“Is It Cake?”: o que uma série de confeitaria da Netflix pode te ensinar sobre MVP fumaça
0
0

“Is It Cake?”: o que uma série de confeitaria da Netflix pode te ensinar sobre MVP fumaça

Artigo quentinho saindo do forno pela chef Thayna! E o prato principal de hoje é: o que eu aprendi sobre MVP fumaça assistindo a série “Is It Cake?”, da Netflix.

Cardápio de Produto
3 min
0
0
Email image


Artigo quentinho saindo do forno pela chef Thayna! E o prato principal de hoje é: o que eu aprendi sobre MVP fumaça assistindo a série “Is It Cake?”, da Netflix.

É bolo?

Já deve ter aparecido ai no seu feed das redes sociais algum vídeo de objetos supostamente reais mas que no fim das contas eram bolos, né?!

Eu confesso que além de fome, sempre fico chocada com a revelação hahaha

Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens

Após alguns dias depois de ter assistido os episódios, fiquei refletindo sobre como conceitos de produtos podem ser ensinados através de contextos inimagináveis.

A dinâmica da série é a seguinte: confeiteiros precisam construir bolos que são réplicas de um objeto específico, como na imagem acima, uma bolsa. Em seguida os bolos são misturados em meio aos objetos reais e então uma banca de jurados é responsável por tentar identificar o que é um bolo e o que não é.

Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens

E o que isso tem a ver com gestão de produtos? Lembrei muito de um tipo de MVP: o MVP fumaça.

Mas antes de explorar sobre este tipo específico de MVP, recordar é viver.

Revisitando a definição de MVP

Bom, mesmo se você não for de produto já deve ter ouvido por aí o termo MVP né?!

Apesar do conceito ser mais batido que clara em neve, no mundo em que estou imersa hoje - entrega de um produto SaaS para B2B - considero que é um termo extremamente complexo. Gosto sempre de revisitar 3 obras literárias (e de 3 grandes mestres da gestão de produtos) para refletir sobre o assunto, que são: Lean Inception - Paulo Caroli, Inspired - Marty Cagan e A Startup Enxuta - Eric Rieis.

Lean Inception - Paulo Caroli

[…] MVP (minimum viable product ou produto mínimo viável) – uma versão simples do produto que é entregue aos usuários para validar as principais premissas do negócio.

Inspired - Marty Cagan

[…] enquanto o P em MVP representa o produto, um MVP nunca deveria ser um produto real (sendo que produto é definido como algo que seus desenvolvedores possam lançar com confiança, com o qual seus clientes possam manter seu negócio e que você possa vender e dar suporte). O MVP deveria ser um protótipo, não um produto.

A Startup Enxuta - Eric Rieis

Um produto mínimo viável (MVP) ajuda os empreendedores a começar o processo de aprendizagem o mais rápido possível. No entanto, não é necessariamente o menor produto imaginável; trata-se, apenas, da maneira mais rápida de percorrer o ciclo construir-medir-aprender de feedback com o menor esforço possível. Ao contrário do desenvolvimento de produto tradicional, que, em geral, envolve um período de incubação longo e ponderado e aspira à perfeição do produto, o objetivo do MVP é começar o processo de aprendizagem, não terminá-lo. Diferentemente de um protótipo ou teste de conceito, um MVP é projetado não só para responder a perguntas técnicas ou de design do produto. Seu objetivo é testar hipóteses fundamentais do negócio.

E como testar na prática se suas hipóteses de negócio estão corretas? O MVP fumaça pode ser um dos ‘comos’.

MVP fumaça

Você não consegue diferenciar um MVP fumaça de um produto de verdade, funcional. O que você vê não necessariamente é o que é.

No fim das contas pode ser apenas uma landing page, um slide do PowerPoint, um protótipo no Adobe XD, no Figma… O que importa é você conseguir validar suas hipóteses com o seu cliente.

Interface de um software para gestão de projetos
Interface de um software para gestão de projetos
Na verdade, um slide construído no PowerPoint
Na verdade, um slide construído no PowerPoint

E por quê usar um MVP desse tipo? Dinheiros. Simples assim!

Você tem dúvidas de que validar um protótipo seja mais barato que uma solução completa e funcional?

De que é melhor ter clientes dispostos a patrocinar a construção da sua solução do que tentar comercializar o produto já pronto?

De que é melhor identificar o encaixe do seu produto no mercado antes de desenvolvê-lo?

Pois é!

E definir indicadores pode ser um ótimo caminho para medir o sucesso do seu MVP fumaça e conseguir a validação (ou refutação) das suas hipóteses. Por exemplo:

  • Conseguir pelo menos 10 early adopters no mês
  • Converter pelo menos 15 leads no formulário de cadastro

Após coletar esses resultados, o time ficará mais confiante na decisão tomada, seja ela construir um novo produto ou não lançar.

E aí, bora fazer um bolo? Ou melhor, um MVP fumaça?!