O Google confirmou que o uso de IA no processo criativo disparou, indo muito além do entusiasmo inicial para se tornar uma mudança estratégica. Agora, a questão não é se usar, mas como aplicar inteligência artificial com inteligência para ganhar agilidade, reduzir vieses e alinhar o briefing à entrega final.
O Google destaca que, longe de ser uma ameaça à autoria humana, a IA está funcionando como uma aliada que expande o repertório acessível, acelera a conexão de ideias e democratiza a prototipagem.
Porém, o desafio enfrentado pelos criadores é saber como colocar em prática esse uso voltado para a criatividade. Será que é possível combinar o uso de tecnologia algorítmica com um movimento tão puramente humano como a criatividade?
Principais aprendizados
- O futuro da criação nas empresas depende da integração estratégica entre o fator humano e o poder dos dados.
- A IA não substitui a criação, mas amplia o repertório humano, acelera a conexão de ideias e ajuda a reduzir vieses cognitivos na etapa de briefing.
- O briefing tunado é o segredo: a automação IA no processo criativo ajuda a sintetizar informações, expandir o pensamento criativo e refinar o pedido, reduzindo a “guerra de repertórios”.
- O conceito da “grande ideia única” (one big idea) está obsoleto, sendo substituído por múltiplas soluções criativas que podem ser testadas e ajustadas em tempo real.
- A automação é o elo final: para PMEs, a plataforma de automação de marketing é essencial para escalar a criatividade gerada pela IA e entregá-la de forma personalizada ao cliente certo, no momento certo e da maneira certa.
O que é IA no processo criativo?
A IA no processo criativo refere-se ao uso intencional de ferramentas de inteligência artificial generativa (como LLMs, modelos de imagem e vídeo) para otimizar, acelerar e expandir as etapas de ideação, produção e distribuição de conteúdo e campanhas.
O Google Martech Council — olhando para a criatividade sobre uma perspectiva neurocientífica — define a criatividade como o resultado da interação entre: repertório acessível, capacidade de processamento neural e viés cognitivo. Ou seja:
- A base de referências e experiências que você pode acessar.
- A velocidade para conectar pontos distantes.
- As limitações inconscientes que moldam (ou bloqueiam) novas ideias.
A IA atua nesses três conceitos, impactando o processo criativo antes mesmo que uma ferramenta generativa seja aberta. Por isso o seu poder não está na substituição, mas na amplificação e democratização do potencial criativo.
Qual é o novo paradigma da criatividade combinada com IA?
O aumento expressivo de peças premiadas em grandes festivais como o de Cannes que citam o uso de IA reflete a aceitação e a urgência do mercado em lidar com o tema. Mas a IA combinada com criatividade não se restringe à grande empresas e festivais.
Do ponto de vista das pequenas e médias empresas, o desafio é integrar o uso da IA no processo criativo de forma estratégica, sem o receio de comprometer a essência humana ou a autoria.
Todos os profissionais que usam IA de forma ética e estratégica já entenderam que ela está longe de ser uma substituta, atuando muito mais como uma aliada estratégica, que permite que os profissionais gastem menos tempo em tarefas mecânicas e mais tempo na ideação e curadoria de alto valor.
- Expansão de repertório: ferramentas de IA generativa (como as que criam imagens, texto ou vídeo) oferecem em segundos referências que levariam horas para serem encontradas, acelerando a fase de pesquisa e moodboard.
- Aceleração de conexões: ao processar grandes volumes de dados, a IA sugere conexões não óbvias, desafiando a mente humana a pensar fora do habitual.
- Redução de vieses: a IA pode ser solicitada a criar variações ou personas que intencionalmente quebrem estereótipos, introduzindo diversidade e novas perspectivas que o viés inconsciente humano poderia ter limitado.
O resultado é um processo criativo mais ágil, fluido e, o mais importante, mais alinhado ao contexto atual e à diversidade de públicos.
Como usar a IA para construir um briefing tunado?
