CARLITO NETO
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Bolsonaro é Neonazista! Agora ele não pode mais negar
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Bolsonaro é Neonazista! Agora ele não pode mais negar

No meu primeiro artigo postado na Pingback citei a relação entre bolsonarismo e o nazismo e as semelhanças presentes nos dois regimes fascistas, inclusive no número de mortos nos dois genocidios, o alemão de Hitler e o brasileiro de Bolsonaro...

Carlito Neto
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Crédito: Reprodução/Instagram Beatrix von Storch
Crédito: Reprodução/Instagram Beatrix von Storch

No meu primeiro artigo, postado na Pingback, citei a relação entre “bolsonarismo” e nazismo e as semelhanças presentes nos dois regimes fascistas. Inclusive no número de mortos nos dois genocídios, o alemão de Hitler e o brasileiro de Bolsonaro, que se contássemos apenas as mortes de judeus daria uma média de 500 mil mortos por ano da ascensão a queda do nazismo na Alemanha. Algumas pessoas acharam exagerado, de tom grosseiro e até que eu teria criado fatos que não existiam, pois bem, três semanas depois novas situações vieram à tona. Desde a visita de uma deputada alemã do partido Alternativa para a Alemanha (AFD) de extrema direita e neonazista à deputados “bolsonaristas” e ao próprio presidente Bolsonaro, até a descoberta de uma carta do chefe do executivo nacional para grupos neonazistas.

Apesar da obstante inteligência existente entre Bolsonaro e Hitler não se pode negar que ambos são parecidos ao menos nos critérios inumanos, genocidas, odiosos com grupos de esquerda e perseguição a minorias sociais. O presidente do Brasil em mais de uma oportunidade sinalizou de forma amigável aos grupos conhecidos no nosso país e no mundo como sendo atrelados aos radicais de extrema direita, supremacistas brancos e neonazistas. No primeiro artigo que postei sobre esse assunto aqui mesmo na pingback, citei diversos momentos onde tanto o chefe do nosso executivo quanto seus filhos e apoiadores estiveram ao lado apoiando ou até mesmo promovendo pessoas que simpatizavam com os neonazistas, racistas, supremacistas e até Adolf Hitler.

Crédito: reprodução/Twitter
Crédito: reprodução/Twitter

Alguns dias atrás os Deputados Federais Bia Kicis (PSL-DF) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) receberam a visita da deputada pelo partido Alternativa Para a Alemanha (AFD) de extrema direita que aloca neonazistas no país germânico, a senhora Beatrix Von Storch, neta do ministro das finanças nazista Johann Ludwig Schwerin von Krosigk, a deputada “bolsonarista” prontamente tentou justificar a visita defendendo a herdeira neonazi alegando inclusive que a neta do nazismo era cristã, defensora da família e combatia o discurso de ódio, isso mesmo meus amigos, a Bia Kicis falando em combater discurso de ódio, logo ela, da famosa máscara do “E DAÍ”, quando atingia o auge da pandemia da covid-19.

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Já o filho 03 do Bolsonaro apenas disse que ambos estão se unindo pelo conservadorismo no mundo e é claro que Jair Bolsonaro não deixaria passar uma visita dessas no país sem abraçar-la. Nosso presidente não só recebeu Beatrix Von Storch como tirou fotos todo sorridente ao lado da mesma, algo comum ao Bolsonaro tirar foto ao lado de neonazistas feliz. Basta olharmos a foto que o capitão da reserva tirou com o sósia de Hitler alguns anos atrás.

Crédito: Agência Democratize
Crédito: Agência Democratize

A extremista tida como defensora da família, do conservadorismo e da cristandade, a senhora Von Storch, é conhecida por ser vice líder do AFD partido que é acompanhado de perto pelas autoridades alemãs pelo risco que frequentemente representa a democracia do país, por ações xenofóbicas, racistas e de aceno aos neonazistas, defendeu o uso de armas de fogo contra refugiados que chegassem na Alemanha através das fronteiras na crise de migração de pessoas do Norte da África e de algumas regiões do Oriente Médio, a mesma em diversas oportunidades expressa seu ódio no parlamento alemão.

Os fatos acima já causariam estranheza e constrangimento e provaria de forma inconteste a simpatia existente entre Bolsonaro e o Nazismo, mas nesta semana surgiram novas informações relacionadas a Jair Bolsonaro e aos neonazistas que representam a cereja do bolo. A antropóloga e pesquisadora da PUC de Campinas Adriana Dias, que faz um trabalho de rastreio, pesquisa e denúncia de sites extremistas, racistas e de ultradireita, divulgou que encontrou uma carta do então deputado federal Jair Bolsonaro a um grupo de neonazistas, o ECONAC. A carta publicada neste site também pôde ser encontrada em outros sites neonazi e supremacistas. A data da correspondência é de 17 de dezembro de 2004, o presidente deseja felicitações agradece ao apoio e diz que o grupo é a razão do mandato dele.

Reprodução/Web Archive
Reprodução/Web Archive

Um ponto importante que a antropóloga também chama a nossa atenção se refere a banners encontrados nos sites fazendo alusão ao deputado, entrega das armas e frases reacionárias, segundo informações obtidas através da ALEXA, ferramenta que analisa tráfego, 90% dos acessos ao site bolsonaro.com.br tinha como origem os sites neonazistas. Cerca de 300 mil visitas no site vieram de portais deste tipo, se hoje 300 mil acessos é um número é elevado imagina em 2004, era algo simplesmente absurdo. Outro ponto que a pesquisadora destacou foram os países de origem do tráfego, muitas visitas vinham de países da Europa. Adriana ressalta que o site Econac era brasileiro-português, isso possivelmente ajudou na elevada audiência em países do velho continente, apesar disso este não era o único site/portal neonazi e ou supremacista a fazer referência a Bolsonaro com frases, banners ou citando a carta. O site Poder Branco também fazia menções ao capitão genocida, o deputado a época como é possível notar na carta sabia como se comunicar com esses grupos, tipo de linguagens, acenos e afagos e antes que digam que a carta era aleatória e não direcionada apenas a estes grupos. Adriana explica que a carta só foi encontrada em site ligados a ultradireita, neonazistas e supremacistas brancos. O site da Econac foi retirado do ar em 2006, a pesquisadora disse em entrevistas a revista fórum e ao The Intercept Brasil que esse fato é revelador e mostra a relação de Bolsonaro com os extremistas de direita a mais de 15 anos, a antropóloga lembra que o presidente numa comentou sobre tal fato tentando mantê-lo no submundo em segredo, mas que apesar disso ele sabe como quem ele dialoga e qual mensagem precisa ser passada.

Reprodução/Web Archive
Reprodução/Web Archive

Quando chamamos os pequenos grupos de apoiadores mais fanatizados de Jair Bolsonaro de fascistas, cúmplices do neonazismo brasileiro não é mera retórica, os fatos falam por si. A relação do Bolsonaro com os radicais de ultradireita neonazistas é longínqua e o nascimento do bolso fascismo não ocorreu de 2018 para os dias de hoje é um processo muito mais distante com relação direta com os grupos mais perigosos da história. Após confirmação de todas estas informações se você continua defendendo o presidente você agora não só apoia o fascismo como flerta de forma racional com o neonazismo e toda sua carga maléfica e perigosa, se você não se importa, nós sempre lembraremos de vocês.