Receitas da vó #07 - Redação Estratégica de UX
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Receitas da vó #07 - Redação Estratégica de UX

Se você é Product Manager e assim como eu, trabalha em um time que não tem uma pessoa dedicada para cuidar dos textos do seu produto, então esse artigo e principalmente esse livro são para você!

Cardápio de Produto
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Se você é Product Manager e assim como eu, trabalha em um time que não tem uma pessoa dedicada para cuidar dos textos do seu produto, então esse artigo e principalmente esse livro são para você!

O cardápio importa!

Aposto que alguma vez na sua vida você já foi a um restaurante e ao pegar o cardápio não entendeu absolutamente nada! Se estivermos falando de um local temático, pior ainda né? Afinal, o que Hobbit Burguer quer dizer? Hora de chamar o garço

Bom, com produtos digitais não é diferente e apesar de sabermos que somente funcionalidade sem bugs não são o suficiente, nem sempre dedicamos atenção para os detalhes, como, por exemplo, os textos de nossos produtos.

Porém, não podemos esquecer que antes de seu usuário apertar qualquer botão a primeira coisa que ele fará é ler, justamente para determinar o botão certo para ele! Assim como você precisa entender o cardápio para fazer o pedido. Ah e com o agravante de que o seu usuário não tem um garçom a disposição!

Ainda não sabe que eu tô falando? Se liga nesses cardápios:

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Olhando para o cardápio da esquerda: O que é um Shake ebi? Quanto custa um Roll four seasons?

Se você não é freguês da casa, provavelmente não faz ideia assim como eu. Solução? Chamar o garçom! Já no cardápio da direita temos além do nome do prato os ingredientes e o preço! Isso é um bom texto UX.

E é sobre isso que a Torrey explica para gente no livro Redação Estratégica para UX . Comecemos!

Quem está falando?

Antes de sair escrevendo, precisamos definir a voz da marca. Esse trabalho deve ser feito com outros times já que estamos falando da marca e não somente do produto

A autora propõe sei pontos para pensarmos na voz da marca:

  • Princípios do produto
  • Conceitos
  • Vocabulário
  • Verbosidade
  • Gramática
  • Pontuação
  • Capitalização

Aqui um exemplo retirado do livro de um quadro preenchido para uma empresa que possui um app de vendas de passagens de ônibus:

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Aplique padrões de texto UX

Assim como design de interfaces já tem seus próprios padrões bem consolidados no mercado, os textos para interfaces também já possuem seu conjunto de práticas validadas. Use e abuse desses padrões:

Títulos

  • São o rótulo que indica o maior nível na hierarquia de informações;
  • Muitas vezes são as primeiras e únicas coisas a serem lidas na interface, exigindo cuidado;
  • Precisam contextualizar o usuário;

Botões, links e outros comandos

  • São a parte mais importante da experiência. É por meio deles que o usuário “fala” com o produto;
  • Use botões com no máximo duas palavras;
  • Use verbos que declarem a ação (”Comprar agora”).

Descrições

  • Servem para ajudar o usuário a navegar pela experiência, fortalecer a marca e reduzir a responsabilidade;
  • Em geral, usuários vão escanear textos de até 40 caracteres de largura (três a seis palavras). E até três linhas;
  • Evite asteriscos (*). Confiança é essencial.

Estados vazios

  • São as telas onde estão sem informação porque o usuário ainda não a populou;
  • Deveriam ser usadas para criar expectativas;
  • Podem ser oportunidades para ensinar o usuário a usar alguma funcionalidade.
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Rótulos

  • Devem ser usados para minimizar os esforços necessários para entender a experiência;
  • Podem ser acompanhados de ícones;
  • São uma espécie de descrição mais breve e técnica;

Campos de entrada de texto

  • “A melhor maneira de ajudar os usuários a fornecer dados precisos é preenchendo previamente o campo com a informação adequada”;
  • Quatro opções para textos de rótulos e dicas: Nome da informação a ser fornecida;Exemplo da informação a ser fornecida;Instrução imperativa sobre o fornecimento da informação;Orientação sobre como o usuário pode ser bem-sucedido.
  • Nome da informação a ser fornecida;
  • Exemplo da informação a ser fornecida;
  • Instrução imperativa sobre o fornecimento da informação;
  • Orientação sobre como o usuário pode ser bem-sucedido.

Texto de transição

  • São as chamadas telas de carregamento;
  • Confirma que uma ação realizada está em andamento;
  • Podem ser exploradas para gerar mais entusiasmo.

Mensagens de confirmação

  • Mostra para o usuário que os resultados esperados foram atingidos;
  • Devem conversar com os botões de ação (se o botão é “Salvar” a mensagem de confirmação poderia ser “Salvo”).

Notificações

  • Servem para informar ou lembrar o usuário de se envolver com a experiência;
  • Lembre-se que notificações são interrupções. Precisam ser valiosas e oportunas;
  • O título da mensagem deveria estar relacionado com a ação esperada;
  • Atenção para o limite de texto na interface
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Erros

  • Servem para ajudar o usuário a chegar onde precisa ou pelo menos informar que existe um problema
  • Para experiências que as pessoas dependem para trabalhar vale a pena colocar detalhes adicionais mais técnicos
  • Comece a mensagem de erro por uma indicação de como resolve-lo.
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O mais importante

Lembre-se que a experiência do seu produto é um diálogo com usuário, e este, tem um objetivo ao interagir com seu produto. Pense nos textos como uma conversa e ajude seu usuário a atingir os resultados que ele espera. Seja claro, conciso e fale na linguagem do seu cliente. E itere, muito! Nenhum texto fica ótimo de primeira.

E para saber mais recomendo fortemente a leitura desse livro. São menos de 200 páginas que vão mudar completamente como você pensa nos textos do seu produto.

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