Seguiremos com a leitura do livro “Filosofia verde”, de Roger Scruton:
Seguiremos com a leitura do livro “Filosofia verde”, de Roger Scruton: | ||
Após apresentar os pontos que fundamentam uma abordagem ambiental conservadora, Roger Scruton parte para a apresentação de aspectos práticos, iniciando com o relato de exemplos históricos dos movimentos de preservação ambiental, argumentando que estes foram bem-sucedidos quando fundados na oikophilia, mas fracassaram quando se deixaram levar por projetos governamentais centralizadores, lobbies comerciais e/ou ideias internacionalistas. | ||
O autor inicia com exemplos das Ilhas Britânicas. Lá, os primórdios de uma consciência ambiental surgiram com o mito de Greenwood, no qual a floresta era o local onde homens e animais retornam para restituir a fonte da vida. Desde o século XVII já havia apelos para a reposição das matas devastadas. Houve uma nova fase da literatura da natureza no final do século XVIII, com o advento da Revolução Industrial e dos impactos decorrentes. Duas instituições britânicas foram fundamentais para moldar o movimento de preservação naquele país, marcado por iniciativas de associações civis: a difusão dos direitos de propriedade e a posição da equidade nas leis. Junto com iniciativas de proteção ambiental, também surgiram as de conservação do patrimônio histórico. | ||
O ponto crucial para o agravamento da destruição da natureza foi o advento da agricultura moderna bancada por subsídios estatais e regulamentações excessivas, bem como as intervenções da urbanização modernista impostas por planejadores burocratas. Outro grande problema tem sido o progressivo declínio de associações civis com o caráter de “pequeno pelotão”, o que ameaça seriamente a oikophilia e, por consequência, a motivação para as pessoas resolverem os problemas ambientais. Por isso a importância de ações que renovem o amor pelo lugar onde se vive – a comunidade, a tradição, a nação – especialmente ações de caráter educativo. | ||
Por hoje é isso! A leitura segue no próximo Hora da Leitura! | ||
REFERÊNCIA: SCRUTON, Roger. Filosofia verde: como pensar seriamente o planeta. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2016. |