Qual é o verdadeiro Bolsonaro?

Muitas pessoas se surpreenderam com o pedido de desculpas do presidente Jair Bolsonaro as insituições da república em especial ao STF e a figura do ministro Alexandre de Moraes, vítima de ataques do chefe do executivo e de apoiadores de forma mais ríspida no último dia 7 de setembro. Mas qual é o verdadeiro Jair Bolsonaro? O de terça-feira, 7 de setembro que atacou ministros e ameaçõu golpe de Estado, ou o da quinta-feira? Que pediu desculpas e acabou por culpar seus apoiadores pelo calor do momento em suas falas contra a democracia brasileira?

Pois bem, na verdade o simples seria dizer que Bolsonaro é isso aí, um misto de covardia com truculência, vergonha com animosidade, autoritárismo com fraude, imposição sem real ameaça. Todavia, desde a década de 90 o agora presidente Jair já ameaçava a democracia e o Estado brasileiro com suas frases nonsenses e suas grosserias constumeiras, no entanto a época era só um medíocre deputado que já organizava os tais esquemas de rachadinhas, legalmente chamado de peculato ou de forma mais direta, ROUBO DO DINHEIRO PÚBLICO que hoje sabemos que se espalhou pelos gabinetes dos filhos também políticos.

O verdadeiro Jair é o do dia 7 de setembro que também é o mesmo que dizia na televisão em 1999 que daria Golpe de Estado no Brasil se fosse presidente no outro dia, de certame que sim Jair quer o golpe, mas depois do que "veio, viu e acabou por não vencer", alterando a frase de Alexandre Magno de forma bolsonarista já que não ocorreu a adesão imaginada, e o tal apoio das polícias não passou de especulação do imaginário dos ditos Bolsominions que se sentem donos do Brasil. Bolsonaro recuou e deixou em luto seus apoiadores que se decepcionaram com o seu Mito, que os culpou pelo próprio radicalismo e disse que quem quer golpe ou grita que autoriza tomada de medidas ilegais não entende a constituição e a democracia.

O Bolsonaro da quinta-feira é o pai bandido que ensinou todas as artimanhas do crime aos filhos, mas também é o patriarca que prefere se recolher para proteger os filhos do que jogá-los na cadeia com ele, como assim Carlito? Simples, a semana que antecedeu o "GOLPI" Bolsonarista foi conturbada para o Clã que poderia também atender por ORCRIM BOLSONARO. O MPRJ conseguiu a quebra do sigilo fiscal do filho preferido do presidente, Carlos Bolsonaro, o Carluxo, o STF também tinha marcado a data para julgar o foro privilegiado do Senador Flávio Bolsonaro no esquema das rachadinhas quando ainda era deputado estadual que acabou sendo remarcado para o dia 14 de setembro a pedido da defesa do senador e por fim, para complicar ainda mais a família Bolsonaro um ex-amigo/funcionário relatou tudo sobre os esquemas do clã ao jornal Motrópoles na coluna do Guilheme Amado sobre como funcionava as rachadinhas e quem comandava o os desvios inicialmente, como já se sabe a ex-esposa Ana Cristina Valle.

Com tudo isso, o que aconteceu no dia 7 de setembro consumaria o início do fim do Bolsonaro na presidência da República, afinal não se pode negar que Jair Messias cometeu graves crimes de responsabilidade tanto em Brasília na manhã do dia 7, quanto em São Paulo na Avenida Paulista na tarde do mesmo dia, onde ameaçou proclamar o dito golpe, atacou a nossa suprema corte e xingou nominalmente o ministro Alexandre de Moraes, visto pelo presidente de extrema direita como um algoz. Pois bem, ainda na noite da terça-feira a realidade bateu a porta de ex-capitão do exérciito, afastamento de aliados, força para o pedido de impeachment, crimes de responsabilidade e a eminência do pedido de prisão de seu filho mais querido.

A solução? Chamar o golpista antecessor, Michel Temer, que foi as pressas para Brasília escrever o pedido de desculpas do presidente a nação e aos ministros atacados por Bolsonaro, outro ponto levou Bolsonaro a Temer, ele é amigo e foi quem indicou Alexandre de Moraes ao STF, que antes fora ministro da justiça no seu governo. O ex-presidente tentou apaziguar a situação entre o presidente e os membros do judiciário brasileiro, porém, nem o ministro do STF, Alexandre de Moraes nem o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso se mostraram convencidos do pedido de desculpas do presidente que se viu obrigado a recuar, os ministros não retrocederam em relação as ações tanto no TSE, quanto no STF. Sendo assim, Bolsonaro voltou atrás por motivo ligado a familia e até certo ponto a política, afinal, apesar da leniência de Arthur Lira, os partidos políticos se mostraram cansados de tantas ameaças e instabilidades.

O verdadeiro Bolsonaro é o da terça dia 7 de setembro, o mesmo Bolsonaro que é pai dos filhos que estão atolados em acusações que podem culminar nas prisões destes e também do presidente que sabe que ou muda o discurso agora ou não terá mais tolerância do judiciário nem do legislativo, eu diria que o Verdadeiro Bolsonaro é só um velho angústiado e cheio de ódio por não conseguir fazer o que realmente quer, golpear a república brasileira.