A Amazon, uma das maiores empresas varejistas do mundo, chegou ao Brasil em 2012 por meio do lançamento do Kindle — o seu leitor de livros. Dois anos depois, a gigante trouxe o serviço de marketplace ao país. Para 2020, a companhia tem planos ainda mais ambiciosos, pois em outubro entrará para o mercado de publicidade e propaganda a partir do Amazon Ads.
Nos Estados Unidos, o
serviço já é um sucesso. Trata-se de uma plataforma voltada
para empresas que desejam fazer anúncios em formato de links
patrocinados em resultados de pesquisas, vídeos, gráficos
e banners em sites de terceiros. Basicamente, as empresas que
comercializam os seus produtos na Amazon pagam para que o braço de
publicidade divulgue os seus produtos, o que garante maior
visibilidade e, consequentemente, um aumento na conversão de
vendas.
Tudo pronto para a estreia em outubro
Embora ainda não tenha confirmado para a imprensa brasileira, a
empresa de Jeff Bezos demonstra estar com tudo preparado para o
lançamento da Amazon Ads no Brasil. Isso porque, já montou parte da
sua equipe e também está apresentando a novidade para agências de
publicidade do país.
Segundo
a Amazon, as suas propriedades brasileiras têm uma audiência de
49 milhões de visitantes
por mês. Os dados compreendem os acessos feitos no site da
empresa e nos demais serviços, como Alexa, Twich, Prime Video, Prime
Music e Kindle.
Tudo indica que a empresa vai entrar no mercado com a Demand Side
Plataforma (DSP), que consiste em uma plataforma de software que
otimiza a compra de mídia
digital, facilitando o processo de divulgação virtual. Por
enquanto, os formatos de publicidade comercializados são displays —
vídeos e banners — que são veiculados nas páginas da Amazon e
nos sites de uma rede de parceiros externos.
Há rumores de que a companhia está usando o mês de setembro
como fase beta. O teste permite ajustes para que o serviço seja
lançado redondinho em outubro. No início de 2021, a ideia é
apresentar o ‘’sponsored products’’, que trabalha com links
patrocinados disponibilizados nas buscas de produtos vendidos no
próprio marketplace.
Alerta vermelho para a concorrência
De acordo como eMarketer,
o Amazon Ads dos Estados Unidos deve faturar cerca de US$ 13 bilhões
este ano. E, para 2021, a intenção é atingir a marca de US$ 16,7
bilhões, além de garantir 10% do mercado estadunidense da
publicidade virtual, o que significa um grande impacto para o Google
Ads e Facebook
Ads — líderes do segmento.
Esses dados acendem uma luz vermelha para a concorrência. Além
do Google e Facebook, os varejistas nacionais também devem se
preocupar. Em
2019, o Magazine Luiza entrou para o mercado da publicidade
digital por meio da compra do Inloco Media e do site Canaltech, que
resultou na criação do Magalu Ads. Porém, a empresa de brasileira
está atrasada na área.
Há mais tempo no setor de publicidade, o Mercado
Livre tem um faturamento estimado em R$ 1 bilhão para 2020.
Enquanto a B2W (Americanas.com), divulgou
que a receita da B2WAds aumentou em 283% o ano passado.
Sem dúvidas, o Amazon Ads vai impactar o mercado de anúncios
online, resta saber se os concorrentes conseguirão reagir à altura.
A publicidade digital se tornou indispensável para as
empresas que desejam alavancar as suas vendas. Assim,
dominar as ferramentas do Google
Ads, Fabebook Ads e Amazon Ads é essencial para as agências de
comunicação prestarem um serviço de excelência para os seus
clientes.
