BRUXELAS - Ministros das Relações Exteriores da União Européia reuniram-se na última segunda-feira, para discutir como impedir a ameaça de uma possível nova agressão russa à Ucrânia, e, quais medidas tomar caso Moscou decida enviar suas trop...
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BRUXELAS - Ministros das Relações Exteriores da União Européia reuniram-se na última segunda-feira, para discutir como impedir a ameaça de uma possível nova agressão russa à Ucrânia, e, quais medidas tomar caso Moscou decida enviar suas tropas através da fronteira ucraniana. | ||
Inteligência dos EUA afirmaram que a Rússia deslocou 70 mil soldados em direção à fronteira com a Ucrânia, preparando-se para uma possível invasão no início do próximo ano. Moscou nega ter planos de atacar a Ucrânia e rejeita as preocupações do Ocidente como parte de uma campanha de difamação. | ||
“Estamos em modo de dissuadir”, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell. | ||
Borrell, que presidiu a reunião na última segunda-feira, disse que nenhuma decisão sobre sanções contra a Rússia foi tomada, mas que os ministros discutiram quais medidas tomar e quando, em coordenação com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. | ||
“De qualquer forma, enviaremos um sinal claro de que qualquer agressão contra a Ucrânia terá um alto custo para a Rússia” e enfatizaremos o apoio do bloco de 27 países à soberania e integridade territorial da Ucrânia, disse Borrell a repórteres em Bruxelas antes da reunião. | ||
A Lituânia advertiu que os movimentos das tropas russas recentemente não eram uma mera ameaça. | ||
“Estamos convencidos de que a Rússia está realmente se preparando para a guerra total contra a Ucrânia”, disse o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Gabrielius Landsbergis. | ||
Se realizado, seria “um ataque sem precedentes a um país que mostra uma direção ocidental.Isso significa que a resposta deve ser sem precedentes também nos países ocidentais ”, disse Landsbergis. | ||
Mas as grandes potências da UE, França e Alemanha, e outros membros, não compartilham da mesma avaliação que os EUA, Polônia e os países bálticos da Estônia, Letônia e Lituânia. Reconhecem os movimentos das tropas russas, mas não consideram um ataque iminente. | ||
Em 2015, a França e a Alemanha intermediaram um acordo de paz que ajudou a acabar com as hostilidades em grande escala no leste da Ucrânia, onde forças ucranianas lutaram contra separatistas apoiados pela Rússia desde 2014, resultando na anexação da Península da Crimeia pela Rússia. | ||
Os esforços para chegar a um acordo político para o conflito separatista, que matou mais de 14.000 pessoas em sete anos, fracassaram. Escaramuças esporádicas continuam ao longo da linha tensa de frtonteira. Até agora, a Rússia se recusa a reunir-se com França e a Alemanha para mais negociações de paz. | ||
A reunião dos chanceleres da UE é o prelúdio de uma semana agitada na diplomacia em Bruxelas com foco na Ucrânia. Os líderes dos países da UE se reúnem na quarta-feira com seus homólogos da Ucrânia, Armênia, Azerbaijão, Geórgia e Moldávia. Uma cúpula da UE na quinta-feira também deve se concentrar nas ações que podem ser necessárias. | ||
*Com informações da AP. | ||
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