A SEMANA NA HISTÓRIA – XVI (19 a 25 de julho)

Em 22 de julho, lembramos os 182 anos de uma das principais batalhas vencidas pelos farroupilhas durante a Revolução Farroupilha (também conhecida por Guerra dos Farrapos), a Tomada de Laguna. Proclamada a República Rio-Grandense após a Batalha do Seival em 1836, um dos desafios para viabilizar o recém-formado país era a necessidade de uma comunicação portuária ao mar. Rio Grande, único acesso marinho à província de São Pedro do Rio Grande do Sul, manteve-se sob controle imperial durante todo o conflito, estando a barra fortemente guarnecida pela Marinha brasileira. Com a impossibilidade de transpor o bloqueio, a alternativa encontrada foi Laguna, na província vizinha de Santa Catarina.

Comandada pelo italiano Guiseppe Garibaldi, a Marinha farroupilha fez uso de uma rota insólita para despistar os imperiais e chegar ao mar. Dois lanchões – Seival e Farroupilha – partiram do estaleiro de Camaquã até o Rio Capivari; dali até a barra do Rio Tramandaí, os barcos foram transportados por via terrestre, sobre rodados puxados por cem juntas de bois, ao longo de seis dias. Em alto mar, uma tempestade próxima à foz do Rio Araranguá afundou o Farroupilha. O Seival seguiu, unindo-se às tropas de David Canabarro para um ataque a Laguna por água e por terra.

A marinha entrou pela barra do Camacho, passando pelo Rio Tubarão e pegando as tropas imperiais de surpresa, pois estas esperavam um ataque pela barra da laguna. Com a ajuda de setores da população lagunense, a marinha e o exército farroupilhas tomaram a vila, o que, junto à tomada de Lages, levou à proclamação da República Juliana uma semana depois, país ligado à República Rio-Grandense por laços de confederalismo. República esta que não durou muito, pois o Império impôs um bloqueio naval, retomando Laguna em novembro do mesmo ano. Nesse meio-tempo, Garibaldi conheceu Anita, com quem se uniu nas batalhas e no altar, mas essa história fica para uma próxima oportunidade.

Por hoje é isso! Até o próximo A Semana na História!