Uma das maiores ineficiências do marketing é o desalinhamento de expectativas no briefing — a chamada “guerra de repertórios”. A aplicação da IA no processo criativo começa aqui, garantindo que a execução criativa esteja alinhada desde o primeiro momento.
Assim como um prompt bem escrito gera uma resposta relevante da IA, um briefing tunado (bem estruturado) é fundamental para que a equipe humana crie com precisão. Descubra como construí-lo em três etapas: sintetização, expansão e refinamento.
Sintetizar: tornando o repertório acessível e acionável
A IA é mestre em transformar dados brutos em conhecimento digerível. Neste caso, a tarefa da IA é receber relatórios de mercado, dados de performance de campanhas anteriores (dados de primeira parte, por exemplo, extraídos do seu CRM e da sua plataforma de automação), e benchmarks de concorrentes.
O trabalho executado é o de sintetizar esses grandes volumes de informação transformando-os em frameworks estruturados. Isso garante que todos os envolvidos compreendam o contexto e os objetivos de forma padronizada.
Expandir: desafiando vieses e explorando novas possibilidades
Nesta fase, a IA no processo criativo atua como um provocador. A sua tarefa é criar múltiplos cenários, reimaginar a persona-alvo fora dos estereótipos (ex: “Criar uma descrição de persona para uma marca tradicional usando o tom de voz de uma startup“).
O resultado do processo é que a equipe criativa não depende apenas de seus próprios repertórios ou referências internas, mas acessa um leque de possibilidades geradas pela IA, forçando a quebra de vieses cognitivos e a exploração de linguagens mais inovadoras.
Refinar: adicionando camadas e texturas ao pedido
O refinamento é a etapa onde o briefing ganha vida e se torna inspirador para a equipe. Aqui, a tarefa da IA é prototipar visualmente elementos do briefing (com modelos de imagem e vídeo) e adaptar a linguagem da missão do projeto para diferentes públicos internos (reescrever a missão do projeto para designers, copywriters e equipes de tech).
O resultado é que o briefing se torna um documento multimídia e target-specific, reduzindo drasticamente o ruído entre o pedido e a execução criativa.
A IA no processo criativo marca o fim da “one big idea”?
Sim! A era da IA no processo criativo consagra o fim do conceito de que existe uma única “grande ideia” salvadora, capaz de resolver todos os desafios de comunicação de uma marca.
Os públicos são diversos e os canais, fragmentados. Uma única mensagem dificilmente terá o mesmo impacto em todos.
Agora, a IA entra como ferramenta para explorar múltiplas variações e hipóteses criativas. As equipes podem gerar, testar e ajustar rapidamente dezenas de mensagens, cores e formatos em tempo real, focando naquelas que demonstram melhor desempenho em cada segmento.
Assim, o profissional de criação não é mais o “guardião exclusivo das ideias”, mas sim o curador, articulador e estratega que define a direção e o significado, usando a IA para gerar a escala e as variações.
A Democratização da Prototipagem Acelera a Colaboração
A IA está acelerando um movimento que já existia: a quebra de silos entre áreas. Antes da inteligência artificial, a criação era o núcleo intocável — áreas como Estratégia e Dados apenas apoiavam.
Agora, com a IA a prototipagem foi democratizada. Equipes de Estratégia podem gerar mockups rápidos para ilustrar um conceito; times de dados podem criar dashboards criativos para testes A/B e assim por diante.
O uso estratégico da IA no processo criativo transforma as áreas: Estratégia se torna mais criativa, e Dados se torna “Creative Data”. Essa colaboração interáreas, acelerada pela facilidade de uso da IA, cria o ambiente perfeito para a inovação!
Quais são os desafios e como superá-los — da ideia criativa ao funil de vendas?
O Google provê a visão e as ferramentas para gerar a criatividade. O desafio é garantir que essa criatividade gere receita. É aqui que a plataforma de automação de marketing se torna uma aliada indispensável.
A capacidade de uma empresa de conectar tecnologia, estratégia e significado — a essência da criatividade — deve ser canalizada para o impacto mensurável.
