Seguiremos com a leitura do livro “Filosofia verde”, de Roger Scruton:
Seguiremos com a leitura do livro “Filosofia verde”, de Roger Scruton: | ||
Chegando ao final do livro, Roger Scruton reitera que uma política ambiental conservadora não visa pura e simplesmente a um meio ambiente saudável, mas sim a gerar condições cujos efeitos gerarão um meio ambiente saudável, num espírito de oikophilia cidadã. Por essa política, o Estado não deve assumir atribuições as quais os próprios cidadãos podem desempenhar de forma mais eficiente, apenas os problemas mais amplos. Neste último capítulo, o autor apresenta algumas “propostas modestas” conservadoras para a questão ambiental. | ||
Um ponto bastante frisado no livro é o problema dos escoadouros de resíduos. Desse modo, o primeiro passo é buscar uma forma de cobrar pela poluição e pelo lixo produzidos, de modo a incentivar sua redução. Na questão energética, além do uso mais eficiente, também é um caminho a descentralização da produção energética. A política ambiental scrutoniana também prevê financiamento a pesquisa para alternativas que reduzam a poluição. | ||
Uma política conservadora busca com que os bons resultados sejam decorrentes das ações feitas pelas próprias pessoas, responsáveis pelos custos de suas atividades. Ademais, é imprescindível medidas em prol das economias locais e da produção local de alimentos, eliminando regulamentações abusivas que privilegiam grandes produtores e impedem os pequenos de ocuparem seu lugar na economia. E o mais importante é se livrar da tendência dos governos de confiscar os poderes e liberdades das associações cidadãs, centralizando tudo nas próprias mãos. Em lugar disso, o Estado deve atuar de modo a manter e ampliar a oikophilia. | ||
Por hoje é isso! A leitura segue no próximo Hora da Leitura! | ||
REFERÊNCIA: SCRUTON, Roger. Filosofia verde: como pensar seriamente o planeta. Tradução de Maurício G. Righi. São Paulo: É Realizações, 2016. |