O ex-chefe de inteligência do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN) do regime venezuelano revelou a existência de duas bases militares russas na Venezuela, no dia 16 de janeiro, por meio de uma carta.
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O ex-chefe de inteligência do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN) do regime venezuelano revelou a existência de duas bases militares russas na Venezuela, no dia 16 de janeiro, por meio de uma carta. | ||
Ricardo Manuel Cristopher Figuera, que foi uma das principais figuras de Maduro entre 2018 e 2019, enviou carta à imprensa no último domingo indicando onde estariam localizadas duas bases militares russas. | ||
“A humanidade sabe que, pelo uso da ignorância e do medo como armas fratricidas de guerra, Nicolás Maduro e aqueles que fazem parte da estrutura criminosa mantêm um país inteiro sequestrado”, afirmou Figuera em sua carta divulgada. | ||
E destacou que “tal é a entrega de soberania” pelo regime venezuelano “que o governo russo, (…) no quadro de negociação geopolítica global diante da crise na Ucrânia, gerada pela Rússia para deter o suposto avanço da OTAN em territórios da Europa Oriental, ameaçou aumentar a infraestrutura e meios militares de alto nível na Venezuela”. | ||
As declarações de Figuera vieram após o vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, afirmar que “não confirmaria nem descartaria” a possibilidade de que a Rússia possa enviar recursos militares para Cuba e Venezuela se as tensões aumentarem entre os Estados Unidos e a Rússia em torno da Ucrânia. | ||
Na carta, o ex-chefe de inteligência destaca que os locais onde ficariam as bases russas seriam a 41ª Brigada Blindada na cidade de Valência, em Carabobo; e a segunda seria na Base Militar Russa para Exploração de Comunicações e Inteligência em Manzanares, Miranda. | ||
Figuera acrescentou que o “único objetivo” de tais bases seria “ameaçar a segurança nacional dos Estados Unidos”. | ||
“É evidente que o regime ditatorial e criminoso de Nicolás Maduro é uma ameaça não só para a segurança dos Estados Unidos, mas também para a região latino-americana e o resto do mundo livre, já que é sede de operações de grupos narcoterroristas de crime organizado, grupos extremistas islâmicos, sendo um terreno fértil para a exportação de terrorismo e crime internacional”, declarou ele. | ||
Figuera foi sancionado em fevereiro de 2019 pelo Departamento do Tesouro dos EUA por ser um atual ou ex-funcionário do regime venezuelano. A sanção foi retirada após três meses, depois de romper com o regime de Maduro e juntar-se ao apoio da constituição venezuelana e da Assembleia Nacional, informou o Departamento na época. | ||
Esta não é a primeira vez que ocorre uma incursão militar russa na Venezuela. Em março de 2019, a Rússia havia defendido a presença dos militares na Venezuela após artigos da imprensa noticiarem o desembarque de dois aviões com 100 soldados russos no aeroporto de Maiquetía, em Caracas. | ||
Este evento ocorreu dois meses após a oposição nomear Juan Guaidó como presidente interino até que novas eleições fossem realizadas, depois que Maduro assumiu o poder. | ||
No entanto, as revelações de Figuera vêm no contexto das tensões entre os Estados Unidos e a Rússia sobre a Ucrânia. | ||
Na segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, evitou dar uma resposta concreta à possibilidade da Rússia instalar mísseis em Cuba e na Venezuela, assegurando que Moscou estuda diferentes variantes para garantir a sua segurança. | ||
Com informações da EFE, VOA e Epoch Times. | ||
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