Parceria boa vai além da ideia. Quando duas marcas se juntam com estratégia, os resultados ganham força, e o co-marketing prova isso na prática. Trata-se de uma ação colaborativa entre empresas que compartilham esforços para criar, promover e distribuir campanhas com mais impacto e alcance.
E o público responde bem: segundo um estudo, 71% dos consumidores são atraídos por co-branding, valorizando a inovação e a novidade que esse tipo de união desperta.
Mas, para isso, é preciso acertar na escolha do parceiro. Se não houver alinhamento de público, linguagem e objetivos, a campanha pode perder força ou até gerar ruído entre as marcas envolvidas.
Quer saber o que observar antes de iniciar uma parceria de co-marketing? Siga na leitura e descubra como encontrar o parceiro certo para criar campanhas que realmente entregam resultado.
Defina objetivos claros antes de buscar um parceiro
Começar por empolgação e não por intenção costuma dar errado. Antes de sair em busca de um parceiro, é preciso saber exatamente o que você quer alcançar com a campanha. Isso direciona as conversas, facilita a escolha e evita frustrações ao longo do caminho.
Os objetivos precisam ser específicos. Quer aumentar a base de leads? Promover um novo produto? Fortalecer a marca em um nicho ainda pouco explorado? A resposta para essas perguntas vai influenciar diretamente no tipo de empresa que você deve procurar.
Por exemplo, se uma plataforma de gestão para clínicas quer ganhar mais visibilidade entre profissionais da saúde, pode buscar parceiros do setor educacional, como escolas de especialização. O foco da campanha pode ser uma aula online gratuita, com geração de leads para os dois lados.
Ter objetivos claros ajuda a entender o que medir depois da campanha e mostra ao parceiro que você tem um plano estruturado. Quando as metas estão alinhadas desde o início, tudo flui com mais naturalidade: da proposta até a entrega final. E isso aumenta muito as chances de sucesso da ação.
Escolha empresas com público complementar ao seu
Parceria boa é aquela em que um completa o outro. No universo do co-marketing, não se trata de escolher quem está mais próximo, mas quem pode somar com um público que você ainda não atinge. Quando as audiências se complementam, o alcance cresce e a relevância da mensagem se fortalece.
Segundo reportagem do G1, o crescimento nas fusões e aquisições entre empresas de setores diferentes tem impulsionado o aumento de ações colaborativas entre marcas. Unir forças se tornou estratégia real para enfrentar a concorrência e ganhar destaque no mercado.
Funciona bem, por exemplo, quando uma plataforma de automação comercial une forças com um serviço de pagamentos online para criar um conteúdo sobre experiência de compra. As duas falam com públicos similares, mas não idênticos. Juntas, conseguem gerar mais interesse e captar leads de qualidade para ambos os lados.
Ao buscar parceiros, observe:
- quem fala com uma audiência parecida, mas em outra etapa da jornada;
- marcas que não competem diretamente com o seu negócio;
- quem compartilha um desafio comum (ex: educar o mercado, gerar confiança etc).
Campanhas que juntam forças com propósito conseguem atingir mais pessoas e gerar valor de forma mútua. E é justamente essa combinação que torna o co-marketing tão estratégico.

Avalie a reputação e autoridade da marca parceira
A imagem do parceiro vai refletir na sua e o contrário também é verdade. Por isso, antes de firmar qualquer colaboração, vale dedicar um tempo para entender como a outra marca é percebida no mercado. O impacto disso vai muito além de curtidas e seguidores.
Verifique se a empresa tem uma presença digital sólida, com conteúdo relevante, posicionamento claro e boa reputação entre clientes e parceiros. Comentários negativos recorrentes, crises mal gerenciadas ou uma comunicação desalinhada com os valores do seu negócio podem se tornar problemas no meio da campanha.
Pense no caso de uma empresa de software educacional que vai fazer uma ação com outra marca do setor de tecnologia. Se essa marca acabou de enfrentar uma crise pública por uso indevido de dados, por exemplo, o timing pode não ser o melhor; e associar sua imagem pode causar problemas.
