Futebol: Alegria de Uns, Tristeza de Outros
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Futebol: Alegria de Uns, Tristeza de Outros

Coluna Sobre a Decisão da Última Vaga Européia para a Copa

Bruno Elias
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A quebra de um tabu sempre é um momento histórico. E quantos já não caíram em tantos anos? As 91 vitórias de Schumacher na F1, os 15 Gran Slams de Pete Sampras, entre vários.

Diz o ditado popular, que o esporte imita a vida. Numa era em que se fala tanto de representatividade (as vezes até demais), exemplos como o da Seleção Ucraniana, que jogou as Eliminatórias da Copa durante uma guerra, merecem crédito.

O jogo de ontem, em Cardiff, significaria para o País de Gales o retorno a uma Copa do Mundo após 64 anos (ou desde 1958). Eram mais de cinco gerações esperando pela oportunidade de torcer por seus jogadores na maior competição futebolística da história. Era o contexto que rondava o Estádio Cardiff City, quando a bola rolou para um jogo que o mundo esperava.

Equilibrada em seu começo, a partida teve diversas chances de gol para os dois lados durante o primeiro tempo. Zinchenko perdeu dois gols jogando a bola na trave. Já Gales, buscava ser efeitivo, mas não levava muito perigo.

Aos 30, o lance que definiu o jogo. Após sofrer uma falta no bico da área, Bale cobrou direto pra pequena área, e a sorte lhe ajudou: pra tentar cortar, o capitão ucraniano Yarmolenko cabeceou e jogou a bola contra o patrimônio.

Cinco minutos depois, aí sim, uma falha crucial da arbitragem. Ao receber a bola na área, Yarmolenko chutou desequilibrado e ela sobrou, mas Allen havia lhe dado um chute nas pernas. O VAR mandou seguir.

No segundo tempo, a Ucrânia tentou tudo que podia: cruzamentos, chutes, arremates, bolas paradas, cabeceira... O goleiro Hennessey fez, pelo menos, quatro grandes defesas, mostrando sua qualidade.

Ao trilar do apito final, a festa galesa contrastava perfeitamente com a decepção ucraniana. Apaixonante, o futebol segue mantendo seu principal lema: "alegria de uns, tristeza de outros".

Bruno Elias