Uma PME não tem orçamento para criar manualmente 50 variações de anúncios ou e-mails. A aplicação da IA no processo criativo permite:
- Gerar conteúdos em escala: use LLMs para gerar dez variações de um mesmo copy de e-mail ou landing page, otimizado para diferentes segmentos (B2B vs. B2C, Topo vs. Fundo de Funil).
- Automação de testes: a Pingback automatiza o Teste A/B/n, distribuindo as múltiplas variações criativas geradas pela IA para diferentes segmentos da base, garantindo que o “vencedor” seja identificado e escalado automaticamente.
Personalização com dados de primeira parte
A criatividade só é eficaz se for relevante. A Pingback utiliza dados de primeira parte (comportamento de navegação, histórico de compras, interações por e-mail) para alimentar os prompts criativos.
Uma campanha de e-mail pode, por exemplo, usar a IA para criar uma imagem (ou texto) específica para leads que visitaram a página de “Preços” nas últimas 48 horas (alto interesse) e uma imagem diferente para leads que só leram um blog post (interesse inicial). A automação garante que a criatividade certa chegue ao perfil certo.
Foco na conversão em cenário de zero clique
O resultado da IA no processo criativo deve ser usado para gerar valor exclusivo no site. Se a IA do Google já está dando a resposta, a criatividade humana (com apoio da IA) deve gerar gated content ou ferramentas interativas (ex: “Calculadora de ROI da Automação”) que só podem ser acessadas com um clique no site.
A plataforma de automação entra para capturar e nutrir o lead que foi atraído por essa “experiência fantástica” e que não encontrou a solução completa na busca de zero clique.
FAQ: IA no processo criativo e automação para PMEs
A IA realmente pode reduzir os vieses da minha equipe?
Sim. A IA ajuda a reduzir os vieses ao expandir o repertório de forma não linear. Ao pedir à IA para gerar uma persona ou um conceito criativo que vá contra os estereótipos internos (os vieses), ela introduz ativamente novas perspectivas que a equipe criativa pode curar e refinar.
Qual é a principal métrica para medir o sucesso da IA no processo criativo?
O sucesso não é medido pelo número de peças criadas (o que as máquinas já fazem), mas pela Taxa de Conversão e Retenção do Cliente. A criatividade otimizada pela IA deve gerar maior engajamento em testes A/B e, consequentemente, melhor desempenho do funil, que é rastreado pela sua Plataforma de Automação.
A minha empresa precisa de uma ferramenta de IA generativa para cada tipo de conteúdo?
Não necessariamente. Muitas Plataformas de Automação (ou ferramentas integradas) já oferecem funcionalidades de IA que ajudam a gerar variações de copy ou sugestões de linha de assunto. Para PMEs, é mais eficiente usar uma ferramenta centralizada que se integre à sua plataforma de automação e aos seus dados de primeira parte.
Como a liderança deve promover o uso da IA?
A liderança deve promover uma cultura de experimentação contínua, encorajando a colaboração interáreas. O foco deve ser na curadoria humana e no uso da IA como uma ferramenta para acelerar conexões e explorar múltiplas soluções, não como um substituto para a equipe criativa.
O uso da IA no processo criativo é a nova fundação para o sucesso do marketing. O “andar da criação” não é mais intocável, mas sim uma área de intensa colaboração entre humanos, dados e máquinas.
O diferencial da sua empresa no futuro não será a capacidade de gerar conteúdo em massa (a máquina já faz isso). Será a capacidade de:
- Conectar a tecnologia da IA à estratégia humana.
- Tunar briefings para reduzir a ineficiência e os vieses.
- Escalar a criatividade usando plataformas de automação, entregando a mensagem certa, para o público certo com precisão e rapidez.
Ao abraçar a IA no processo criativo, sua PME garante que o esforço criativo não se perca no desalinhamento ou na falta de escala, mas sim se transforme em crescimento mensurável e em experiências únicas para seus clientes.
Sua criatividade está gerando o resultado que deveria? Descubra como a plataforma de automação da Pingback pode integrar suas melhores ideias de IA ao funil de vendas, garantindo personalização e ROI. Agende um diagnóstico gratuito!