Uma boa análise deve incluir:
- presença nos buscadores e na imprensa;
- engajamento real nas redes sociais;
- qualidade e frequência da produção de conteúdo;
- reputação em sites de avaliação (como Reclame Aqui, Google ou Trustpilot).
Quando a marca parceira inspira confiança, o co-marketing flui com mais segurança e a campanha ganha mais força desde o primeiro contato com o público.
Verifique se os valores e linguagem das marcas se alinham
Bons números não compensam desalinhamento de discurso. Quando duas empresas falam com tons diferentes, defendem ideias opostas ou seguem estilos de comunicação muito distantes, a parceria corre o risco de parecer forçada e o público percebe isso.
Antes de formalizar qualquer co-marketing, vale observar como a marca parceira se comunica, que tipo de conteúdo produz, quais são seus princípios e como interage com seu público. O ideal é que o estilo das duas empresas se complemente e que os valores centrais estejam próximos.
Um exemplo: imagine que uma empresa de SaaS que atende pequenas empresas de contabilidade queira fazer uma campanha com outra marca. Se essa possível parceira adota uma linguagem excessivamente informal, com memes ou posicionamentos que podem gerar ruído, o resultado final pode afetar a credibilidade de ambos.
Ações colaborativas funcionam melhor quando:
- as marcas compartilham o mesmo posicionamento ético;
- há sintonia no tom de voz e nas escolhas visuais;
- o cuidado com a experiência do usuário é semelhante;
- ambas demonstram interesse genuíno na parceria.
Quando tudo isso está alinhado, a entrega fica mais fluida e a campanha soa natural, como se as marcas sempre estivessem do mesmo lado.
Analise a base de contatos e canais de distribuição do parceiro
O alcance de uma campanha conjunta depende, em grande parte, da estrutura que cada empresa tem para divulgá-la. Mais do que confiar na “divulgação orgânica”, é importante entender com clareza como a marca parceira pretende impulsionar o conteúdo e se ela tem canais sólidos para isso.
Antes de começar, alinhe expectativas sobre os canais disponíveis: redes sociais, e-mail marketing, blog, webinars, vídeos, comunidades… Quanto mais estratégicos forem esses pontos de contato, maior o potencial de retorno da ação.
Pense, por exemplo, em uma empresa que vende soluções para clínicas odontológicas. Se ela está se unindo a uma marca de gestão de agendamentos, é interessante saber se o parceiro tem uma boa base de contatos de profissionais da área e um canal ativo de newsletter ou se a divulgação vai depender só de redes sociais.
Anote o que você deve observar:
- tamanho e engajamento da lista de e-mails;
- alcance médio nas redes sociais;
- frequência e performance do blog;
- possibilidade de realizar lives ou eventos conjuntos.
Entender a estrutura do parceiro permite planejar melhor o formato da ação, prever resultados mais realistas e dividir responsabilidades com equilíbrio.
Comece com ações menores para validar a parceria
Antes de embarcar em grandes projetos, vale testar. Campanhas menores ajudam a entender como a parceria funciona na prática, se há boa comunicação entre os times e se os resultados caminham na direção esperada. Além disso, dão segurança para planejar algo maior com base em experiência real.
Um primeiro passo pode ser algo simples: um post colaborativo no blog, uma live conjunta, um e-book em parceria ou até um material de troca de menções nas redes. Esses formatos ajudam a medir a receptividade do público, avaliar o desempenho de divulgação e, claro, analisar a fluidez da colaboração entre as equipes.
Por exemplo, uma empresa de soluções de RH pode começar com um artigo coautoral ao lado de uma plataforma de treinamentos corporativos, falando sobre onboarding digital. O conteúdo serve tanto para validar o alinhamento quanto para aquecer o público para futuras ações maiores.
Começar pequeno evita desperdício de tempo, energia e verba. Quando a parceria mostra potencial logo no início, fica muito mais fácil justificar esforços maiores no futuro, com mais segurança e previsibilidade.
Lembre-se de que construir em etapas é uma forma inteligente de fortalecer laços e aprender antes de apostar alto.
