Mossad pode ter danificado equipamento da AIEA em explosão em instalações nucleares iranianas

  O chefe de vigilância nuclear da ONU disse na segunda-feira que uma grande quantidade de dados foi destruída durante uma explosão na instalação nuclear iraniana de Karaj, que foi atribuída à agência de espionagem israelense Mossad.  

  Embora não tenha culpado Israel diretamente, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, disse que parte do equipamento de monitoramento da AIEA foi destruído e, com isso, dados importantes, relatou o The Jerusalem Post .

De acordo com o relatório, Grossi expressou desaprovação sobre as ações tomadas contra as instalações nucleares iranianas. Israel foi acusado de alvejar várias instalações nos últimos meses. No entanto,  acrescentou que é possível que o Irã tenha usado o incidente como desculpa para danificar o equipamento da AIEA.

Também disse que não ter certeza de quantos dados de monitoramento do programa nuclear do Irã foram perdidos nas câmeras danificadas.

“Ainda precisamos ver o grau da lacuna”, disse.

Quando questionado sobre o porque Teerã, por quase dois anos, ignorou a pressão de sua agência para fornecer uma explicação completa sobre o material nuclear ilícito e as instalações nucleares não declaradas, Grossi respondeu: “Mais difícil ou menos difícil está nos olhos de quem vê”.

Mas acrescentou que foi aberto sobre o fracasso de Teerã em atender às solicitações de inspeção ou responder a esclarecimentos.

Grossi afirmou no domingo passado que havia chegado a um novo acordo com o governo do Irã para permitir a “manutenção” imediata de seu equipamento de monitoramento. Mas, acrescentou que sua agência não tem  acesso desde fevereiro, até que todas as questões nucleares da AIEA e dos EUA sejam resolvidas. Ele admitiu que o Irã continuaria violando o acordo nuclear de 2015 enquanto não houver um acordo renovado com o governo Biden.

De acordo com o relatório, não está claro se o Conselho de Governadores da AIEA tomará medidas condenando o não cumprimento do Irã e as violações nucleares no Conselho de Segurança da ONU, como fez em junho do ano passado, ou se adiará quaisquer medidas drásticas por três meses para dar à última rodada de negociações de Grossi maior chance de sucesso.

Com informações do Jerusalem Post.

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