de fazer as perguntas certas
Criado por Neil Rackham depois de uma pesquisa gigantesca, o SPIN Selling é um método que estrutura a conversa de vendas em torno de quatro tipos de perguntas:
- Situação: Para entender o cenário atual do cliente. Como as coisas funcionam hoje?
- Problema: Para identificar as dores, as dificuldades e as insatisfações. O que não está funcionando?
- Implicação: Para explorar as consequências desses problemas. Qual o impacto real disso no negócio?
- Necessidade de Solução: Para fazer o cliente perceber, por conta própria, o valor de resolver a questão. Como seria se esse problema não existisse mais?
Com essa técnica, o vendedor ajuda o cliente a conectar os pontos e a sentir a urgência da solução, sem precisar de um discurso de vendas agressivo. O valor é construído naturalmente.
The Challenger Sale: desafiando o status quo
O modelo Challenger parte de uma ideia mais ousada. Ele diz que os melhores vendedores não são apenas bons em criar relacionamentos, mas são aqueles que desafiam o cliente a pensar diferente. Eles trazem uma nova perspectiva, ensinam algo sobre o mercado e provocam o cliente a sair da zona de conforto.
Um vendedor Challenger não chega perguntando "Quais são suas metas?". Ele chega dizendo: "Vi que empresas do seu setor estão enfrentando o problema X, que geralmente custa Y. Já parou para pensar no impacto disso aqui dentro?".
Essa abordagem é matadora em mercados muito competitivos, onde o cliente já está cansado de ouvir sempre a mesma coisa e precisa de um insight novo para tomar uma decisão.
Acertar na escolha do modelo de vendas é ainda mais importante quando o mercado está aquecido. O varejo no Brasil, por exemplo, vive um momento de forte expansão. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (IBGE), as vendas cresceram 0,5% de janeiro para fevereiro de 2025, batendo um recorde histórico. Setores como móveis e eletrodomésticos viram um salto de 9,3%, e um processo de vendas bem ajustado é fundamental para aproveitar essa demanda. Se quiser saber mais, você pode ler a análise completa sobre o crescimento do varejo no Brasil.
Comparativo de modelos de vendas populares
Para te ajudar a visualizar qual caminho faz mais sentido para o seu negócio, preparei uma tabela que resume as principais características de cada modelo e onde eles costumam funcionar melhor.
| Modelo de Venda | Foco Principal | Ideal Para |
|---|---|---|
| Venda Consultiva | Construir confiança e resolver problemas complexos. | Vendas B2B de alto valor, softwares e serviços customizáveis. |
| SPIN Selling | Fazer perguntas estratégicas para guiar a conversa. | Ciclos de vendas médios a longos, onde a dor não é óbvia. |
| The Challenger Sale | Ensinar e desafiar o cliente com novas perspectivas. | Mercados estabelecidos e vendas para grandes contas (enterprise). |
Lembre-se: nenhum desses modelos precisa ser usado de forma isolada. Os melhores vendedores são verdadeiros camaleões. Eles são consultivos ao ouvir, usam as perguntas do SPIN para diagnosticar e não têm medo de desafiar o cliente quando percebem uma oportunidade. O segredo é encontrar o equilíbrio que funciona para a sua realidade.
Perguntas frequentes sobre o processo de vendas
Mesmo com o mapa nas mãos, é normal ter dúvidas no meio do caminho. Montar um processo de vendas que realmente funciona envolve escolhas e ajustes constantes. Para ajudar, separei aqui as respostas para as perguntas que mais ouço de gestores e vendedores.
A ideia é dar conselhos práticos e diretos para você resolver essas questões e manter sua operação comercial nos eixos, sem perder o ritmo.
Qual a diferença real entre funil e processo de vendas?
É comum ver gente usando os dois termos como se fossem a mesma coisa, mas eles têm papéis diferentes, que se completam. Pense no funil de vendas como a jornada do seu cliente, vista pelos olhos dele: ele descobre sua solução, considera se faz sentido e, por fim, decide comprar. É o caminho que o cliente percorre.
Já o processo de vendas é o seu mapa interno. São as ações que sua equipe realiza para guiar o cliente por esse funil. É o passo a passo que seus vendedores seguem, com etapas e gatilhos bem definidos.
Resumindo: o funil é "o quê" (o caminho do cliente), enquanto o processo é "o como" (o que seu time faz para que ele avance). Um não vive sem o outro.
Minha empresa é pequena. Preciso mesmo de um processo formal?
Com certeza! Arrisco dizer que é ainda mais importante do que para uma empresa gigante. Para um negócio pequeno, cada oportunidade de venda vale ouro. Trabalhar no improviso é deixar dinheiro na mesa, perdendo negócios que um pouco de método poderia garantir.
Um processo bem definido, mesmo que simples, traz vantagens na hora:
- Consistência: Todo lead recebe a atenção certa, não importa com qual vendedor ele fale.
- Foco: Impede que sua equipe, que já é enxuta, perca tempo com tarefas que não geram resultado ou com leads que nunca vão comprar.
- Base para crescer: Cria um alicerce que facilita o treino de novos vendedores e permite que a empresa cresça de forma organizada, sem virar um caos.
Quando devo revisar meu processo de vendas?
Um bom processo de vendas não é algo que você escreve e guarda na gaveta. Ele precisa ser um documento vivo, porque o mercado muda, seus clientes mudam e seu produto também evolui.
Minha recomendação é fazer uma revisão geral a cada trimestre. Analise os números de cada etapa, converse com a equipe para ouvir o que eles estão sentindo na linha de frente e identifique os gargalos. Além disso, sempre que algo grande acontecer – como o lançamento de um novo produto, uma mudança no perfil do seu cliente ou a chegada de um concorrente forte – é hora de reavaliar o processo.
Como a automação pode fortalecer meu pós-venda?
O pós-venda é, de longe, uma das áreas que mais ganham com a automação. Muitas vezes ele é deixado de lado pela correria do dia a dia, mas com a ajuda da tecnologia, vira um trunfo competitivo. A automação garante que nenhum cliente seja esquecido depois de fechar negócio.
Pense nas possibilidades. Você pode criar fluxos automáticos para:
- Dar as boas-vindas: Assim que a compra é feita, dispare uma sequência de e-mails ou mensagens no WhatsApp com dicas de como usar o produto.
- Medir a satisfação: Alguns dias depois, envie uma pesquisa de NPS para saber o que ele achou e coletar feedbacks valiosos.
- Manter o relacionamento: Continue nutrindo esse cliente com conteúdos úteis, novidades e ofertas exclusivas para quem já comprou de você.
Essas pequenas ações mantêm sua marca viva na cabeça do cliente, aumentam a chance de ele comprar de novo e ainda podem gerar indicações. E o melhor: tudo isso sem sobrecarregar seu time.
A Pingback foi criada justamente para isso: simplificar e automatizar seu processo de vendas, do começo ao fim. Centralize seus contatos, crie fluxos multicanal com e-mail e WhatsApp e gerencie seu pipeline em um lugar só. Comece a transformar seu processo em uma máquina de resultados hoje mesmo. Saiba mais em pingback.com.