Defina responsabilidades e entregas de forma equilibrada
Mesmo quando há alinhamento entre as marcas, uma parceria sem organização pode se perder no meio do caminho. Distribuir responsabilidades com clareza é o que garante que o projeto avance sem obstáculos, atrasos ou sobrecarga de um dos lados.
Cada empresa precisa saber exatamente o que vai entregar, em que prazos, por quais canais e com quais recursos. Isso vale para a criação de conteúdo, a aprovação de materiais, a publicação, a promoção e, claro, a mensuração dos resultados.
Vamos supor que uma empresa de serviços jurídicos online vá desenvolver um webinar com uma fintech focada em pequenos negócios. Antes de qualquer divulgação, as duas precisam alinhar quem será o responsável pelo convite, pela pauta, pela edição e pela promoção. Quando tudo isso está bem definido, a ação flui sem retrabalho nem confusão.
Documentar os acordos em um cronograma compartilhado ou em um checklist conjunto pode ajudar bastante, especialmente em campanhas maiores. Campanhas de co-marketing bem-sucedidas são como engrenagens: funcionam melhor quando cada parte gira com ritmo e responsabilidade próprios, mas sempre em sincronia.

Meça os resultados da campanha de forma conjunta
O fim da campanha não é o fim da parceria. É só com os dados em mãos que as marcas conseguem entender se a colaboração valeu a pena e o que pode ser melhorado nas próximas ações.
O ideal é que a medição dos resultados seja feita em conjunto, com total transparência sobre os indicadores escolhidos. Assim, nenhuma das partes fica no escuro e as decisões futuras podem ser mais estratégicas.
Para isso, o planejamento já precisa prever quais métricas serão acompanhadas:
- número de leads gerados por canal;
- taxa de conversão das ações;
- tráfego nas páginas envolvidas;
- engajamento com os materiais promovidos.
Uma empresa de serviços para e-commerce, por exemplo, pode observar que uma campanha com uma plataforma de logística trouxe mais tráfego, mas menos leads qualificados. Já o parceiro pode ter conquistado mais seguidores ou leads com fit comercial. Juntos, os dois podem entender o que funcionou e o que precisa de ajuste.
Analisar os dados com visão colaborativa fortalece a parceria e mostra maturidade na gestão da estratégia.
Documente aprendizados e aproveite o que funcionou
Campanha encerrada, dados coletados, e agora? O próximo passo é transformar a experiência em conhecimento estratégico. Documentar os aprendizados do co-marketing é uma prática que ajuda a melhorar futuras colaborações e a repetir o que deu certo com ainda mais eficiência.
Muitas vezes, insights ficam presos em e-mails, reuniões ou relatórios soltos. Criar um registro simples com os pontos positivos, os desafios encontrados e o que poderia ter sido feito de outro jeito permite que a equipe aprenda com a experiência. Esse material pode virar um guia interno para novos projetos, reduzindo erros e acelerando decisões.
Por exemplo, se uma empresa de serviços para profissionais da saúde observou que o disparo de e-mail conjunto teve alta taxa de abertura, mas baixa conversão, esse dado pode orientar ajustes de abordagem em campanhas futuras, seja no formato, no CTA ou na segmentação da base.
Vale também reunir feedbacks dos dois lados. Saber como a outra empresa percebeu a dinâmica da parceria fortalece o relacionamento e mostra maturidade na gestão do processo.
O co-marketing tem muito a ensinar, e quem aprende com o que viveu sai na frente nos próximos movimentos. Repetir acertos e evitar tropeços é parte da evolução.
Escolher bem os parceiros de co-marketing é o primeiro passo para garantir que a campanha seja mais do que uma ação pontual. Quando há sintonia entre objetivos, públicos e posicionamento, a colaboração flui e gera valor real para os dois lados e para o público também. O segredo está em analisar com calma, alinhar expectativas e começar de forma estruturada. Assim, cada ação deixa de ser aposta e passa a ser parte de um plano contínuo de crescimento. Parcerias estratégicas não surgem por acaso: elas são construídas com intenção, clareza e consistência.
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